Artes/cultura
17/07/2019 às 09:16•2 min de leitura
Com tanta pressão para usar menos canudos de plástico, reduzir o consumo de sacolinhas de supermercado e diminuir a quantidade de lixo produzido nas casas e empresas, muita gente fica com a impressão de estar fazendo a sua parte para impactar menos o meio ambiente.
Mas, você pode estar deixando uma herança negativa para o planeta de um jeito que jamais imaginaria: consumindo pornografia na internet. Isso mesmo! Para que não está ligando lé com cré, a gente explica: dados recentes divulgados por uma organização francesa chamada The Shift Project mostram que o streaming de vídeos responde por cerca de 60% de todo o fluxo de dados que circula online pelo mundo.
O impacto disso é a geração de mais de 300 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano. O que a pornografia tem a ver com isso? Bem, quase um terço do conteúdo visualizado nesse formato é pornô.
Em outras palavras, o pornozinho que você assiste no seu site favorito contribui para os cerca de 100 milhões de toneladas de dióxido de carbono que o pornô elimina anualmente na atmosfera - é mais do que a poluição gerada por um país inteiro do tamanho de Israel ou da Espanha.
Para chegar a esses números, a equipe do projeto considerou o uso de energia necessário para manter em funcionamento a internet inteira e considerou os índices de emissão de gases de efeito estufa relacionados a eles.
Ou seja, não é somente ao assistir pornô que você contribui com esse impacto. Enquanto assiste à sua série favorita na Netflix ou passa horas vendo vídeo no YouTube, você está colaborando com o aquecimento global.
Mas, como fazer para diminuir esse impacto? A única saída é começarmos a pensar em alternativas menos poluentes - tanto na hora do consumo, quanto no desenvolvimento das tecnologias, que devem ser mais limpas no futuro.
"Colocar esse impacto sob controle requer uma transição da intemperança para a sobriedade digital. Isso significa priorizar a alocação de recursos em função dos usos, afim de se adequar aos limites físicos do planeta, preservando as contribuições sociais mais valiosas das tecnologias digitais", diz o relatório.