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03/09/2012 às 09:15•2 min de leitura
Fonte: Thinkstock
Enquanto procuramos ser felizes em um relacionamento perfeito, uma vida estável ou em um emprego ideal, a ciência nos prova que a verdadeira felicidade está dentro de nós. Porém, eles estão falando de genética.
Um novo estudo realizado a partir de uma parceria da Universidade de Columbia, Universidade do Sul da Flórida, Instituto Nacional de Saúde e Instituto de Psiquiatria de Nova York descobriu que existe um gene responsável pelas sensações boas que nos fazem mais felizes. Contudo, a descoberta não vale para o público masculino.
Divulgada no Science Daily e publicada no periódico Progress in Neuro-Psychopharmacology & Biological Psychiatry, a pesquisa aponta que a forma branda do gene monoamina oxidase A (MAOA) está associada à felicidade feminina, mas o mesmo não acontece com os homens.
“Esse é o primeiro gene da felicidade para as mulheres”, declara o coordenador do estudo, Henian Chen, professor associado do Departamento de Epidemiologia e Bioestatística da Universidade do Sul da Flórida, nos Estados Unidos. “Fiquei surpreso com o resultado, porque o MAOA brando já foi relacionado com aspectos negativos como o alcoolismo, a agressividade e o comportamento antissocial”, explica o pesquisador.
O gene MAOA é responsável pela atividade das enzimas que quebram a serotonina, a dopamina e outros neurotransmissores cerebrais, que conferem a sensação de bem-estar simulada por drogas antidepressivas. Os pesquisadores identificaram duas versões do gene, sendo que a mais branda delas permite que a formação de níveis maiores de monoamina e isso faria com que os neurotransmissores permanecessem por mais tempo no cérebro e melhorassem o humor.
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Para chegar a esses resultados, os cientistas convocaram 345 voluntários, sendo 193 mulheres e 152 homens. As análises de DNA se concentraram em torno das variações do MAOA e da avaliação que os participantes fizeram de seus níveis de felicidade.
Separando as informações em diferentes fatores – como idade, educação e renda – os pesquisadores descobriram que as mulheres que apresentavam a versão branda do MAOA eram consideravelmente mais felizes do que os outros participantes. No entanto, o resultado entre o público masculino não é equivalente. Muitos homens foram identificados com a versão do gene, mas o nível de felicidade relatado por eles era o mesmo do que os voluntários que não apresentavam o gene.
Os pesquisadores acreditam que essa diferença entre homens e mulheres se dá por conta da presença da testosterona, um hormônio encontrado em quantidades muito maiores no organismo masculino. Chen e os coautores do estudo sugerem que o hormônio pode anular o efeito benéfico do MAOA nos homens.
“Talvez os homens sejam mais felizes antes da adolescência, quando seus níveis de testosterona ainda são baixos”, finaliza o cientista.