Estilo de vida
22/05/2023 às 13:00•2 min de leitura
É inegável que a tecnologia facilita as nossas vidas. No entanto, nem sempre nos damos conta de que ela também facilita o dia a dia dos nossos animais de estimação, pois muitas ferramentas modernas que usamos podem ser utilizadas também pelos animais — e muitas marcas já estão de olho nesses clientes.
Segundo o Instituto Pet Brasil, o mercado de consumo de produtos para animais de estimação movimentou cerca de R$ 58 bilhões em 2022. Um aumento de 14% em relação ao ano anterior. Ao que tudo indica, além de brinquedos e comida, em breve esse mercado bilionário ofereça mais opções tecnológicas para os animais. Mas, quais opções seriam?
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Acredite, os cães já têm suas séries prediletas para maratonar. Empresas como a DOGTV oferecem horas de conteúdo para cães, inclusive conteúdo ao vivo. A empresa está presente nas operadoras de TV a cabo e online.
Seu objetivo é distrair os animais na ausência de seus tutores e oferecer a eles um conteúdo educativo, que possa estimulá-los. Os conteúdos caninos precisam ser exibidos em 75 quadros por segundo, caso contrário, os animais não conseguem assistir.
A empresa não divulga dados relacionados à sua audiência, mas explica que seus conteúdos são baseados em pesquisas veterinárias. Além dela, existem outros canais exclusivos para os cães.
Já há alguns anos, pesquisadores sabem que animais como porcos, cães e até mesmo galinhas são capazes de jogar videogames. Isso é interessante, pois esse comportamento já havia sido visto em primatas, que conseguem pegar nos controles de forma mais confortável.
Ainda que não tenham polegares, os porcos e as galinhas dão seus jeitos para jogarem, usando os focinhos e os bicos. É claro que os jogos precisam ser simples e adaptados aos estímulos adequados para esses animais.
Já os primatas, como os chimpanzés, conseguem jogar jogos muito mais complexos, usando os mesmos controles que os humanos.
Todos os dias, inúmeras pessoas se comunicam por chamadas de vídeo. Em alguns casos, elas pedem para falar e ver os seus animais de estimação, mas, será que eles entendem o que está acontecendo?
Um estudo do MIT mostra que os papagaios sabem. Na verdade, como são animais altamente sociáveis, as videochamadas poderiam ser usadas para amenizar a solidão que esses bichos poderiam sentir quando seus tutores viajam, por exemplo — pelo menos foi isso o que o estudo sugeriu.
No mesmo estudo, as aves foram treinadas para ligarem umas para as outras. Em 15 dias, elas aprenderam a usar as ferramentas e eram capazes de compreender que aquela conversa estava acontecendo ao vivo. Tagarelas, os papagaios fizeram mais de 200 ligações.
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O psicólogo britânico Alex Benjamin, da Universidade de York, produziu um estudo em que usa um podcast para acalmar cães. Modulando a voz humana para que ela se torne agradável aos animais, o artigo intitulado “Quem é o bom menino?” apresentou resultados promissores.
No podcast, atores interagem com os ouvintes contando histórias a eles ou os elogiando.
Mas, nem todos os animais parecem gostar dos programas gravados — e esse é o caso das vacas. Um segundo estudo, publicado pela revista Frontiers in Psychology, concluiu que as vacas se sentem relaxadas pela voz humana, mas os sons precisam ser emitidos por pessoas próximas a elas. Nada de alto-falantes.
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Assistentes pessoais, como a Alexa, conseguem ajudar as pessoas a fazerem tarefas diárias, como criar uma lista de compras no supermercado. Mas, quando essas ferramentas são potencializadas por máquinas, é possível usá-las para melhorar os cuidados com os animais, como entendendo seu comportamento de alimentação, monitorando a temperatura dos seus ambientes, servindo porções adequadas de comida etc.
Esse tipo de tecnologia já é usada no agronegócio, como forma de aumentar a produtividade dos rebanhos, mas tudo indica que poderá ser aplicada também nas rotinas dos animais domésticos.