
Estilo de vida
22/04/2022 às 11:00•2 min de leitura
Quando o assunto são cobras perigosas é quase certo que alguém perguntará se tal espécie é ou não venenosa. O medo de ser picado por esses animais foi impregnado em nossa consciência coletiva, seja devido às referências médicas ou pelas menções aleatórias na internet e na TV.
Assim, é de conhecimento geral que o veneno de uma cobra pode causar sérios danos. Porém, o que muitas pessoas desconhecem é que não existe um veneno igual ao outro. Nem mesmo entre cobras da mesma espécie. Saiba mais!
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(Fonte: Shutterstock)
O veneno das cobras é composto por uma combinação de proteínas e enzimas tóxicas, que lhes permite acabar com suas presas com uma arma química. No entanto, da mesma maneira que elas se diversificaram e se adaptaram para viver em diferentes ambientes, a composição do veneno também sofreu alterações.
Aliás, fatores ambientais e a própria biologia da cobra ainda continuam moldando as toxinas atualmente. Um exemplo disso é a víbora malaia (Calloselasma rhodostoma), que vive no Sudeste Asiático, e tem variações significativas nas toxinas de vários indivíduos da mesma espécie a depender do tipo de alimentação daquele grupo. Outro exemplo é o veneno da jararaca da região do Caribe, que tem seus níveis de necrose e hemorragia muito mais fortes e intensos que suas companheiras do Pacífico.
(Fonte: Shutterstock)
No caso da jararaca Bothrops atrox, cujo habitat é a floresta amazônica, o padrão é parecido. Como essa espécie se alimenta de anfíbios em locais úmidos e cheios de plantas, o veneno tem uma taxa maior de poder pró-coagulante do que seus parentes que vivem na savana e comem répteis e mamíferos.
Para os biólogos, o veneno mais potente da Bothrops atrox é o resultado de um processo evolutivo de sobrevivência naquele habitat. Veja bem, como a toxina tem mais poder para formar coágulos sanguíneos, os sapos e demais presas dessa cobra são incapacitados antes que possam fugir pela mata ou escapar nas águas de um rio. Ou seja, as chances de a caça ser bem-sucedida são maiores para a cobra.
Uma observação interessante sobre a variação da composição do veneno é que também existem alterações drásticas conforme a idade do animal.
No geral, há duas formas pelas quais as cobras fazem suas presas sofrer: atacando o sistema circulatório ou o sistema nervoso. Mas também existem venenos que podem diminuir ou aumentar a pressão arterial, e até interromper sangramentos. De qualquer forma, são todas más notícias para as presas desses animais.
(Fonte: Shutterstock)
A diversidade de proteínas e peptídeos no veneno induzem a sérios danos neurotóxicos prejudiciais e inflamatórios, incluindo necrose, coagulopatia, hemorragia, dor e paralisia intensa. As cobras com as presas na frente da boca, como a cascavel e a víbora, tendem a ser mais perigosas.
Por fim, essa infinidade de variação de toxinas é um problema para o desenvolvimento de antídotos globalmente. A saída para a ciência é considerar variantes regionais de cobras e focar em testes extensivos para que os soros antiofídicos sejam eficazes contra todos os possíveis tipos de venenos produzidos pelos animais de uma região específica.
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