
Ciência
17/11/2011 às 17:05•1 min de leitura
Cólicas, desconforto, irritação, calorões, inchaços, mau humor, choro, instabilidade e dores são algumas das palavras que fazem parte do vocabulário de toda mulher. E quem já não pensou em mudar o fluxo natural das coisas e, de uma maneira ou outra, evitar a menstruação para diminuir todos esses problemas?
Um estudo realizado pelo Instituto Resulta em parceria com a Libbs Farmacêutica nos trouxe um resultado previsível: a cada dez mulheres, quatro declararam que gostariam de não menstruar. E os motivos não poderiam ser mais evidentes – cólicas, desconfortos e todos os outros sintomas da TPM são as razões mais citadas entre aquelas que gostariam de poder interromper o seu ciclo regular.
No entanto, mesmo que 40% das mulheres se mostrem incomodadas, apenas 19,3% das mulheres entrevistadas revelaram já ter feito uso do método de contracepção contínua, que existe há dez anos no país. A pequena porcentagem se justifica quando os pesquisadores apontam que 71,9% das voluntárias afirmaram o desconhecimento do tratamento que interrompe a menstruação.
Entre aquelas que já conheciam a contracepção contínua, 45% se mostrou receosa com os efeitos colaterais que o tratamento pode causar. Porém, os médicos afirmam que as pílulas de uso estendido ou contínuo são bastante semelhantes às pílulas tradicionais, aquelas que funcionam com pausas de quatro a sete dias. Os cuidados e recomendações são os mesmos para ambos os tratamentos e permitem que a mulher escolha com segurança como será o seu ciclo menstrual.
A pesquisa foi realizada com 340 mulheres, com faixa etária de 18 e 30 anos, moradoras das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife. Esses resultados foram apresentados e discutidos no 54º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia, que aconteceu no último final de semana, em Curitiba, Paraná.