China buscará vida em Marte e já prepara explorador para viagem

A China pretende explorar Marte nos próximos anos. Uma sonda será enviada em 2020 com o objetivo de examinar a atmosfera, as paisagens, características físicas e geológicas do lugar para, além de mapear, encontrar indícios de vida. Na imagem divulgada, é possível observar que a nave parece uma cápsula longa, mas não tão grande, apesar de utilizar o que há de mais atual na tecnologia chinesa.

A missão engloba um rover para exploração e uma sonda orbital, que serão enviados para Marte pelo foguete mais poderoso do país, o Long March 5. O projétil tem capacidade de carregar mais de 20 toneladas em baixa órbita terrestre e 14 toneladas em transferência geoestacionária. Segundo o cientista chefe do departamento de exploração da Agência Espacial Chinesa Ye Jianpei, a missão segue de forma tranquila e, se tudo ocorrer bem, antes de 2021 o Planeta Vermelho começará a ser explorado.

Pioneiros na expedição

A missão, se realizada com sucesso, servirá também para colher informações sobre a possibilidade de vida humana no planeta. As avaliações do solo, distribuição de gelo na água, composição de gases e da própria atmosfera serão utilizados para identificar a sobrevivência dos terrestres em solo marciano. Além disso, as informações adquiridas serão utilizadas para compreender a origem e a evolução do Planeta Vermelho e do Sistema Solar, configurando grande avanço nos estudos espaciais. "Esta será a primeira vez em que um país completa essas três tarefas em uma só missão", comemora Ye.

Apesar de ter entrado na corrida espacial só em 1970, a China tem ampliado cada vez mais seu programa espacial. Desde 2003, o país enviou mais de cinco equipes para o espaço, lançou duas estações espaciais, continua explorando a Lua e se prepara para dar mais um passo em direção ao conhecimento de vidas em outros planetas.