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Vídeo mostra a alimentação de baleias do ponto de vista delas

23/10/2019 às 13:002 min de leitura

Para se alimentar, as baleias utilizam diversos métodos e estratégias e uma das principais e mais utilizadas é a alimentação de “rede de bolhas”, técnica complexa de pastoreio usada pelas jubartes e baleias-de-bryde. As baleias circundam as presas — que em geral se tratam de salmões, arenques ou krills — e começam a soprar bolhas que acabam encurralando o peixe em um apertado círculo dentro da rede de bolhas. É aí então que uma baleia faz o “chamado da alimentação” e todas nadam simultaneamente para cima e com a boca aberta, prontas para o jantar.

Parece um processo bonito, complexo e eficiente não é mesmo? Pois foi exatamente esse “ritual” que pesquisadores conseguiram capturar em imagens. E belas imagens. Além de conseguir as imagens de cima desse movimento, câmeras nas baleias mostram o ponto de vista das próprias jubartes. “As filmagens são bastante inovadoras. Estamos observando como esses animais estão manipulando e preparando suas presas para captura. Portanto, está nos permitindo obter novas ideias que realmente não conseguimos antes", salientou Lars Bejder, diretor do Programa de Pesquisa em Mamíferos Marinhos da Universidade de Manoa.

Ele explica que as imagens fornecem dois ângulos. No primeiro, da perspectiva do drone, é possível visualizar as redes de bolhas, como elas começam a vir à superfície e como os animais passam por ela à medida que surgem. Já as câmeras nas baleias mostram a perspectiva do animal e a sobreposição dos dois conjuntos de dados “é bastante emocionante”, relata Bejder.

Etiquetas com câmeras foram anexadas nas baleias para estudar comportamento

A “tática” das baleias não é utilizada por toda a população de jubarte, uma vez que não se trata de um comportamento instintivo e sim aprendido. Para o processo funcionar a cooperação é fundamental e pode incluir até 60 baleias.

As jubarte são migratórias e passam metade do ano no Alasca, em regiões ricas em alimentação, onde ficam literalmente “engordando” e se preparando para a jornada rumo ao Havaí. Os pesquisadores anexaram etiquetas de ventosas equipadas com câmeras em um grupo de baleias no sudeste do Alasca – local onde elas se alimentam por redes de bolhas – com o objetivo de entender esse comportamento.

“O Havaí é um local de reprodução e descanso. O Alasca é o local de forrageamento e estamos tentando entender o quanto esse padrão de migração custa para esses animais e também a quantidade de presas que eles precisam consumir para manter toda essa migração”, explica Bejder.

Fonte: Reprodução/Youtube

Os dados coletados pelas câmeras carregadas pelas baleias, das etiquetas que mediram a força de aceleração e do drone estão revelando detalhes de como as baleias exercem esse comportamento, a frequência com a qual se alimentam e o quanto devem consumir de alimento para ganhar peso suficiente para a época de reprodução.

A pesquisa que releva e esclarece o comportamento das baleias faz parte de uma investigação sobre as possíveis causas da queda no número de jubartes. A investigação leva em conda mudanças na disponibilidade de alimentos, alteração de habitat e os efeitos das mudanças climáticas.

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