Artes/cultura
12/03/2021 às 07:00•2 min de leitura
O Instituto de la Juventud da Cidade do México criou uma campanha bem humorada que mistura dicas de prevenção contra a covid-19 com um traço cultural marcante do país: a luta-livre.
Uma equipe de "luchadores" foi chamada para percorrer o mercado de Central de Abasto, maior mercado aberto do país, para fiscalizar se as pessoas de fato estavam usando máscaras e passando álcool em gel como medidas que reduzem a chance de contágio pelo novo coronavírus.
A campanha virou um verdadeiro show no ponto turístico da região.
Com um tom ao mesmo tempo sério e de brincadeira, os profissionais abordavam quem estava sem máscara com golpes simulados, obrigando a pessoa a colocar uma proteção no rosto e higienizar as mãos.
Quem se recusava ou dificultava a ação recebia borrifadas de um líquido desinfetante para colaborar, rendendo cenas curiosas registradas em fotos e vídeos.
Professional wrestlers enforce the face mask rule at the Central de Abastos market in Mexico City. pic.twitter.com/1BDljcv953
— SBS News (@SBSNews) March 12, 2021
Os lutadores mascarados também pararam para tirar fotos e distribuir autógrafos. Ciclón Ramírez Junior, que se veste com um chamativo uniforme azul-celeste, era um dos mais animados com a performance.
Emperador Azteca, Hijo del Pirata Morgan, Miss Delicious e outros nomes que são famosos na região participaram da ação.
A iniciativa com os "luchadores" ajudou a conscientizar o público.
A campanha é realizada em diversos pontos da capital do país para promover as medidas preventivas, mas o mercado local é o principal alvo — ele foi considerado um dos epicentros da pandemia no México e é frequentado por milhares de pessoas todos os dias.
O Central de Abasto fica na municipalidade de Iztapalapa, na região leste da Cidade do México, e lida com 30 mil toneladas de mercadorias todos os dias. Ele é o maior mercado da América Latina nessa modalidade, com uma área de mais de 300 hectares.
A campanha de conscientização atrai também os fãs dos lutadores.
O México passa por uma situação complicada na pandemia: o país está próximo a chegar aos 200 mil mortos, mas manteve aberto locais como o mercado, que é um importante centro de venda e distribuição de alimentos na região.
A vacinação já começou e o país foi um dos primeiros da América Latina a iniciar a imunização, mas o processo segue a passos lentos pela falta de novas doses.