Trabalhar nos últimos meses da gravidez é tão prejudicial quanto fumar

29/11/2012 às 14:192 min de leitura

undefinedCrédito: Thinkstock

Mulheres grávidas que trabalham até o fim da gestação estão propensas a dar a luz a um bebê com baixo peso e que pode desenvolver problemas futuros, é o que aponta um estudo realizado na Universidade de Essex, na Inglaterra, e divulgado no jornal britânico The Daily Mail.

A pesquisa aponta que os efeitos do trabalho no fim da gestação podem ser facilmente comparados com os efeitos notados em mulheres que fumam durante a gravidez. Isso porque as grávidas que trabalham até o nono mês costumam ter bebês cerca de 200 gramas mais leves do que aquelas que interrompem suas atividade entre o sexto e o oitavo mês.

Para chegar a esses resultados, os pesquisadores recuperaram dados de três levantamentos importantes, um deles da Inglaterra e dois dos Estados Unidos. Essas pesquisas mostraram que os bebês com baixo peso têm mais riscos de apresentar um desenvolvimento lento e a saúde fraca, além das chances de sofrerem diversos problemas na vida adulta. Entre os resultados, notou-se que o peso dos bebês de mães até 24 anos não foi afetado pelo trabalho prolongado, por outro lado, os efeitos significantes puderam ser vistos em mães mais velhas.

Os cientistas envolvidos com a pesquisa identificaram 1.339 crianças cujas mães participaram do levantamento British Household Panel Survey, realizado entre 1991 e 2005 na Inglaterra. Um outra amostra com 17.483 mulheres, que deram a luz entre 2000 e 2001, também foi analisada e apresentou resultados semelhantes, bem como os dados encontrados entre as 12.166 mulheres do National Survey of Family Growth – estudo que analisou os nascimentos entre o início dos anos 1970 até 1995 nos Estados Unidos.

O professor Marco Francesconi, um dos autores da pesquisa, acredita que o governo devia considerar iniciativas para que as funcionárias pudessem ter mais flexibilidade quanto à licença maternidade. Ele incentiva as mulheres que puderem a tirar a licença antes, em vez de depois, do nascimento do bebê a considerarem essa possibilidade: “Precisamos repensar seriamente a licença maternidade porque, como esse estudo sugere, os possíveis benefícios de se ter a folga antes do nascimento podem ser grandes”, finaliza Francesconi.

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