Por que Elizabeth II era a rainha de 15 países?

30/09/2022 às 13:002 min de leitura

Até o dia 30 de novembro de 2021, Elizabeth II era a rainha de 15 nações ao redor do mundo. Porém, desde aquele dia Barbados foi declarado independente e se tornou uma república. Apesar disso, o país segue membro da Commonwealth.

Mas por que o país permanecia fazendo parte da coroa britânica? E por que o Reino Unido mantém a soberania sobre outros 14 países?

O legado do Império Britânico

Elizabeth II em visita à Austrália, em outubro de 1982. (Fonte: Wikimedia Commons)Elizabeth II em visita à Austrália, em outubro de 1982. (Fonte: Wikimedia Commons)

Em 1926, quando a rainha Elizabeth II nasceu, o Reino Unido governava quase um quarto da população mundial. Porém, durante o período entre guerras e nos anos que se seguiram após a Segunda Guerra Mundial, os países começaram processos de independência.

Dentre os motivos que resultaram no afastamento da coroa britânica, estavam os séculos nos quais o Império controlou e extraiu as riquezas e os recursos de cada um dos países membros. Em Barbados, por exemplo, os nativos foram explorados em plantações de cana-de-açúcar. Na África do Sul, a Inglaterra saqueou milhões de quilates de diamantes de minas locais.

Quando a rainha Elizabeth II assumiu o trono na década de 1950, o mundo havia mudado. Era mais interessante para os países se tornarem totalmente independentes, com alguns optando por manter relações através da Commonwealth, como aconteceu com Barbados em 2021.

Atualmente, fazem parte da Comunidade Britânica 14 nações: Austrália, Antígua e Barbuda, Bahamas, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Papua Nova Guiné, São Cristóvão e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Nova Zelândia, Ilhas Salomão e Tuvalu. Eles não são mais governados pela Grã-Bretanha, mas simbolicamente permaneceram monarquias constitucionais.

Eles são considerados países independentes, mas optaram por manter a rainha como chefe de estado cerimonial. Isso significa apenas que Elizabeth II  — ou algum membro da família real — participava de cerimônias oficiais e poderia receber chefes de Estado em nome dos países. Essa função foi repassada agora para Charles III, que esteve na cerimônia de independência de Barbados.

E a Commonwealth?

Os primeiros-ministros de cinco membros da Commonwealth em 1944. Da esquerda para a direita: Mackenzie King (Canadá), Jan Smuts (África do Sul), Winston Churchill (Reino Unido), Peter Fraser (Nova Zelândia) e John Curtin (Austrália). (Fonte: Wikimedia Commons)Os primeiros-ministros de cinco membros da Commonwealth em 1944. Da esquerda para a direita: Mackenzie King (Canadá), Jan Smuts (África do Sul), Winston Churchill (Reino Unido), Peter Fraser (Nova Zelândia) e John Curtin (Austrália). (Fonte: Wikimedia Commons)

A Commonwealth of Nations — ou Comunidade das Nações, é uma organização composta por diversos países, a maioria sendo ex-colônias britânicas. Ela não possui o status de união política, mas sim de uma organização intergovernamental que busca aproximar social, politica e economicamente os países membros. Atualmente ela é composta de 56 nações independentes. Exceto por Gabão e Togo, Moçambique e Ruanda, todos os demais países fizeram parte do Império Britânico.

Embora ela não garanta autoridade ou soberania da Grã-Bretanha sobre os demais países, ela ajuda a manter a relevância da monarquia no cenário atual. A liderança atual da Commonwealth foi passada para Charles III, assim que ele assumiu o trono. Porém, a posição também é simbólica e sua relevância está associada com a habilidade do monarca em dialogar com os demais membros.

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