Mistérios
12/05/2021 às 02:00•2 min de leitura
Após uma semana de intensa agitação e violência protagonizadas por árabes e israelenses em Jerusalém, o grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, afirma ter disparado nesta terça-feira (11) mais de 130 foguetes em direção à cidade de Tel Aviv como resposta a um ataque aéreo de Israel. Será o início da terceira intifada?
Intifada é uma palavra árabe que significa “agitação”, e é usada para descrever a insurreição dos palestinos contra a política expansionista e os abusos promovidos pelo governo de Israel.
Fonte: Ahmad Gharabli/AFP/Reprodução
Depois de anos de confronto, que tiveram início no final do século XIX, a grande questão continua sendo a ocupação dos territórios da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, regiões teoricamente de propriedade dos palestinos, hoje representados pela Autoridade Nacional Palestina.
Embora os palestinos necessitem de um território que abrigue seu povo, com características culturais próprias e soberanas, a Faixa de Gaza continua sendo oficialmente um território sem soberania de um Estado. Disso se aproveita Israel para desenvolver vários tipos de opressão nos territórios “ocupados” pelos árabes: pressões econômicas, cerceamento do direito de ir e vir e outros tipos de censura.
Fonte: Musa Al-Shaer/AFP/Reprodução
A Primeira Intifada teve início após o atropelamento de um grupo de palestinos em Gaza por um caminhão do Exército de Israel, que matou quatro pessoas. Em levantes espontâneos, a população palestina passou a atacar os militares israelenses no final de 1987, usando apenas paus e pedras que encontravam pelo caminho.
Após a morte de 176 israelenses e cerca de 1,2 mil palestinos, o conflito resultou na assinatura de um acordo em Oslo que prometia uma solução negociada para o conflito. E foi justamente em um dessas tentativas de conciliação que teve início a Segunda Intifada, iniciada após o líder israelense Ariel Sharon caminhar pela Esplanada das Mesquitas, o que foi considerado uma provocação.
O novo conflito começou em 29 de setembro de 2000, com violentos confrontos entre palestinos e israelenses junto ao Muro das Lamentações em Jerusalém. Após a morte de sete palestinos, o conflito se intensificou e foi até o começo de 2005, deixando mortos 1,3 mil israelenses e 3,3 mil palestinos.