Artes/cultura
05/04/2012 às 11:22•1 min de leitura
Fonte: Divulgação
(Reuters) Leila Ben Ali, mulher do deposto ditador tunisiano Zine al Abidine Ben Ali, vai lançar uma autobiografia que deve provocar polêmica no país, onde ela é vista como uma espécie de Maria Antonieta moderna.
"Ma Verité" ("minha verdade") aparece como pré-lançamento no site francês da Amazon, com venda prevista para 24 de maio, a 16,10 euros. Procurada pela Reuters, a editora responsável pelo livro, Les Editions du Moment, não se pronunciou.
O site noticioso Tunisia Live informou na quarta-feira que a editora confirmou que o livro estava "em processo de preparação", mas não deu detalhes. Pelo Twitter, algumas pessoas disseram que se trata de "um livro para boicotar", numa paródia aos muitos livros que foram proibidos na Tunísia durante os 23 anos de governo de Ben Ali.
A ex-cabeleireira Leila Ben Ali (Trabelsi, de solteira) atraía o ódio dos tunisianos por seu estilo de vida suntuoso e pelo enriquecimento de seus parentes, que eram vistos como símbolo da corrupção do regime, derrubado no começo de 2011 na primeira das rebeliões da Primavera Árabe.
Ben Ali e Leila estão exilados na Arábia Saudita.
(Reportagem de Lin Noueihed)