Ciência
22/10/2022 às 10:00•2 min de leitura
Viajar é bom e todo mundo gosta, mas antes da sua próxima viagem é melhor ficar atento na hora de preparar sua bagagem de remédios. A razão é que nem todos os medicamentos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador vinculado ao Ministério da Saúde, tem uso liberado no exterior.
A proibição atinge, na maioria dos casos, fármacos de uso restrito aqui no Brasil, mas a lista também conta com drogas de fácil acesso nos balcões das farmácias. Para te ajudar, trouxemos os principais remédios liberados em nosso território e que possuem alguma restrição internacional. Confira.
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Algumas das marcas mais tradicionais de analgésicos no Brasil possuem dipirona em sua composição, sem contar as diversas fabricantes de medicamentos genéricos. Nomes como Neosaldina, Buscopan e Dorflex, muito consumidos para combater dor, levam a substância. No entanto, em países como Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, por exemplo, a substância é proibida.
Uma das razões, segundo a FDS – órgão regulador do setor, equivalente à nossa Anvisa – é que a dipirona possui efeitos colaterais perigosos, como choques anafiláticos. Por essa razão, nestes países os médicos e farmacêuticos costumam indicar o uso de paracetamol.
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Produzida pela gigante alemã Bayer, a Diane 35 é um medicamento à base de acetato de ciproterona e etinilestradiol. Em território brasileiro, o remédio é usado como anticoncepcional, enquanto no exterior é indicado no tratamento de doenças que possuem relação aos hormônios femininos, especialmente acne e síndrome de ovários policísticos.
Desde 2013, sua venda é proibida na França, quando quatro mulheres morreram vítimas de trombose associada ao consumo do medicamento.
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Quem está em um tratamento para perda de peso (que, é sempre importante enfatizar, deve ser feito acompanhado de médicos e nutricionistas) pode já ter ouvido falar em sibutramina. Ela é vendida no Brasil com prescrição médica, sendo utilizado no tratamento da obesidade.
O seu efeito no organismo é o de aumentar a sensação de saciedade, levando o indivíduo que faz seu consumo a comer menos, o que facilitaria o emagrecimento.
Porém, a sibutramina foi proibida em toda União Europeia, Estados Unidos, Uruguai, Austrália, Paraguai e outros países, principalmente por alguns estudos terem indicado que o medicamento trazia diversos efeitos colaterais, entre eles a possibilidade de derrame ou enfarte em pessoas com problemas cardíacos prévios.
(Fonte: Unsplash)
Pacientes em tratamento de câncer de mama podem, se seu médico assim recomendar, utilizar o comprimido Avastin, fabricado pela Roche cujo princípio ativo é a bevacizumabe. Ele é um dos remédios mais vendidos em todo o mundo para o tratamento do câncer.
Contudo, foi proibido nos Estados Unidos pela FDA, pois, de acordo com a agência, não haveria eficácia comprovada para essa finalidade, além de apresentar efeitos colaterais considerados perigosos. Curiosamente, a mesma agência liberou o Avastin para ser utilizado em outras doenças.
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Fabricado pela farmacêutica Cristália, o Mytedom é o nome comercial do cloridrato de metadona, medicamento usado no combate à dor aguda e crônica, bem como no tratamento para desintoxicação de entorpecentes, como heroína e ópio. No entanto, o remédio é proibido na Rússia, onde, inclusive, um brasileiro foi preso em 2019, por conta da posse do medicamento.
Robson Oliveira, motorista do jogador Fernando, então atleta do Spartak Moscou, foi preso ao encontrarem duas caixas sob sua posse, que ele levava do Brasil para seu sogro com fortes dores nas costas. Ao todo, Robson ficou preso por dois anos, retornando ao país apenas em 2021.