Mais 4 paradoxos malucos que vão derreter os seus miolos

07/10/2014 às 11:533 min de leitura

Se você que curte paradoxos — basicamente, conceitos que levam a contradições ou desafiam a lógica —, aqui no Mega Curioso você pode encontrar diversas matérias com dilemas para todos os gostos. Pois encontramos mais algumas dessas ideias malucas em um artigo publicado pelo pessoal do site mental_floss, e selecionamos quatro das mais confusas para você conferir. Preparado para derreter os seus miolos?

1 – Aquiles e a tartaruga

Este paradoxo foi proposto durante uma das muitas discussões sobre movimento do filósofo grego Zenão de Eleia. Imagine que Aquiles desafia uma tartaruga para uma corrida e, sabendo que o bichinho é lento, o herói permite que o animal ganhe uma vantagem de 500 metros. E lá vai ele... No entanto, embora o grego seja muito mais rápido do que a tartaruga, quando Aquiles alcança a marca dos 500 metros, o animal terá percorrido mais 50 metros.

E, quando o herói tiver percorrido 550 metros, a tartaruga terá se deslocado 5 metros adiante. Depois de Aquiles vencer os 555 metros, o animal estará 0,5 metros na frente, depois 0,25 metros, e mais 0,125 na dianteira, e assim por diante em um processo que se repete sucessivamente. O paradoxo serve para provar que o grego jamais ultrapassará a tartaruga, já que toda vez que ele chega onde o animal estava, o bichinho se encontra em outro lugar.

No fundo, todo mundo sabe que Aquiles é capaz de vencer da tartaruga, não é mesmo? Mas, para entender este paradoxo, não devemos pensar em distâncias e competições. Em vez disso, devemos compreendê-lo como um exemplo de como qualquer valor finito sempre pode ser dividido infinitas vezes, independente de quão pequenas as divisões se tornem.

2 – Paradoxo de Bootstrap

Este paradoxo brinca com a ideia de viagem no tempo e levanta questões sobre como algo que pode existir sem ter sido criado. Assim, imagine que um viajante no tempo compra uma cópia de Hamlet em uma livraria qualquer e volta à Inglaterra Elisabetana e entrega o livro a Shakespeare, que copia o conteúdo e o publica como sendo de sua autoria.

Ao longo dos séculos, Hamlet é reproduzido incontáveis vezes até que uma cópia acaba indo parar na mesma livraria na qual o viajante no tempo encontrou o livro. Ele o compra novamente e o leva de volta a Shakespeare e o processo se repete. A pergunta é: quem, afinal, é o autor original da obra?

3 – Verdade ou mentira?

Imagine que você está segurando um cartão no qual existem duas mensagens — A e B — escritas, uma na frente e a outra no verso. A mensagem A diz “A afirmação escrita do outro lado deste cartão é verdadeira”, enquanto a mensagem B diz “A afirmação escrita do outro lado deste cartão é falsa”. O paradoxo aqui surge quando tentamos determinar qual das duas mensagens é a verdadeira.

Assim, se a mensagem A for verdadeira, isso significa que a mensagem B também é — e que a A, portanto, só pode ser falsa. Por outro lado, se a mensagem A for falsa, então a mensagem B é falsa também, o que, em consequência, torna a mensagem A verdadeira.

Este paradoxo foi proposto pelo britânico Philip Jourdain no início do século 20, e trata-se de uma variação do Paradoxo do Mentiroso que demonstra que quando atribuímos um valor verdadeiro a uma afirmação cujo conteúdo transmite a ideia de “verdadeiro” ou “falso” criamos uma contradição.

4 – Paradoxo do Crocodilo

Imagine que um belo dia um crocodilo rouba um menino que estava dando sopa na beira de um rio. A mãe da criança suplica ao animal que devolva seu filho em segurança, e o crocodilo responde que só fará isso se a mulher adivinhar corretamente se ele vai ou não devolver o menino. Assim, se a mãe disser que o crocodilo vai devolver o garoto e acertar, o animal entrega o menino, e se a mulher errar a resposta, o animal fica com o filho dela.

Por outro lado, se a mulher responder que o crocodilo não vai devolver a criança, nos deparamos com um paradoxo! Se a mãe estiver certa e o animal realmente não tinha intenção de dar o garoto de volta, isso significa que o crocodilo tem que devolver a criança. Contudo, ao fazer isso, o animal quebra sua palavra e contradiz a resposta da mãe.

Além disso, se a mulher estiver errada — e o crocodilo realmente tinha intenção de devolver o menino —, isso significa que o animal deverá ficar com o garoto apesar de querer devolvê-lo, também quebrando sua palavra. Este paradoxo (ou dilema) se tornou bem conhecido durante a Idade Média, e serve para demonstrar o que pode acontecer quando admitimos algo que pode ser usado contra nós mesmos mais tarde.

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