Imagem de Besouros criam 'apocalipse de insetos' em cajueiros no Piauí no megacurioso

Enxames de besouros devastaram a produção local de frutas no nordeste brasileiro e especialistas acreditam que a praga foi causada pelas mudanças climáticas

<head></head><body>No início de outubro, uma nuvem de inúmeros besouros avermelhados desceu sobre a pequena cidade de Pio IX, no sul do estado do Piauí. Centenas de famílias locais de produtores de <a href="https://www.megacurioso.com.br/plantas-e-frutas/42610-voce-sabe-por-que-as-castanhas-de-caju-nao-podem-ser-consumidas-cruas-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caju</a> observaram horrorizadas a chegada dos insetos, quase como se fizessem parte de uma praga bíblica.Rapidamente, esses animais pousaram nas árvores e comeram tudo que viram pela frente, desde frutas a brotos. Outras árvores frutíferas, como os umbuzeiros e as seriguelas, também não foram poupadas. Como o Piauí é o segundo maior produtor brasileiro de caju, cerca de 30% da produção local foi perdida em menos de um mês devido à praga.&nbsp;<h2>Praga surpreendente</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12185639892414.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Sem conseguir contar a quantidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127409-makech-os-besouros-transformados-em-joias-ainda-vivos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">besouros</a> que sobrevoavam o Piauí, moradores da região estimam que milhões dos insetos avermelhados chegaram inesperadamente no local em outubro. Para capturá-los, os agricultores decidiram montar armadilhas luminosas à noite. Como essas criaturas eram atraídas pela luz de uma lâmpada, os insetos passaram a encher baldes de 60 litros, de onde eram depois retirados com pás.Com a ajuda de amostras enviadas do campo, pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) identificaram o inseto como Liogenys pilosipennis. A espécie foi descrita pela primeira vez em 2015 por cientistas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) com base em exemplares coletados no cerrado. Em média, essas criaturas têm 12,5 milímetros de comprimento e 6 milímetros de largura.No final de outubro, especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Meio-Norte, sediada em Teresina, e de órgãos de defesa agropecuária do Piauí se reuniram para elaborar um plano de combate à praga, que atacou cajueiros pela primeira vez na história.&nbsp;<h2>Causas do fenômeno</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12185715617416.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Após a reunião, especialistas passaram a recomendar aos agricultores não aplicarem inseticidas nos cajueiros, uma vez que a região é também conhecida pela produção de mel orgânico. Como alternativa, as armadilhas luminosas seguem parecendo ser a metodologia mais viável e sem riscos ao meio ambiente para lidar com os besouros avermelhados.&nbsp;Segundo os pesquisadores, locais onde as armadilhas luminosas têm sido usadas estão presenciando uma redução na quantidade de besouros. Na visão dos especialistas, as nuvens de besouros podem ser uma consequência do período prolongado de chuvas na região, uma resposta às <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128284-7-doencas-que-podem-aumentar-devido-as-mudancas-climaticas.htm#:~:text=As%20mudan%C3%A7as%20clim%C3%A1ticas%20desencadeiam%20eventos,como%20rinite%2C%20asma%20e%20bronquite." rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a> que têm afetado o nosso planeta nos últimos anos.No Piauí, as chuvas fortes ocorreram por seis meses consecutivos em vez dos três meses habituais observados ao longo da história. Como consequência, as larvas, que se alimentam de matéria orgânica em decomposição, tiveram mais tempo para se desenvolver. Isso fez com que os besouros emergissem em grande quantidade, sem que os seus inimigos naturais tenham se proliferado na mesma velocidade.&nbsp;Para piorar a situação, os tatupebas (Euphractus sexcinctus), também chamados de tatu-cascudo e predadores naturais dos besouros vermelhos, são cada vez mais raros no semiárido. Sendo assim, a tendência é que o cenário só se agrave no futuro caso a humanidade não tome medidas para frear nosso impacto na Terra.&nbsp;</body>

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Besouros criam 'apocalipse de insetos' em cajueiros no Piauí

Imagem de Golfinho raro com "polegares" é fotografado na Grécia no megacurioso

Um golfinho com nadadeiras deformadas, que parecem polegares, foi avistado no Golfo de Corinto em julho de 2023

