Saúde/bem-estar
09/04/2023 às 11:00•2 min de leitura
Em setembro do ano passado, após a morte da rainha Elizabeth II, o posto mais importante da monarquia britânica passou para seu filho e sucessor, o agora rei Charles III. Após a morte de Lady Diana, em 1997, ele se casou com Camilla Parker Bowles em 2005.
Curiosamente, porém, mesmo após a sua posse como novo regente, sua esposa não é considerada rainha, e sim rainha consorte. Mas qual é a diferença entre os dois títulos?
Obviamente, existe uma diferença. A explicação para isto, por outro lado, é um pouco mais complicada. Em primeiro lugar, precisamos entender o motivo pelo qual Elizabeth II era rainha regente, mas seu marido não era rei.
Acontece que, na hierarquia monarca, que segue preceitos criados séculos e séculos atrás, o título de rei é superior ao de rainha. É por isso que o marido da rainha Elizabeth II, o príncipe Phillip, não era rei. Hipoteticamente, caso fosse "promovido" ao cargo, ele automaticamente teria um título superior ao da rainha, tornando-se a principal figura do reino.
Rainha Elizabeth II e sua nora, Camilla Parker Bowles, a atual rainha consorte da monarquia britânica. (Fonte: Chris Jackson/Getty Images)
A regra da monarquia britânica dita que o trono deve ser herdado, sendo então passado de uma geração para a próxima. Isto resultou na impossibilidade de Phillip (caso ainda estivesse vivo) um dia tornar-se o principal regente, já que era apenas casado com a herdeira do trono, enquanto Charles III seria nomeado rei após a morte de sua mãe. Porém, a regra não é a mesma para o título de rainha. Enquanto reis devem herdar o título, suas respectivas esposas podem sim ser nomeadas rainhas — neste caso, rainhas consortes.
A principal diferença entre uma rainha regente e uma rainha consorte é que, enquanto a primeira é a principal figura da monarquia, a segunda tem um papel de suporte, auxiliando o rei e servindo como Conselheira Real. Sendo assim, ela pode exercer diversas funções que seriam de seu marido, tendo poder para assinar documentos no lugar do rei e participar de eventos e comemorações no lugar do esposo, por exemplo.
Porém, uma rainha consorte não tem autonomia para nomear o próximo primeiro ministro por vontade própria, por exemplo. Ao contrário da rainha Regente, que é literalmente a figura no topo da hierarquia, a consorte só pode agir na tomada de decisões importantes caso esteja seguindo instruções diretas de seu marido, o rei, geralmente limitando-se então ao papel de companheira, ajudante e conselheira.