Ciência
15/07/2023 às 08:00•3 min de leitura
Durante séculos, a reputação de Catarina II, conhecida popularmente como "Catarina, a Grande", sempre esteve mais associada a rumores escandalosos a respeito de sua vida pessoal do que suas contribuições para a história da Rússia — onde foi Imperatriz de 1762 até a sua morte, em 1796.
No entanto, não há sombra de dúvidas que a monarca teria mudado o rumo do país em diversos sentidos, desde incentivos ao ensino e a arte até uma grande quantidade de golpes e anexações. Então, veja só cinco maneiras como essa princesa nascida na Alemanha chegou ao poder na Rússia e revolucionou o país!
(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)
Embora a Rússia tenha iniciado um processo de ocidentalização durante o reinado de Pedro, o Grande, foi Catarina quem realmente tentou ativamente trazer mais cultura e ideias ocidentais para o país, de forma que superasse sua reputação bárbara e atrasada em relação ao restante do mundo.
A Imperatriz era uma amante da filosofia e tornou-se amiga íntima de Diderot e Voltaire — dois grandes pensadores. Através do seu próprio amor pela arte, ela expôs os russos a uma grande variedade de obras-primas e pagou para enviar os melhores artistas russos para estudar em outros países.
(Fonte: Getty Images)
O Museu Hermitage, em São Petesburgo, o segundo maior museu do mundo em espaço de galeria, só existe atualmente porque foi iniciado a partir da coleção particular de Catarina em 1764. A monarca acabou adquirindo mais de 4 mil pinturas, além de esculturas e autômatos.
Ela rapidamente tornou-se viciada em comprar pequenas coleções, então ordenando a construção de um prédio de três andares para comportá-las. Uma extensão foi adicionada no edifício em 1792. Em 1852, quase 60 anos após a morte de Catarina, o Museu Hermitage foi finalmente aberto ao público e hoje comporta mais de 3 milhões de artefatos.
(Fonte:Spencer Arnold Collection/Hulton Archive/Getty Images)
Um dos grandes feitos de Catarina, a Grande, na história da Rússia, foi ter promovido uma reforma na educação do país logo quando assumiu o papel de Imperatriz. O ensino local era inconsistente, não confiável e disponível apenas para quem tinha muito dinheiro.
Além disso, escolas do interior eram administradas por padres locais e muito distantes das cidades. Catarina defendia igualdade na educação e achava que quanto mais mulheres fossem educadas, melhor seria a sociedade. Em 1764, ela fundou a primeira instituição educacional para mulheres e posteriormente criou mais 20 institutos para meninas que não eram tão abastadas.
(Fonte: Wikimedia Commons)
No final da década de 1780, Catarina estava extremamente preocupada com uma onda de varíola que estava tomando conta da Rússia. Ao ver a morte de membros da realeza, a Imperatriz logo decidiu vacinar a si mesma e seu filho. O procedimento envolvia remover bolinhas com pus da pele de pessoas infectadas e colocá-las sob a pele de uma pessoa saudável.
Os sintomas leves que se seguiram faziam com que os infectados desenvolvessem anticorpos — mesmo que 2% das pessoas tenham morrido com esse método. Catarina sabia que era seu papel como líder política tomar boas decisões para influenciar seus súditos a tratarem suas doenças e se tornarem mais saudáveis.
(Fonte: Getty Images)
Sob o comando de Catarina, a Rússia expandiu seu território em mais de 517 mil km². Logicamente, muito desse espaço foi conquistado por guerras, como a anexação da Polônia, Lituânia, Ucrânia e muito mais. De qualquer forma, não há dúvidas de que o país cresceu sob seu comando.
Catarina tinha como objetivo expandir a Rússia para o sul, em direção ao Mar Negro, foi quando formalmente anexou a Crimeia em 1783. Controlar essa região permitiria à nação mais controle e influência no Mediterrâneo, razão pela qual continua sendo uma questão importante para os russos hoje.