'Queering the Map': conheça o site que mapeia as memórias da comunidade LGBTQIA+

27/11/2022 às 05:002 min de leitura

Por muito tempo, as pessoas da comunidade LGBTQIA+ precisaram, por conta da sua orientação sexual, esconder suas histórias e angústias. Ainda hoje, mesmo depois de muita luta, essas pessoas precisam lidar com o preconceito e, em algumas partes do mundo, com a lei – em alguns países, relacionamentos homoafetivos são considerados crime.

Isso fez com que fosse muito difícil para essas pessoas se identificarem com alguma outra história de vida, ou com algum lugar específico. Para tentar mudar um pouco isso, foi criado o Queering the Map. Esta plataforma online (que você pode acessar clicando aqui) permite que pessoas queer de todo o mundo compartilhem memórias e experiências que tiveram em algum momento de suas vidas.

Espalhando a diversidade

Queering the Map(Fonte: Captura de Tela/Queering the Map)

O Queering the Map é um projeto criado por Lucas LaRochelle. Ele teve a ideia pensando em uma árvore específica na cidade de Quebec, no Canadá. Ela não está em um perto de qualquer ponto de referência, mas foi onde o jovem de 23 anos conheceu seu primeiro parceiro de longo prazo.

A partir disso, LaRochelle percebeu que esse tipo de recordação era comum a qualquer pessoa no mundo. Sabendo que apenas seu círculo de amigos e familiares iriam conhecer as lembranças alegres de um momento tão especial, ele pensou em mudar isso através do Queering the Map. 

O mapa em si não é necessariamente um guia de viagem, mas uma forma da comunidade LGBTQIA+ preservar e compartilhar suas memórias. Através da plataforma, as pessoas podem compartilhar o local onde conheceram alguém especial, onde se descobriram sua orientação e outras histórias do tipo.

Qualquer pessoa pode adicionar uma história e marcar o lugar em que ela aconteceu. Como as publicações são anônimas, as identificações são feitas por meio das iniciais. 

Compartilhando e conhecendo histórias

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Desde 2017, o projeto já coletou mais de 77.000 depoimentos geolocalizados, em 23 idiomas. Um exemplo é o relato deixado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Lá, uma pessoa compartilhou a seguinte recordação: "Aqui, em 2011, eu e minha primeira namorada dissemos que nos amávamos pela primeira vez. Na época, nossas famílias eram contra nosso relacionamento. Nós terminamos um ano depois disso. Agora somos grandes amigas e ela tem uma filhinha que recebe uma educação feminista, gratuita e acolhedora e muito amor".

Histórias como essa se repetem em diferentes lugares pelo mundo. Incluindo em países que possuem uma legislação que criminaliza a homossexualidade. É o caso do Qatar, país sede da Copa do Mundo 2022. Lá, um dos relatos diz: "Conheci você em uma aula, começamos como amigos, mas sempre soubemos que havia mais, e havia. Já faz mais de um ano e eu não poderia estar mais feliz".

LaRochelle espera que a plataforma sirva para pessoas da comunidade LGBTQIA+ se identificarem, independentemente do lugar do mundo em que estão. Além disso, ela também serve para que elas conheçam outras histórias e passem a olhar para qualquer lugar como um lugar onde elas podem ser elas mesmas.

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