Ciência
14/05/2023 às 13:00•3 min de leitura
Os primeiros habitantes da América chegaram ao continente há cerca de 14 mil anos. Com eles, vieram não apenas suas culturas e tradições, mas também importantes invenções que influenciaram o desenvolvimento tecnológico ao longo dos séculos.
Embora muitas dessas invenções tenham sido substituídas pela tecnologia importada, algumas delas ainda fazem parte do nosso dia a dia no século XXI. Aqui estão dez invenções de indígenas americanos que continuam presentes em nossa sociedade.
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As etnias Shoshone e Navajo, nativas da América do Norte, desenvolveram um contraceptivo oral baseado nas sementes da planta Columbia Puccoon. As sementes eram trituradas e transformadas em uma espécie de pó ou consumidas oralmente.
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Muito antes da medicina europeia desenvolver métodos de injeção, as tribos nativas já utilizavam seringas feitas de bexigas de animais e ossos ocos de pássaros.
Esses materiais eram cuidadosamente preparados e transformados em instrumentos que permitiam a administração de medicamentos líquidos diretamente no corpo.
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O uso de plantas pelos indígenas das Américas, como o estramônio, que possui propriedades anestésicas, e o salgueiro-negro, cuja casca contém ácido salicílico, foi fundamental para o desenvolvimento de medicamentos modernos.
O ácido salicílico é a base da aspirina, um dos medicamentos mais utilizados para aliviar a dor.
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Entre os Iroqueses, presentes na América do Norte, era comum o uso de tripas de urso secas e untadas para criar garrafas improvisadas.
Para criar uma abertura que permitisse a sucção, os indígenas utilizavam uma pena de pássaro, que era fixada na extremidade da tripa de urso, para facilitar a alimentação dos bebês.
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No Ártico, os inuits criaram os óculos de neve, precursores dos óculos de sol. Feitos de madeira ou ossos de animais, esses óculos protegiam os olhos do reflexo intenso do sol na neve.
Embora tenham surgido outros tipos de óculos ao longo do tempo, a ideia de reduzir o impacto dos raios solares nos olhos teve sua origem nas invenções indígenas.
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Os indígenas americanos já conheciam há séculos uma substância chamada látex, extraída da seringueira e utilizada para revestir vasilhas de barro, produzir bolas e calçados.
Embora a seringueira tenha sido cultivada em outros continentes e a borracha tenha passado a ser produzida artificialmente, os indígenas foram os primeiros a usar essa matéria-prima.
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Para enfrentar as adversidades do ambiente gelado do Ártico, os inuits desenvolveram o caiaque. Feito com pele de foca e ossos de baleia, essa embarcação individual impulsionada por remos permitia que eles pescassem e se deslocassem na água.
Hoje, o caiaque é usado como um esporte popular e até mesmo uma modalidade olímpica.
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A rede é um instrumento versátil, de fácil transporte, com benefícios práticos para o conforto e descanso.
Diversas culturas indígenas das Américas desenvolveram e aprimoraram a técnica de tecer redes com fibras naturais como forma de criar superfícies suspensas para dormir, descansar e relaxar.
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Os incas, um dos poderosos impérios da América pré-colombiana, construíram uma extensa rede de estradas ligadas por pontes suspensas.
Muitas estradas turísticas ao redor do mundo foram inspiradas nesta tecnologia indígena, além de servirem como modelo para a construção de pontes suspensas em grandes cidades.
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Os cachimbos desempenharam um papel importante nas práticas cerimoniais, rituais espirituais e sociais de muitas culturas indígenas.
Com a chegada dos colonizadores europeus, esses objetos foram oferecidos aos visitantes e comerciantes estrangeiros, que frequentemente se maravilhavam com a beleza e a complexidade dessas peças.