Artes/cultura
22/05/2022 às 13:00•3 min de leitura
No Egito Antigo, os faraós eram vistos como figuras supremas e grandes sacerdotes. Logo, além de seu poder político, um faraó trabalhava como uma ligação espiritual entre os egípcios e os deuses. Eram eles que criavam leis, recolhiam os impostos, mantinham a harmonia religiosa, conduziam cerimônias espirituais e travavam guerras.
Assim como em monarquias tradicionais, quase todos os faraós serviram como substitutos de seus pais e, por esse motivo, a maior parte deles tinha mais de 30 anos quando assumiu o trono. Mas isso não necessariamente era uma regra. Conheça seis dos faraós mais jovens na história do Egito!
(Fonte: Wikimedia Commons)
Cleópatra VII Filopátor, conhecida historicamente apenas como Cleópatra, não só foi uma das faraós mais jovens da história do Egito Antigo, como também foi a última governanta ativa do Reino Ptolemaico. Sua liderança pôs fim ao governo da dinastia que durou 5 mil anos.
Quando assumiu o trono, tinha apenas 18 anos e o Egito enfrentava sérios problemas financeiros. A escassez de alimentos e conflitos civis por todas as partes ameaçavam o seu reinado. Entretanto, graças as suas conexões políticas, ela conseguiu resolver a situação.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Tecnicamente, Hatexepsute entra na lista como uma das faraós mais jovens do Egito pois subiu ao poder quando tinha somente 12 anos — idade que se casou com seu meio-irmão Tutemés II. Como seu cônjuge morreu ainda jovem, ela tornou-se oficialmente regente de seu filho de dois anos, Tutemés III.
Hatexepsute queria poderes plenos como faraó e conquistou, afirmando seu direito de governar por meio de sua linhagem como filha única de Tutemés I e sua esposa principal, Ahmose. Ela foi legitimamente confirmada como uma faraó feminina aos 27 anos e governou por 21, até passar o bastão para seu filho.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Falando em 12 anos, essa foi a idade em que Amenófis III se tornou faraó. Ele foi um dos líderes mais célebres da décima oitava dinastia e era bisneto de Tutemés III. Em seu governo, o Egito celebrava grande prosperidade, paz e influência internacional. Sua mãe, Mutemwiya, atuou como sua regente até que ele tivesse idade suficiente para governar por conta própria.
Mais tarde em sua vida, Amenófis declarou que seu verdadeiro pai era o deus Amon, que havia assumido a forma de Tutemés IV na Terra. Em geral, seu reinado foi bastante tranquilo e pacífico.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Ptolemeu XIII Téo Filópator foi um dos últimos governantes do Reino Ptolemaico ao lado de sua irmã e esposa. Assumiu esse fardo aos 11 anos e continuou no trono até a sua morte em 47 a.C. Aos 15 anos, ele já havia se envolvido em uma guerra com o romano Júlio César pelo controle do Egito.
Apesar da ousadia, terminou derrotado e morto naquela batalha. Por mais que Ptolemeu e Cleópatra fossem casados, ambos não se gostavam e começaram uma guerra entre si logo após o casamento. Portanto, é fácil dizer que ele nunca teve tranquilidade em seu reinado.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Um dos mais jovens faraós de todos e também um dos mais conhecidos, Tutancâmon tinha apenas 9 anos quando assumiu o trono, governando até a sua morte em 1324 a.C. Ele teve uma vida bastante curta e morreu quando tinha apenas 19 anos. Tutancâmon também foi o último governante de sua linhagem real.
Durante seu reinado, foi responsável por resgatar a religião tradicional do Egito e enviar tropas à Síria para enfrentar um grupo ligado aos hititas. Sua tumba real passou séculos sem uma localização oficial até o historiador britânico Howard Carter encontrá-la em 4 de novembro de 1922.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Neferkara Pepi II é o faraó mais jovem da história do Egito Antigo. Seu reinado começou quando tinha meros 6 anos e também marcou o fim da Sexta Dinastia e do Antigo Reino do Egito. Logo depois, a era do Império Antigo é notável por ser o período da construção da Grande Pirâmide de Gizé.
Antes de seu reinado terminar, Pepi II dividiu os papéis de governante entre o Baixo Egito e o Alto Egito. Isso fez com que Mênfis tornasse-se a capital real.