<head></head><body>Um estranho golfinho localizado no Golfo de Corinto, perto da <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/101049-15-fatos-sobre-a-grecia-antiga-que-voce-precisa-conhecer.htm#:~:text=10%20%E2%80%93%20Na%20Gr%C3%A9cia%20Antiga%2C%20os,comprassem%20seus%20escravos%20com%20sal." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grécia</a>, desenvolveu intrigantes "polegares" em forma de gancho esculpidos em suas nadadeiras, é o que mostram fotografias recentes feitas na região. Pesquisadores do Pelagos Cetacean Research Institute avistaram o animal em duas ocasiões nos últimos meses durante pesquisas de barco na costa do país.Apesar da aparência incomum de suas nadadeiras, o golfinho em questão acompanhou o restante do seu grupo e foi visto "nadando, saltando e brincando" sem maiores problemas, afirmou o coordenador científico e presidente do Pelagos Cetacean Research Institute, Alexandros Frantzis.&nbsp;<h2>Características surpreendentes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12163252894305.jpg" alt="(Fonte: Alexandros Frantzis/Divulgação)">(Fonte: Alexandros Frantzis/Divulgação)Em entrevista ao site WordsSideKick.com, Frantzis afirmou ter sido pego de surpresa com o golfinho grego. "Foi a primeira vez que vimos esta surpreendente morfologia das barbatanas em 30 anos de pesquisas em mar aberto e também em estudos durante a monitorização de todos os golfinhos encalhados ao longo da costa da Grécia durante 30 anos", disse.O Golfo de Corinto, onde o animal foi encontrado, é um bolsão semifechado do Mar Jônico, imprensado entre o continente grego e a península do Peloponeso. É o lar de uma sociedade única mista de golfinhos que inclui golfinhos-comuns (Delphinus delphis), golfinhos-de-risso (Grampus griseus) e golfinhos-listrados (Stenella coeruleoalba). Segundo os pesquisadores, o espécime manuseado era um golfinho-listrado.Cerca de 1,3 mil <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128226-golfinhos-nariz-de-garrafa-e-o-seu-surpreendente-setimo-sentido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">golfinhos</a> dessa espécie vivem no Golfo de Corinto, onde estão isolados do resto da população mediterrânea. A nadadeira incomum não se parece em nada com uma doença, mas provavelmente a expressão de alguns genes raros e irregulares que surgiram devido ao cruzamento constante desses poucos indivíduos.&nbsp;<h2>Membros distintos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12163323295307.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os cetáceos — um grupo de mamíferos marinhos que inclui baleias, golfinhos e botos — desenvolveram membros anteriores distintos com mais falanges, ou ossos dos dedos, em comparação com outros mamíferos. Esses ossos estão dispostos em "mãos" semelhantes às humanas, envoltas em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117021-ciborgue-do-mundo-real-implanta-nadadeiras-no-cranio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nadadeira</a> de tecido mole. Isso significa que os golfinhos têm polegares, embora não sejam tão proeminentes quanto os nossos.Ao contrário dos humanos, cujos dedos são fundidos em mãos em forma de remo no útero, com células que morrem antes de nascermos, as células acumulam-se em torno dos ossos dos membros anteriores dos golfinhos para formar barbatanas. Como nenhuma célula entre os dedos morre no processo de gestação, eles acabam não desenvolvendo mãos como as nossas.Contudo, o golfinho fotografado no Golfo de Corinto parece não ter dedos e parte do tecido que normalmente os envolveria. Na visão dos especialistas, parece que as células que normalmente formariam o equivalente aos nossos dedos indicadores e médio morreram num evento estranho quando a barbatana se formou enquanto o filhote de golfinho ainda estava no útero.&nbsp;O polegar e o quarto dedo do animal, no entanto, permaneceram. Sendo assim, é possível que o "polegar" em forma de gancho possa ter algum osso dentro dele, mas certamente não é móvel.&nbsp;</body>

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Golfinho raro com 'polegares' é fotografado na Grécia

Imagem de Caso raro: jacaré branco nasce em cativeiro nos Estados Unidos no megacurioso

Evento é raridade entre os jacarés e aconteceu em um parque temático, onde o animal está sob observação

<head></head><body>Um caso raro chamou a atenção de diversos biólogos nesta semana, pois o Gatorland, parque temático de crocodilos, na Florida, anunciou o nascimento de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127296-cacadores-capturam-o-maior-jacare-ja-registrado-no-mississippi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jacaré</a> branco em suas dependências.O caso é extremamente raro, e essa variação genética foi descoberta há 36 anos nos pântanos da Louisiana. Segundo especialistas, há poucos animais com essas características ao redor do globo.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/48127-conheca-alguns-fatos-curiosos-sobre-jacares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Conheça alguns fatos curiosos sobre os jacarés</a></li></ul><h2>O que torna o jacaré branco especial?</h2>Dentre as principais características que fazem do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115863-jacare-ancestral-deixou-46-marcas-de-mordida-em-perna-de-preguica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jacaré</a> branco uma espécie diferenciada, podemos destacar a diferença no tom de pele. Ao contrário dos albinos, que geralmente possuem a pele toda branca e olhos rosados, o tipo que tratamos aqui (também conhecido como jacaré leucístico) tem olhos azuis e apresenta manchas escuras no corpo.<iframe class="instagram-media instagram-media-rendered" id="instagram-embed-0" src="https://www.instagram.com/reel/C0jRSD9g09f/embed/captioned/?cr=1&amp;v=14&amp;wp=540&amp;rd=https%3A%2F%2Fplataforma.nexperts.co&amp;rp=%2Fprojetos%2Fgerenciar%2Fpublisher%2Fedit%2FN20dm%2Fk5K1a#%7B%22ci%22%3A0%2C%22os%22%3A6509902.899999976%7D" allowtransparency="true" allowfullscreen="true" frameborder="0" height="1563" data-instgrm-payload-id="instagram-media-payload-0" scrolling="no" style="background: white; max-width: 540px; width: calc(100% - 2px); border-radius: 3px; border: 1px solid rgb(219, 219, 219); box-shadow: none; display: block; margin: 0px 0px 12px; min-width: 326px; padding: 0px;"></iframe>"Pela primeira vez desde que um ninho de crocodilos leucísticos foi descoberto nos pântanos da Louisiana, há 36 anos, temos o primeiro nascimento de um crocodilo branco sólido já registrado a partir desses crocodilos originais. Isto é muito raro, é absolutamente extraordinário", comentou Mark McHugh, executivo-chefe do Gatorland.Outro ponto importante sobre o jacaré branco é que, pelo fato de não apresentar a pigmentação mais escura na pele, ele não pode receber luz solar por longos períodos, podendo se queimar caso isso aconteça.<h2>Primeiro caso em cativeiro</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;" data-fonte-url="https://s2-umsoplaneta.glbimg.com/OysWbkfMisElGtpzhcmj33omWBM=/0x0:627x292/888x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_7d5b9b5029304d27b7ef8a7f28b4d70f/internal_photos/bs/2023/k/i/UttBDkT2Ke5hA5eq5BLQ/jacare-albino-nasce-nos-eua.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/12010827272002.jpg" alt="Jacaré leucístico é exibido ao lado do irmão para verificar as diferenças entre eles no que diz respeito à pele. (Fonte: Um Só Planeta)">Jacaré leucístico é exibido ao lado do irmão para verificar as diferenças entre eles no que diz respeito à pele. (Fonte: Um Só Planeta)O nascimento em questão também traz outra peculiaridade no mundo animal: ele é o primeiro caso que se tem registro de um jacaré leucístico gerado em cativeiro. Apenas na Louisiana, há registro de sete exemplares da espécie com essas características de tom de pele, e três deles estão no Gatorland.Das condições de nascimento, a espécie que ganhou destaque nos noticiários é uma fêmea nascida de pai leucístico e mãe normal. Ela veio ao mundo juntamente com seu irmão não leucístico, sendo que a dupla pesa 96 gramas cada e possuem 49 centímetros de comprimento.“Planejamos exibi-los no início do próximo ano para que os visitantes possam vê-los, aprender sobre eles e se apaixonar por eles como nós”, diz McHugh.Por fim, a equipe do Gatorland está pedindo a ajuda de seus seguidores para definir um nome para os dois jacarés. Caso queira participar, basta acessar o perfil do zoológico no Instagram e interagir enviando as suas sugestões.</body>

