Artes/cultura
05/03/2018 às 06:01•2 min de leitura
Fevereiro acabou de acabar e, como todos sabem, ele é o mês mais curto do ano — com 28 dias, a não ser que se trate de um ano bissexto quando, então, fevereiro ganha um dia extra. Pois tem gente que isso de 28 ou 29 dias a cada quatro anos só serve para bagunçar das pessoas e, para solucionar isso, defende a adoção de um novo calendário. Um cujo ano seria comporto por 13 meses com 28 dias cada um. Deixe nós explicarmos isso aí melhor!
De acordo com Mike Brown, do site Inverse, essa ideia de novo calendário foi proposta no comecinho do século 20 por um cara chamado Moses B. Cotsworth, que era funcionário da companhia ferroviária do Reino Unido. Ele achava que o calendário atual — o Gregoriano, em uso desde 1582 — só atrapalhava a vida dele e, sendo assim, pensou em uma opção que ele pensava que poderia ser mais prática para todos.
(City of Vancouver Archives)
Segundo Mike, Moses pensava o seguinte: como cada mês é composto por quatro semanas com sete dias cada (somando 28 dias no final), seria mais fácil se o ano tivesse 13 meses com 28 dias cada um, totalizando 364 dias. O mês extra podia ser inserido entre junho e julho e ser batizado de “Sol”, em referência ao solstício de verão no hemisfério norte, e o dia que falta para fechar os 365 poderia ser considerado como festivo — a ser incluído na forma de dois dias especiais a cada quatro anos.
Achou interessante? Pois você não foi o único, tanto que George Eastman, diretor da Kodak, chegou a adotar o calendário de Moses como calendário interno da companhia entre os anos de 1924 e 1989 — embora os funcionários se baseassem no gregoriano mesmo para seguir com suas rotinas fora do trabalho.
(Curitosity 1)
Além disso, a ideia de fazer a transição permanente chegou a ser proposta à Sociedade das Nações, uma organização internacional com sede em Versalhes fundada em 1919, e atraiu uma baita atenção. Mas, daí, chegou a Segunda Guerra Mundial e, naturalmente, como as prioridades eram outras, o projeto do calendário acabou sendo engavetado.
Mas, e como esse novo calendário afetaria as nossas vidas? Bem, se ele fosse adotado, nós saberíamos que todo dia 7 de cada mês cairia em um sábado, por exemplo, e também saberíamos quando todos os feriados aconteceriam. Ademais, como todas as datas cairiam sempre nos mesmos dias da semana, técnica e economicamente falando, seria mais fácil comparar períodos do ano, uma vez que todos teriam a mesma quantidade de dias.
(Curiosity 2)
Por outro lado, essa uniformização significaria que essa história de festividades que caem em datas diferentes ao longo do ano acabaria, e que você comemoraria o seu aniversário sempre no mesmo dia da semana. Assim, se ele cai em um domingo, você sempre celebraria a festinha no domingo — e 7 de setembro não seria mais dia de folga para ninguém por cair sempre aos sábados.
E tem mais uma questão curiosa. Lembra que mencionamos que o ano teria 13 meses? Pois não subestime a quantidade de pessoas supersticiosas que existem no mundo — e todos os treze meses do ano teriam uma sexta-feira 13. Ademais, segundo Mike, apesar de o padrão internacional estabelecer que as semanas começam às segundas, alguns países adotam o domingo como primeiro dia. Assim, o calendário de Moses, que é organizado com base no número de dias da semana, poderia gerar polêmica. E você, caro leitor, o que opina?