Saúde/bem-estar
25/07/2013 às 10:39•2 min de leitura
Parece até coisa de filme de suspense, mas é real: uma estátua egípcia datada de 1800 a.C. simplesmente girou sozinha no Museu de Manchester, na Inglaterra. O movimento da obra antiga foi registrado pelo circuito interno de segurança.
Segundo informações do Live Science, a estátua de Neb-Senu, que tem 25 centímetros de altura, foi adquirida pelo museu em 1933 e nunca havia mostrado sinais de movimentação antes.
"Eu percebi que um dia ela estava virada. Mas achei muito estranho, porque ela está em uma vitrine e só eu tenho a chave. Então, eu a coloquei de volta no lugar, mas no dia seguinte, ela havia se movido novamente", disse o curador do museu Campbell Price ao Manchester Evening News.
Conforme vocês, leitores, podem conferir no vídeo, a estátua faz uma rotação de 180 graus para trás e, depois, vira um pouco mais. De acordo com o Live Science, alguns observadores têm certeza que a estátua fez isso para mostrar ao público uma inscrição em suas costas, que pede oferendas como pão, cerveja, bois e aves. Daria para fazer um belo churrasco essas oferendas, não?
Brincadeiras à parte, o esclarecimento para o “giro da egípcia” é o atrito de material da estatueta com o local onde ela está colocada. Além disso, foi observado que o movimento ocorre durante o dia, levando os especialistas a acreditarem que a vibração dos passos das pessoas no museu faz com que a estátua se movimente girando, pois tanto o seu material de pedra quanto o vidro da prateleira são bastante lisos.
Essa é uma das conclusões do físico britânico Brian Cox. Entretanto, o curador do museu questionou o porquê de a estátua ter se movido somente agora, se ela já está nessa superfície desde o começo das exposições.
Ele também supõe que a pedra-sabão (esteatito), matéria-prima da estátua, seja vulnerável a forças magnéticas. Mas nenhuma dessas suposições satisfaz a sua curiosidade do curador: "Seria ótimo se alguém pudesse resolver o mistério”.
De acordo com Paul Doherty, cientista sênior do Exploratorium, em San Francisco, não existe nada de mal-assombrado na estátua egípcia, e seu movimento não é causado por qualquer força sobrenatural, mas por algo bastante comum: um atrito vibracional chamado “stick-slip".
Fonte da imagem: Reprodução/The Telegraph
Segundo as suas conclusões, se a prateleira de vidro sobre o qual repousa a estátua vibra um pouco, ela move o objeto na mesma direção, fazendo-o virar. Um exemplo cotidiano pode ocorrer quando alguém usa um liquidificador em uma bancada de cozinha: a vibração do eletrodoméstico pode fazer uma xícara que está próxima "andar" pelo balcão.
Mas por que a estátua parou o movimento depois de virar um pouco mais de 180 graus? Doherty acredita que isso aconteceu porque um lado da estátua é mais pesado do que o outro. Depois de virar na prateleira, o fundo irregular da estátua atinge uma posição mais estável e para de girar.
Ele também alegou que, além dos passos dos visitantes, a vibração poderia ser causada por um trem que passa perto do museu, contando ainda com o fato de que ela é uma peça relativamente leve. E você, leitor, acredita na explicação científica ou acha que são forças do além?