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Caso raro: jacaré branco nasce em cativeiro nos Estados Unidos

Imagem de Cientistas descobrem que fósseis antes considerados plantas eram outra coisa ainda mais interessante no megacurioso

Fósseis inicialmente confundidos com plantas revelam-se filhotes de tartarugas pré-históricas, desafiando conceitos estabelecidos por décadas

Dois pequenos f&oacute;sseis ovais, inicialmente catalogados como plantas extintas, surpreenderam a comunidade cient&iacute;fica ao revelar sua verdadeira identidade: filhotes de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118871-6-animais-pre-historicos-que-existem-ate-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tartarugas pr&eacute;-hist&oacute;ricas</a>. Descobertos na Col&ocirc;mbia e erroneamente identificados como Sphenophyllum colombianum, esses esp&eacute;cimes intrigaram os pesquisadores desde a d&eacute;cada de 1950. Um novo estudo, publicado recentemente na revista Palaeontologia Electronica, desvenda a incr&iacute;vel hist&oacute;ria por tr&aacute;s dessa confus&atilde;o e reescreve parte da narrativa paleontol&oacute;gica.
<h2>Identifica&ccedil;&atilde;o equivocada</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/a-12125111583186.jpg" alt="a" />(Fonte: Palaeontologia Electronica/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O equ&iacute;voco que levou &agrave; confus&atilde;o entre plantas extintas e filhotes de tartarugas iniciou nas d&eacute;cadas de 1950 a 1970, quando o padre Gustavo Huertas encontrou os f&oacute;sseis pr&oacute;ximo de Villa de Leyva. Guiado por uma interpreta&ccedil;&atilde;o inicial, Huertas associou erroneamente as linhas marcadas nos f&oacute;sseis &agrave;s nervuras de folhas de uma planta extinta, batizando-os como Sphenophyllum colombianum.
A certeza na identifica&ccedil;&atilde;o dos f&oacute;sseis como Sphenophyllum colombianum perdurou at&eacute; 2003, quando a paleobot&acirc;nica Fabiany Herrera e o paleobot&acirc;nico H&eacute;ctor Palma-Castro decidiram reexaminar a classifica&ccedil;&atilde;o. A discrep&acirc;ncia temporal, com os f&oacute;sseis datando entre 113 milh&otilde;es e 132 milh&otilde;es de anos, em contraste com a extin&ccedil;&atilde;o da planta h&aacute; cerca de 251 milh&otilde;es de anos, levantou d&uacute;vidas cruciais sobre a natureza dos esp&eacute;cimes. Essa incoer&ecirc;ncia despertou suspeitas e questionamentos fundamentais sobre a natureza real desses f&oacute;sseis.
<h2>A reviravolta</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/12/a-12125147863187.jpg" alt="a" />(Fonte: Palaeontologia Electronica/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O ponto crucial desta narrativa ocorreu quando a equipe, liderada por Fabiany Herrera, buscou a experi&ecirc;ncia do paleont&oacute;logo Edwin-Alberto Cadena, especialista em tartarugas. O contato com Cadena representou uma reviravolta marcante, pois sua experi&ecirc;ncia revelou uma interpreta&ccedil;&atilde;o completamente nova para os f&oacute;sseis, concluindo que suas caracter&iacute;sticas correspondiam &agrave; parte superior &oacute;ssea de filhotes de tartarugas. A identifica&ccedil;&atilde;o espec&iacute;fica como filhotes da Desmatochelys padillai, uma das maiores e mais antigas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121283-6-fatos-intrigantes-sobre-as-tartarugas-marinhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tartarugas-marinhas</a>, adicionou uma camada adicional de complexidade e fasc&iacute;nio &agrave; descoberta.
<h2>Detalhes da descoberta</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11193345144508.png" alt="Turtwig. (Fonte: Pokemon/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Turtwig. (Fonte: Pokemon/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os f&oacute;sseis, carinhosamente apelidados de Turtwig em homenagem ao universo <a href="https://www.megacurioso.com.br/desenhos-animados/99874-artista-cria-versoes-mais-realistas-de-pokemons.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pok&eacute;mon</a>, surpreendem pela sua dimens&atilde;o extremamente pequena, medindo menos de 6 cent&iacute;metros cada. Essa pequena estatura contrasta com o potencial impressionante que esses filhotes de tartarugas Desmatochelys padillai poderiam atingir quando adultos, podendo crescer at&eacute; 4,5 metros de comprimento.
A pesquisa cuidadosa revelou que esses exemplares tinham menos de um ano no momento da morte, destacando sua extrema juventude. A interpreta&ccedil;&atilde;o das linhas de padr&otilde;es de crescimento &oacute;sseo, inicialmente confundidas com veias de plantas, oferece informa&ccedil;&otilde;es valiosas sobre a biologia desses animais pr&eacute;-hist&oacute;ricos, ressaltando a raridade de encontrar f&oacute;sseis de filhotes de tartarugas em geral.
A equipe de pesquisa est&aacute; comprometida em ampliar ainda mais os horizontes dessa revela&ccedil;&atilde;o e planeja exames detalhados para explorar aspectos anat&ocirc;micos impercept&iacute;veis anteriormente. A busca por novos f&oacute;sseis reflete um compromisso cont&iacute;nuo com a explora&ccedil;&atilde;o do potencial paleontol&oacute;gico do local. Os pesquisadores est&atilde;o otimistas que as rochas locais podem tanto conter mais exemplares da Desmatochelys padillai&nbsp;quanto outros f&oacute;sseis enriquecedores para nosso entendimento da vida marinha no passado.
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Cientistas descobrem que fósseis antes considerados plantas eram outra coisa ainda mais interessante

