Artes/cultura
09/08/2020 às 02:30•3 min de leitura
Como você sabe, no próximo domingo (13) será celebrado o Dia dos Pais no Brasil. Assim, pensando nisso, nós aqui do Mega Curioso decidimos reunir algumas coisinhas que a Ciência já descobriu a respeito da paternidade — selecionadas a partir de um artigo de Randy Rieland do portal Smithsonian.com. Confira:
Calma, os papais não ficam literalmente grávidos! No entanto, assim como as mulheres passam por uma série de alterações hormonais durante a gravidez, um estudo conduzido pela Universidade de Michigan apontou que os futuros papais também podem sofrer variações em seus níveis de hormônios.
A pesquisa acompanhou 29 casais “grávidos” durante um período de 8 semanas, coletando amostras de saliva para medir os níveis hormonais dos futuros papais e mamães diariamente. Como esperado, as mulheres apresentaram variações significativas nas taxas de hormônios e, surpreendentemente, os homens também passaram por alterações, sofrendo quedas nos níveis de testosterona e de estradiol — que é uma forma de estrogênio.
Um estudo conduzido por cientistas da Universidade Northeastern de Boston, nos EUA, revelou que pais que conseguem se dedicar aos filhos são mais propensos a se sentirem melhor com relação à vida profissional e menos inclinados a abandonar seus empregos. O curioso é que, segundo os pesquisadores, essa tendência não está necessariamente associada à ideia de que os pais precisam manter seus trabalhos para sustentar a família.
Conforme explicaram, na verdade, os pais realmente se beneficiam da companhia dos filhos e de estarem envolvidos na sua criação. Como consequência, eles se sentem mais felizes e satisfeitos em seus locais de trabalho, resultando em uma maior produtividade. Aliás, o estudo apontou que o contrário também acontece, ou seja, pais menos ligados aos filhos são menos focados em suas vidas profissionais.
Moças que tiveram bons relacionamentos com os pais durante a adolescência são mais inclinadas a adotar hábitos sexualmente seguros quando chegam à vida adulta. E mais: filhas que cresceram em lares com pais atuantes também costumam ter menos parceiros sexuais ao longo da vida. Essa foi a conclusão de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Flórida que envolveu 748 estudantes — dos quais 60% eram mulheres.
A pesquisa foi conduzida para descobrir aspectos sobre a adolescência dos participantes, como o nível de envolvimento dos pais durante esse período. Quanto à conclusão, os pesquisadores acreditam que uma explicação para o comportamento das moças seria que a presença paterna em suas vidas faz com que elas sintam menos necessidade de buscar atenção masculina fora de casa quando se tornam mais velhas.
Você até pode ser a cara da sua mãe — e inclusive ter herdado uma porção de gestos e o comportamento dela. No entanto, de acordo com um estudo feito por cientistas da Universidade da Carolina do Norte, os mamíferos são geneticamente mais parecidos com os pais.
Segundo os pesquisadores, embora os filhos recebam a mesma quantidade de mutações genéticas — que fazem deles indivíduos únicos — do pai e da mãe, as que vêm dos pais são as mais “utilizadas”. Conforme explicaram, essa informação é importante na hora de estudar doenças que são herdadas geneticamente, já que, dependendo de quem transmitiu a mutação, a expressão desses genes pode ocorrer de forma diferente nos filhos.
Os papéis de homens e mulheres mudaram muito nas últimas décadas, e, em lares onde os casais trabalham fora, os maridos normalmente dividem as tarefas domésticas com as esposas de maneira relativamente equilibrada — até que o primeiro filho nasce! Bem, isso acontece pelo menos de acordo com uma pesquisa da Universidade Estadual de Ohio, nos EUA.
O estudo foi conduzido com 182 casais e, antes de a “cegonha” chegar, os homens costumavam dividir os afazeres domésticos com as mulheres de forma bem democrática. No entanto, depois do nascimento das crianças, a distribuição das tarefas mudava bastante, e as esposas passavam a “trabalhar” em casa ao menos 1 a hora a mais por dia do que eles. Aparentemente, algumas coisas não mudam mesmo!
*Publicado originalmente em 07/08/2015.