Polvo é flagrado mudando de cor enquanto dorme (e sonha?)

30/09/2019 às 07:302 min de leitura

Quem tem gato e cachorro sabe que eles sonham – e são sinais disso ganir, miar e agitar as patas como se corressem. Mas e os outros animais? Especificamente, polvos sonham? A resposta parece ser que sim. O biólogo marinho David Scheel filmou sua polvo de estimação e descobriu que ela mudava de cor quando dormia.

A cena surpreendente está no documentário The Octopus in my House, que tem ele próprio e sua filha adolescente Laurel como coadjuvantes da estrela Heidi, o polvo que morava em um enorme aquário no meio da sala de estar da casa da família.

Uma das observações que Scheel conseguiu fazer foi que Heidi mudava rapidamente de cor durante o sono, sugerindo que ela estava sonhando que capturava suas presas (Heidi aprendeu a se tornar uma predadora eficiente, mudando da cor do seu refúgio de pedra para um branco fantasmagórico quando atacava sua presa, geralmente caranguejos e grandes caracóis).

O tanque de Heidi ficava no meio da sala de estar do biólogo marinho David Scheel. (Fonte: The Telegraph/Ernie Kovacs)

Heidi é um polvo cyanea, também conhecido como polvo diurno ou polvo azul, uma espécie que pode crescer até 80 cm de comprimento e se transformar em um predador temível. Mesmo Scheel, que estuda polvos há 25 anos, não estava acostumado a essa espécie. O objetivo do experimento era descobrir se os polvos – conhecidos como criaturas solitárias – poderiam se relacionar com seres humanos. 

Heidi chegou no início de 2018, vinda diretamente de um criadouro no Havaí. Pesando apenas 400 gramas, ela já mudava de cor com uma facilidade quase mágica. Heidi foi tratada como um animal de estimação e assim aprendeu a reconhecer rostos, mostrar emoção quando alguém se aproximava de seu tanque e brincar com Laurel.

Heidi teve que deixar seu tanque na casa de Scheel, e morreu alguns meses depois. (Fonte: The Telegraph/Ernie Kovacs)

Um dia, o tanque de Heidi começou a vazar e ela teve que ser transferida para a garagem de uma casa nas proximidades. Ela já era um polvo adulto. Laurel e Scheel iam visitá-la, mas, alguns meses depois da mudança, a saúde de Heidi começou a declinar e ela morreu, antes de completar dois anos.

"Comecei como biólogo trabalhando na natureza, mas há certas histórias que você não pode contar, certos fatos que não pode aprender, coisas que não podem ser entendidas simplesmente ao observar animais na natureza. Fizemos o melhor que pudemos com Heidi, ” diz Scheel.

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