Imagem de Maior iceberg do mundo está à deriva e ameaça vida selvagem no megacurioso

Conhecido como A23a, ele ficou preso por mais de 30 anos e agora avança em direção à ilha usada por focas, pinguins e outras aves marinhas para reprodução

<head></head><body>Em 1986, uma parte gigantesca da costa da Antártida se soltou e começou a flutuar à deriva pelo oceano Antártico, até ficar encalhado no leito do Mar de Weddell. Conhecido como A23a, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118807-maior-iceberg-do-mundo-se-separa-da-antartica-e-flutua-no-atlantico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">iceberg</a> permaneceu ali por mais de 30 anos.Agora, a geleira voltou a se deslocar e especialistas afirmam que, caso o A23a seja impulsionado pela Corrente Circumpolar Antártica, ele poderá chegar à costa da Geórgia do Sul. A ilha está a pouco mais de 1.500 km da América do Sul e é usada por diversas espécies como local para reprodução. Se o iceberg realmente chegar no local, poderá colocar em risco a vida selvagem nos próximos anos.<h2>O maior iceberg do mundo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11123135518191.jpg" alt="O A23a avança pelo Oceano Antártico, rumo à Geórgia do Sul. (Fonte: COPERNICUS/ESA/SENTINEL-3)">O A23a avança pelo Oceano Antártico, rumo à Geórgia do Sul. (Fonte: COPERNICUS/ESA/SENTINEL-3)Quando o A23a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117840-iceberg-do-tamanho-da-cidade-do-rio-se-solta-na-antartica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">se soltou da costa da Antártida</a>, em meados da década de 1980, ele não gerou uma preocupação imediata. Devido ao seu tamanho, a geleira encalhou no Mar de Weddell — entre a Antártida e a América do Sul — e permaneceu por lá durante as décadas seguintes.Com quase 4 mil quilômetros quadrados e 400 metros de espessura (maior que o Empire State Building), o A23a só voltou a se deslocar pelo oceano quando derreteu o suficiente para ultrapassar o leito do mar. Isso começou a acontecer em 2020, quando pesquisadores notaram um avanço significativo da geleira.Agora, o iceberg parece ter se desprendido totalmente do leito do Mar de Weddell e avança a um ritmo de cerca de 5 km por dia. Especialistas estão monitorando o A23a, para verificar se ele seguirá o rumo de outras geleiras, que são levadas por correntes e ventos até para o Atlântico Sul. Essa rota é conhecida por especialistas como “Beco das Geleiras”.<h2>Riscos à vida selvagem</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11122951642190.jpg" alt="A Geórgia do Sul é local de reprodução de focas e pinguins. (Fonte: GettyImages)">A Geórgia do Sul é local de reprodução de focas e pinguins. (Fonte: GettyImages)Conforme avança em direção ao Oceano Atlântico, o A23a levanta uma série de preocupações sobre os possíveis impactos à vida selvagem. A Geórgia do Sul, onde vários icebergs costumam colidir, é um local de reprodução para elefantes-marinhos, focas e pinguins-reis.Em 2004, um iceberg com quase o dobro do tamanho do A23a encalhou perto da ilha. Ele acabou bloqueando as rotas de alimentação de focas e pinguins, causando um impacto ecológico na região.Caso o A23a siga até o local, ele pode causar problemas semelhantes. A expectativa é que ele derreta o suficiente para se dividir em partes menores conforme avança. Esse é o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124180-o-que-acontece-quando-um-iceberg-se-descola-de-sua-geleira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">destino de todos os icebergs</a>, porém, cada um deles derrete em ritmos diferentes, o que torna imprevisível o futuro do A23a nos próximos meses.</body>

