Tecnologia de análise do espaço está salvando orangotangos da extinção

12/04/2019 às 06:012 min de leitura

Com as facilidades proporcionadas pela tecnologia, atualmente é muito comum utilizarmos ferramentas para fins diferentes daqueles para os quais elas foram projetadas. Quem nunca usou a câmera do celular para conseguir enxergar onde está a bolinha do cachorro que rolou para trás daquele armário pesadíssimo?

Reprodução/Unsplash/James & Carol Lee

Situações como essa são muito mais simplórias e contornáveis, mas a mesma ideia está sendo utilizada para tentar proteger orangotangos nas florestas tropicais de Bornéu, na Ásia.

Pontos luminosos na escuridão

Nos primórdios da astronomia, as observações eram feitas de maneira direta, com registros em papel; atualmente, as informações são obtidas de diversas formas automatizadas, com o posterior armazenamento dos dados. Algoritmos específicos são utilizados para que os elementos sejam analisados e apenas as informações relevantes sejam repassadas para os pesquisadores.

Esse tipo de ferramenta é essencial na análise do espaço sideral, e agora o mesmo tipo de filtro está sendo aplicado a imagens obtidas por drones nas florestas tropicais de Bornéu. O objetivo é monitorar grupos de orangotangos que estão sob risco de extinção na região.

Reprodução/Liverpool John Moores University/WWF

Esses animais possuem características que dificultam seu registro, pois se movimentam muito durante o dia e se escondem nas árvores à noite, tornando sua visualização a partir do chão quase impossível. Para tentar resolver esse problema, o programa de preservação The Kinabatangan Orang-utan está utilizando drones equipados com câmeras termais.

Tecnologia a favor da natureza

Mesmo com o auxílio dessa tecnologia, a quantidade de dados é muito grande, então entram os algoritmos de análise astronômica. As imagens obtidas são muito semelhantes às do espaço, com pequenos pontos coloridos no meio de uma grande escuridão. Segundo a Dra. Claire Burke, “nas imagens térmicas, os animais brilham de maneira semelhante às estrelas e galáxias, por isso utilizamos técnicas de astronomia para detectá-los e distingui-los”.

Os equipamentos registram todo tipo de variação térmica, mas os filtros não conseguem distinguir quais são os animais que aparecem nas imagens. Nessa etapa, o olho humano é essencial, então mais um recurso astronômico é utilizado na tarefa: através do portal Zooniverse, cientistas contam com o auxílio da comunidade para analisar imagens e detectar novos corpos celestes. Da mesma forma, o Orangutan Nest Watch Project pode contar com essa colaboração, identificando animais e anomalias nas florestas registradas.

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