Greta Thunberg e o despertar da luta por consciência climática

Eleita pela TIME como a Pessoa do Ano de 2019, Greta Thunberg, de 16 anos, tem usado sua voz para falar sobre as consequências do descaso governamental para com as condições climáticas que o planeta Terra vem enfrentando.

Thunberg é responsável por popularizar o movimento Fridays for Future (Sextas-Feiras pelo Futuro), que consiste em greves estudantis contra o Aquecimento Global.

Ao lado de Greta está Nakabuye Hilda Flavia, de Uganda, que usa o espaço conquistado para denunciar o fato de países negligenciados não terem a atenção da mídia para falarem das dificuldades enfrentadas devido ao desequilíbrio climático. Seu relato mostra que graças a fortes chuvas e secas extremas, sua família precisou abrir mão da fazenda que possuía para continuar sobrevivendo.

Ativistas indígenas e de países em desenvolvimento, ainda segundo Nakabuye, deveriam ter o máximo de atenção possível pois serão os principais afetados pelos efeitos das mudanças climáticas, como temperaturas extremas, extinção em massa dos animais e elevação do nível do mar. Enquanto isso, a mídia ocidental insiste em silenciá-los.

Mesmo que os jovens ativistas, como Greta e Nakabuye, não tenham encontrado uma solução mágica para um problema tão complexo quanto a variação climática descontrolada, os elogios feitos são devido a mobilização em escala mundial que eles conseguiram promover. Ao invés de permanecerem sentadas esperando, milhões de pessoas foram às ruas em busca de respostas de seus governos.

O lado negativo diz respeito ao assédio que esse grupo recebe dos que têm pensamentos contrários: quando os ataques deixam de ser verbais e partem para o físico, chega a ser necessária uma proteção policial para impedir que os “negadores do clima” atinjam diretamente os jovens.

Em meio a tudo isso, permanece a mensagem de ouvir o que os jovens – que enfrentarão diretamente as consequências da poluição da atualidade – têm a dizer.