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Maior iceberg do mundo está à deriva e ameaça vida selvagem

Imagem de Ilha vulcânica recém-formada segue crescendo no Japão no megacurioso

Imagens feitas por satélite mostram que ilha forjada pelo fogo na costa japonesa em outubro deste ano permanece se expandindo

<head></head><body>Uma nova imagem tirada do espaço mostra que uma ilha formada por fogo vulcânico nos mares do Pacífico, ao largo do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118627-7-fatos-curiosos-que-provam-que-o-japao-e-um-pais-unico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Japão</a>, ainda está emergindo do mar desde o final de outubro de 2023. A nova ilha vulcânica, que foi batizada de Niijima, foi fotografada pelo satélite Copernicus Sentinel-2 da Agência Espacial Europeia (ESA) no dia 27 de novembro.Segundo os pesquisadores, a atividade vulcânica subaquática que deu origem à ilha na costa sul de Iwo Jima continua acontecendo. A Universidade de Tóquio disse em comunicado que as origens da ilha podem ser atribuídas a uma erupção vulcânica que gerou magma quente e escaldante, forjando pedaços de rocha com vários metros de comprimento uma vez que entrou em contato com o oceano.<h2>Formação da nova ilha</h2><blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560"><a href="https://twitter.com/hashtag/%E6%B5%B7%E4%B8%8A%E4%BF%9D%E5%AE%89%E5%BA%81?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#?????</a> ??11?23?(?)? <a href="https://twitter.com/hashtag/%E7%84%A1%E6%93%8D%E7%B8%A6%E8%80%85%E8%88%AA%E7%A9%BA%E6%A9%9F?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#???????</a> (????????) ??? <a href="https://twitter.com/hashtag/%E7%A1%AB%E9%BB%84%E5%B3%B6?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#???</a> ????????????? ??????????????(?????)???????????????? ??????????:<a href="https://t.co/TVKMszBbZJ">https://t.co/TVKMszBbZJ</a> ???????????????(??)????? <a href="https://t.co/gE5R3PCGBD">pic.twitter.com/gE5R3PCGBD</a>— ????? (@JCG_koho) <a href="https://twitter.com/JCG_koho/status/1729070054401343790?ref_src=twsrc%5Etfw">November 27, 2023</a></blockquote>À medida que os escombros vulcânicos iam se acumulando e rompiam o mar, a nova <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120417-5-enormes-ilhas-que-nao-estao-no-mapa-e-nao-deveriam-existir.htm#:~:text=Ilha%20do%20%C3%8Dndico%3A%20flutua%20entre,cerca%20de%200%2C7%20km%C2%B2." rel="noopener noreferrer" target="_blank">ilha</a> foi surgindo a 1,2 mil km de distância de Tóquio. O novo território foi fotografado do espaço pela primeira vez pelo satélite Landsat-9, da NASA, no dia 3 de novembro. Niijima continuou ativa desde o seu nascimento violento. No dia 27 de novembro, a Guarda Costeira do Japão compartilhou imagens em suas redes sociais que mostram a ilha sendo abalada por uma nova erupção vulcânica.O vídeo mostra vapor branco e fumaça saindo da ilha fumegante antes de uma enorme explosão irromper de seu membro inferior esquerdo. Após a explosão, pedaços de rocha vulcânica enegrecida seguidos por rastros de fumaça podem ser vistos caindo de volta para Niijima enquanto a ilha é abalada por uma série de rajadas menores.Apesar dessas novas explosões, imagens mostram que a ilha recém-formada permanece intacta, pelo menos por enquanto. Em entrevista à Associated Press, o especialista em divisão vulcânica da Agência Meteorológica do Japão, Yuji Usui, disse que a sobrevivência de Niijima pode depender do tipo de rocha que tem sido feita pelas explosões vulcânicas.&nbsp;<h2>Desenvolvimento de Niijima</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11193636451509.jpg" alt="(Fonte: ESA/Divulgação)">(Fonte: ESA/Divulgação)Na época em que as explosões pipocaram em Niijima, o mar estava arrastando as rochas mais quebradiças ao redor da periferia da ilha, e a atividade vulcânica havia acalmado. Isso fez com que a ilha encolhesse por um momento, ao contrário da atividade vulcânica renovada e do crescimento da ilha observados no dia 27 de novembro. Essa nova lava endurecida pode estar destinada a permanecer para sempre, ao passo que, se for uma rocha mais leve e mais fracamente ligada, poderá ser dispersa de volta ao Pacífico.&nbsp;Niijima está localizada sobre uma cadeira de vulcões subaquáticos que marcam o chamado "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128041-por-que-a-islandia-e-um-pais-tao-vulcanicamente-ativo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Anel de Fogo</a>", uma ferradura de 40 mil km que se estende desde o extremo sul da América do Sul, correndo ao longo da costa da América do Norte, passando pelo Japão e descendo até a Nova Zelândia. Os 452 vulcões e fossas subaquáticas que compõem essa região são o resultado do afundamento de placas geológicas sob a placa geológica norte-americana — um processo chamado subducção.Isso derrete rochas nas partes superiores do manto terrestre, criando magma que retorna à superfície da Terra através de rachaduras na crosta, dando origem a vulcões que entram em erupção para criar e desenvolver novos lugares como Niijima.&nbsp;</body>

