Mistérios
29/10/2020 às 08:00•2 min de leitura
Você já ouviu falar nos ratos-toupeiras-pelados? Essa espécie de roedores da família Bathyergidae é conhecida por possuir alguns super-poderes, como o fato de resistir a qualquer tipo de câncer, desafiar o processo de envelhecimento dos mamíferos, sobreviver 20 minutos ser oxigênio e suportar níveis altíssimos de dor.
Entretanto, eles também são donos de um segredo maléfico? Essa pequena espécie de roedores sem pelo superdotada tem o hábito de sequestrar os filhotes de outras ninhadas e transformá-los em seus escravos pessoais.
Apesar de viverem com seus minúsculos 10 centímetros de comprimento, um rato-toupeira-pelado costuma viver dentro de uma comunidade de outros indivíduos da espécie que funciona de maneira extremamente colaborativa e organizada, podendo alcançar a marca de 300 espécies.
Essa colônia é de longe a maior já conhecida entre os mamíferos e com a maior parte de seus participantes sendo estéril, tal qual as colônias de abelhas e formigas. A semelhança é tão bizarra que, analisando de perto, os minúsculos sacos de pele parecem se esforçar ao máximo para viverem como insetos.
Apenas uma fêmea pode reproduzir e alcança o trono através de uma batalha sangrenta pelo poder. Depois disso, ela pode dar a luz para até 30 novos filhotes e forças as outras fêmeas da colônia a trabalharem como babás alimentando-as com fezes repletas de hormônios.
Segundo um estudo feito pela Universidade de Washington, essa espécie tem o costume de invadir outras colônias e sequestrar alguns bebês recém-nascidos. Esses indivíduos, então, tornariam-se apenas ratos-operários e seriam forçados a trabalhar a vida toda por sua nova rainha.
O estudo serviu para confirmar pela primeira vez a capacidade dos ratos-toupeiras-pelados de sequestrar indivíduos de outras colônias. Antes disso, o experimente havia sido testado apenas em condições pré-programadas dentro do laboratório.
Apesar do ato de sequestro de filhotes já ter sido observado em algumas classes de primatas, esse comportamento é muito mais comum dentro das comunidades de formigas. Esses insetos roubam larvas e pupas de outras colônias para aumentar seu contingente de trabalhadores.
Os pesquisadores acreditam que o desenvolvimento de estratégias de sequestro entre esses roedores pode ser uma característica evolutiva da espécie, que cada vez mais se depara com comunidades maiores e busca formas diferentes de aumentar seu poderio ofensivo contra outras colônias