Saúde/bem-estar
02/10/2022 às 08:00•2 min de leitura
Ao pensarmos em falência, logo imaginamos uma pessoa sem dinheiro algum no bolso e afundada em dívidas, certo? Nesse caso, essa pessoa deixa de ter qualquer tipo de posse em seu nome. Inclusive, essa é a realidade de muitos brasileiros que lutam diariamente para sobreviver com o mínimo possível.
No entanto, ultra-ricos também realizam pedidos de falência anualmente, em uma situação que deveria ser semelhante pelo nome, mas que é completamente diferente. Então, como pessoas com tanto dinheiro são capazes de permanecerem ricos após a falência, enquanto outros lutam com tão pouco? Para isso, precisamos entender alguns conceitos econômicos.
(Fonte: Pixabay)
Para quem tem muito dinheiro, estar falido não é necessariamente o que parece. Embora "quebrar" seja sinônimo de geladeira vazia para quem passa necessidade, para alguém acostumado com a vida boa isso é apenas um empecilho para o seu estilo de gastos. Resumidamente, essas pessoas tomaram algumas decisões financeiras erradas e não são mais capazes de pagar algumas contas.
Logo, declarar falência é algo relativamente comum entre empresas em dificuldades financeiras. Porém, para quem tem um patrimônio líquido muito alto, diversos governos internacionais fornecem a possibilidade aos ricos de vender alguns dos seus ativos para satisfazer certos credores, organizar um cronograma novo de pagamentos eficientes e quitar grandes dívidas.
O rapper 50 cent, por exemplo, chegou a ter um patrimônio de US$ 140 milhões em 2014, mas pediu falência no mesmo ano por contrair algumas dívidas. Com uma casa avaliada em US$ 18 milhões, o cantor precisou pedir ajuda para pagar a grande hipoteca do imóvel. Em alguns cenários, ricos que declaram falência podem até sentir algum tipo de dificuldade por um tempo, mas conseguem se reorganizar para resgatar seu padrão de vida.
(Fonte: Pixabay)
Embora o tipo de falência usado por pessoas mais abastadas possa até mesmo ser semelhante em alguns níveis à população média, existem duas diferenças gritantes entre os muitos ricos que pedem auxílio ao governo e as grandes massas: o potencial de ganhos futuros e os contatos atuais.
Pessoas com um nome estabelecido no mercado possuem uma rede de apoio ao seu redor que facilitará o pagamento de dívidas, mantendo um modelo de negócio erguido que ainda apresentará frutos para o futuro. A reconstrução pode não ser fácil ou imediata, mas na maioria das vezes acontece eventualmente — e podem até mesmo entrar com pedidos de falência múltiplas vezes.
O bilionário e ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por exemplo, declarou falência quatro vezes e nunca chegou nem perto de passar fome. Por qual motivo? Seu nome continuou sendo relevante em seu segmento e seus negócios continuaram sendo feitos apesar das dificuldades de pagar algumas dívidas.
Todo tipo de falência oferece uma oportunidade de recomeço para um indivíduo, mas é evidente que pessoas com muito dinheiro na conta ainda estão bem longe de sofrer como um indivíduo de classe média ou abaixo.