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Ilha vulcânica recém-formada segue crescendo no Japão

Imagem de Toupeira-dourada desaparecida desde 1936 é redescoberta na África do Sul no megacurioso

Graças ao trabalho de pesquisadores, foi possível encontrar uma espécie de toupeira-dourada considerada extinta na África do Sul

<head></head><body>Muitos animais entraram em extinção ao longo das últimas décadas como reflexo das mudanças climáticas, somadas à perda gradual do habitat. Felizmente, algum tempo depois, parte dessas espécies é encontrada novamente na natureza e, ao mesmo tempo que gera surpresa, acaba representando uma nova oportunidade de preservação animal.Recentemente, no mês de novembro, tivemos um desfecho semelhante nesse sentido envolvendo um animalzinho bastante simpático: a toupeira-dourada de Winton. Há mais de oitenta anos que ela foi dada como desaparecida, mais especificamente, esse seria seu status desde o ano de 1936.A toupeira-dourada de Winton, cujo nome científico é Cryptochloris wintoni, vive nas areias, mergulhando no interior das dunas e utilizando sua audição bastante aguçada para se deslocar. Capaz de detectar vibrações na areia, ela não possui olhos e é conhecida por sua pelagem bastante brilhante. Até então, ela figurava como a 11ª espécie mais procurada do mundo, segundo o Re:wild.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;JP le Roux / Endangered Wildlife Trust / AFP&nbsp;" data-fonte-url="https://www.rewild.org/_next/image?url=https%3A%2F%2Fimages.ctfassets.net%2Ftftu3vbfu92u%2F3gSQXoyjnYcbngFlQrAvzA%2Fabf1a5c5e5c26ad130439ad18715b363%2Fgoldenmole_2.jpg&amp;w=1200&amp;q=75"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/07/07235207690527.png" alt="(Fonte: JP le Roux/Reprodução)">(Fonte: JP le Roux/Reprodução)<h2>Em busca da toupeira-dourada de Winton</h2>Neste caso, não se pode dizer que a constatação que a espécie segue viva foi fruto de um mero acaso, já que envolveu muito trabalho. Pesquisadores da ONG Endangered Wildlife Trust (EWT) e da Universidade de Pretória estavam procurando por evidências da sua existência em diversos locais pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124191-o-legado-da-mineracao-ainda-destroi-a-africa-do-sul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">África do Sul</a>.Pelo menos dezoito quilômetros de dunas foram exploradas, e mais de cem amostras de solo foram consideradas no trabalho que aborda o encontro com o animal, publicado na revista&nbsp;Biodiversity and Conservation. Graças a esse esforço, a equipe encontrou tocas e rastros deixados pelas toupeiras em Port Nolloth, localizada no noroeste do país.Como pesquisadores notaram que várias espécies de toupeiras estavam presentes na região, até mesmo o famoso melhor amigo do homem, o cachorro, foi escalado para ajudar nas buscas. Uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124931-as-6-racas-de-caes-mais-faceis-de-treinar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">border collie</a> chamada Jessie, treinada para conseguir detectar o cheiro de espécies comuns de toupeira-dourada, aumentou a expectativa de encontrarem o animal procurado.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/08/08005826815539.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Reunindo diferentes evidências</h2>No final das contas, foi detectado material genético de uma toupeira-dourada de Winston, que comparada com uma amostra, ajudou a confirmar que a espécie não foi extinta. Não apenas uma, mas quatro populações da toupeira-dourada foram localizadas por meio do eDNA (DNA ambiental).Cobus Theron, que participou da busca, acredita que o uso do eDNA, que se utiliza de diversos vestígios, como pelos e secreções corporais encontrados na natureza, para auxiliar nas buscas, também pode ser aproveitado para localizar de outras espécies consideradas em extinção ou que estejam em perigo.Para Samantha Mynhardt, geneticista da Endangered Wildlife Trust “extrair <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121199-o-que-e-o-dna-e-como-ele-se-parece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DNA</a> do solo tem seus desafios, mas temos aprimorado nossas habilidades e refinado nossas técnicas – mesmo antes deste projeto – e estávamos bastante confiantes de que se a toupeira-dourada de Winton estivesse no ambiente, seríamos capazes de detectar descobrindo e sequenciando seu DNA”.</body>

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Toupeira-dourada desaparecida desde 1936 é redescoberta na África do Sul

Imagem de Como canários salvavam a vida dos mineiros no século XX no megacurioso

Em 1900, a mineração cresceu e se tornou uma das profissões mais perigosas do seu tempo. Foi pensando em minimizar as mortes que o médico John Haldane inventou o ressuscitador de canários

<head></head><body>Os especialistas enfatizam que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124191-o-legado-da-mineracao-ainda-destroi-a-africa-do-sul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mineração</a> está entranhada no DNA da raça humana, portanto, faz sentido que seja considerada uma das profissões mais antigas do mundo. Tão antiga são as minas, com a Mina Ngwenya, em Essuatíni, no sul da África, com seus 43 mil anos, é a profissão de mineiro e os riscos associados a ela.No início do século XX, entre o período de 1900 a 1909, a mineração enfrentou seu momento mais mortal. Um relatório publicado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos apontou que a mineração subterrânea de carvão no país teve 3.660 baixas em mais de 100 incidentes. Em comparação, apenas 7.946 mineiros morreram entre 1910 e 2006, enfatizando como a tecnologia melhorou as condições da profissão, apesar dos seus riscos.Na primeira metade do século XX, o médico britânico John Scott Haldane usou&nbsp;canários para salvar a vida de mineiros.<h2>O ressuscitador de canários</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/05/05144211394206.jpg" alt="John Scott Haldane. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">John Scott Haldane. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Haldane ficou conhecido por suas pesquisas sobre gases e seus efeitos nas pessoas, o que lhe rendeu a alcunha de "pai da oxigenoterapia". Ele inventou uma das primeiras máscaras de oxigênio e pesquisou amplamente sobre a doença da descompressão, mas um de seus principais interesses foi entender o que causava tantos desastres na mineração de 1900.Foi assim que Haldane acabou inventando o seu ressuscitador de canários. O médico britânico descobriu que as aves canárias são mais sensíveis a pequenas quantidades de gases nocivos, como monóxido de carbono, muito presente em minas, e, portanto, reagiam mais rapidamente aos seus efeitos do que os humanos.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/05/05144320312208.jpg" alt="(Fonte: Ripleys/Reprodução)">(Fonte: Ripleys/Reprodução)A maneira que Haldane encontrou para detectar o gás inodoro antes que pudesse prejudicar os mineiros foi criando um sistema de alerta que consistia colocar um canário em uma gaiola com uma grade de proteção, para evitar que o animal escapasse pela porta aberta. Uma vez que o canário mostrasse sinais de intoxicação ao respirar o monóxido de carbono, a porta era fechada por um mineiro e uma válvula aberta, permitindo que o oxigênio do tanque em cima da gaiola fosse liberado e reanimasse a ave. Isso significava que os mineiros deveriam evacuar o perímetro imediatamente.Com isso, não demorou muito para que os canários se tornassem uma espécie de item básico em todas as minas regulamentadas pelo Reino Unido, Canadá e EUA.<h2>Um velho amigo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/05/05144458122212.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Apesar de tudo, é interessante pensar que Haldane tenha se esforçado para tornar o trabalho das aves o mais não letal o possível, em uma época que direitos e proteção aos animais nem sequer eram discutidos.A presença dos canários se transformou em um fenômeno na profissão, tanto por sua eficiência quanto pela companhia que prestavam aos mineiros solitários. Não é para menos que muitos se opuseram ao advento dos sensores eletrônicos, chamados de “nariz eletrônico”, que surgiram em meados da década de 1980, porque isso significava que eles perderiam um companheiro.Mas isso não impediu que o uso de canários cedesse à tecnologia, afinal, os sensores eram muito mais eficientes, podendo detectar vários tipos de gases nocivos à saúde humana. Além disso, eram bem mais econômicos.</body>

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Como canários salvavam a vida dos mineiros no século XX

Imagem de Jonathan, a tartaruga mais antiga do mundo, completou 191 anos no megacurioso

Saiba mais sobre a tartaruga mais antiga do mundo que completou 191 anos e foi parar no Guinness, o Livro dos Recordes

<head></head><body>Enquanto alguns animais não vivem tanto tempo quanto gostaríamos, há outros que se destacam pela sua longevidade. Entre eles, o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122629-6-curiosidades-sobre-os-gigantes-tubaroes-da-groenlandia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tubarão da Groenlândia</a>, que pode chegar aos 400 anos, as lagostas, que passam dos 140 anos e também as tartarugas, que podem superar os 100 anos de idade.Inclusive, uma delas entrou no Livro dos Recordes recentemente: Jonathan é uma tartaruga-gigante-das-seicheles (Aldabrachelys gigantea hololissa), uma espécie que vive até os 150 anos, em média. E na última semana, o animal foi destaque no Guinness World Records por seguir superando esse marco ao completar 191 anos.Com isso, ele se consagrou como a tartaruga mais antiga do mundo. Acredita-se que Jonathan tenha nascido no ano de 1832. Mais adiante, em 1882, quando estaria com cinquenta anos, foi levado para a Ilha de Santa Helena.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11085920880020.webp" alt="(Fonte: Guinness World Records/Reprodução)">(Fonte: Guinness World Records/Reprodução)<h2>Jonathan: uma tartaruga com 191 anos</h2>Sim, estamos falando de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119827-o-inacreditavel-plano-de-salvar-napoleao-bonaparte-do-exilio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Santa Helena</a>, a mesma ilha que Napoleão Bonaparte viveu seus últimos dias, localizada no sul do Atlântico. Mas considerando que o animal já era maduro quando foi parar nesse local, pode ser que ele seja ainda mais velho do que imaginam.De toda forma, o aniversário de Jonathan é celebrado no dia 04 de dezembro. Curiosamente, não é a primeira vez que o animal vai parar no Guinness World Records. Ou seja, além de Jonathan ser considerado o animal terrestre vivo mais antigo, ele ainda é lembrado por ser o quelônio mais antigo da história, título alcançado em 2021.Os quelônios correspondem a uma ordem de animais conhecida por sua carapaça externa bastante rígida, abrigando todas as espécies de tartarugas. Ao completar 191 anos, Jonathan se manteve à frente de Tu’i Malila, uma tartaruga que alcançou os 188 anos e viveu entre os anos de 1777 e 1965.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/11/11090857911032.png" alt="(Fonte: Guinness World Records/Reprodução)">(Fonte: Guinness World Records/Reprodução)<h2>Uma tartaruga cheia de histórias para contar</h2>Ou seja, ao longo da vida de Jonathan, diversos eventos importantes ocorreram, como a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, a primeira ocorrendo entre 1914 e 1918; e a segunda, entre 1939 e 1945. Isso sem falar na abolição da escravidão no Brasil, em 1888, e a ida do Homem à lua, na expedição&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/exploracao-espacial/74208-18-curiosidades-que-voce-provavelmente-nao-sabe-sobre-a-missao-apollo-11.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Apollo 11</a>, em 1969.Ele vive ao lado de outras duas tartarugas-gigantes: David e Emma, que estão com 55 anos, e Frederick, que nasceu em 1991 e está com 32 anos.&nbsp;Uma curiosidade divulgada é que Frederick já foi considerado como fêmea, chegou a ser chamada de Frederika, mas um tempo depois descobriram o equívoco.Apesar dessa idade mais avançada, Jonathan ainda se apresenta bastante saudável, destacou seu veterinário Joe Hollins, no comunicado divulgado pela Guinness. Inclusive, o animal ainda tem libido e tenta acasalar com outras tartarugas.Em virtude da catarata, a tartaruga-gigante perdeu a visão, mas permanece apreciando bastante os dias ensolarados, alimentando-se normalmente e segue sendo acompanhado de perto por uma equipe.</body>

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Jonathan, a tartaruga mais antiga do mundo, completou 191 anos

Imagem de Renascimento histórico: novos kiwis nascem em Wellington após 150 anos no megacurioso

Descubra a emocionante notícia dos dois adoráveis filhotes de kiwi marrom que nasceram próximo de Wellington, Nova Zelândia, após mais de um século de ausência dessas aves na capital

<head></head><body>Recentemente, o projeto Capital Kiwi anunciou uma notícia que enche de esperança os corações dos conservacionistas e amantes da fauna: o nascimento de dois filhotes de kiwi marrom nas redondezas de Wellington, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127234-zelandia-a-historia-do-misterioso-continente-perdido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nova Zelândia</a>. Este evento notável ocorre após mais de 150 anos desde que essas adoráveis <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121366-conheca-6-aves-que-nao-conseguem-voar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aves não voadoras</a> foram avistadas na região. Um feito que reflete um grande esforço de conservacionistas para reintroduzir e proteger essas aves vulneráveis.<h2>O desaparecimento dos kiwis</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/10/10221319559007.jpg" alt="Os arminhos são predadores vorazes dos kiwis. (Fonte: Getty Images / Reprodução)">Os arminhos são predadores vorazes dos kiwis. (Fonte: Getty Images / Reprodução)Os kiwis desapareceram da região de Wellington, Nova Zelândia, devido à perda de habitat causada pelo crescimento urbano e pela introdução de predadores não-nativos como os arminhos europeus. A expansão humana resultou na transformação de áreas florestais em zonas urbanas, reduzindo o habitat natural desses pequenos animais.Além disso, a presença de mamíferos invasores aumentou a predação, especialmente sobre os filhotes de kiwi, comprometendo sua sobrevivência. A falta de conscientização e a ausência de medidas eficazes de conservação também contribuíram para o declínio das populações locais dessas aves.<h2>O resgate da espécie</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/10/10222145467009.jpg" alt="Área de reintrodução dos kiwis. (Fonte: Capital Kiwi Project / Reprodução)">Área de reintrodução dos kiwis. (Fonte: Capital Kiwi Project / Reprodução)Em 2022, o Projeto Capital Kiwi iniciou um programa de reintrodução, liberando 11 kiwis na natureza em Makara, a cerca de 11 quilômetros a oeste de Wellington. Entre fevereiro e maio de 2023, mais 52 aves foram soltas, com planos de liberar outras 200 nos próximos cinco anos. Esse esforço pretende reverter a diminuição constante das populações de kiwis, atualmente estimadas em cerca de 68 mil indivíduos.O programa de reintrodução também precisa enfrentar os arminhos europeus, predadores vorazes que ameaçam a espécie. Mais de quatro mil armadilhas foram instaladas em colaboração com proprietários de terras, visando reduzir a ameaça desses mamíferos nas áreas habitadas pelas aves.<h2>Importância histórica e ecológica do nascimento local</h2>O nascimento dos filhotes de kiwi na natureza representa uma reviravolta na história ecológica da região, marcando um retorno dessas aves icônicas após mais de um século de ausência. Além do aspecto simbólico, a presença das aves contribui para o equilíbrio do ecossistema local, desempenhando um papel vital na regulação de populações de insetos e na dispersão de sementes.O retorno dessas aves não apenas enriquece a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122741-por-que-ha-tanta-biodiversidade-nas-regioes-tropicais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">biodiversidade</a> local, mas também cria uma oportunidade única para os habitantes de Wellington se reconectarem com sua fauna nativa, promovendo uma consciência ambiental mais profunda.A reintrodução local é tanto um triunfo para os conservacionistas quanto uma celebração para a comunidade que abraçou ativamente o projeto. Outros kiwis adultos estão sendo monitorados, indicando a possibilidade de mais nascimentos em breve. Os filhotes representam uma conquista notável, mas precisam enfrentar desafios cruciais à medida que crescem, especialmente contra os arminhos. Os próximos meses serão vitais para sua sobrevivência.</body>

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