Ciência
20/05/2023 às 11:00•2 min de leitura
Era uma manhã tranquila no ano de 1994, na pacata cidade de Ruwa, no Zimbábue. As crianças da Escola Ariel, uma instituição particular de alta renda, estavam brincando no pátio durante o intervalo quando algo extraordinário aconteceu.
No céu, avistaram um objeto brilhante e metálico pairando acima deles. O que ocorreu a seguir desencadeou um enigma que até hoje intriga pesquisadores e entusiastas de todo o mundo – e foi tema do documentário Ariel Phenomen, lançado em 2022.
Zuwa. (Fonte: Damien Farrell/Wikimedia Commons)
As 62 crianças, com idades entre 5 e 12 anos, ficaram atônitas ao testemunhar um objeto estranho que exalava uma aura misteriosa enquanto pairava silenciosamente, algo que nunca tinham visto em suas vidas. Os adultos estavam em uma sala fazendo uma reunião do corpo docente.
Na volta às aulas, as crianças contaram a história. Alguns falaram que tinham encontrado com zvikwambo, um duende maligno no folclore Shona e Ndebele, que são as línguas oficiais do país, além do inglês. Outros descreveram os seres como alienígenas.
Os professores ignoram o relato dos alunos, mas eles continuaram a repetir a mesma história para seus pais, que também não deram muito crédito a eles. Então, uma equipe de ufólogos, psicólogos, sociólogos e outros especialistas, intrigados com a consistência dos relatos, decidiram investigar o incidente na Escola Ariel de forma mais aprofundada.
(Fonte: Getty Images)
O que aconteceu a seguir é ainda mais surpreendente. Várias das crianças afirmaram ter feito contato telepático com os seres extraterrestres que estavam dentro do objeto. Essas entidades transmitiram mensagens de paz e advertências sobre o estado do nosso planeta. As crianças descreveram seres com olhos grandes e expressões tranquilas.
Pesquisadores e cientistas, fascinados pela complexidade do caso, realizaram entrevistas minuciosas com as crianças, analisando detalhadamente cada palavra, expressão facial e linguagem corporal. Embora sempre existam questionamentos e debates, a evidência científica apontava para a autenticidade da experiência.
O contato imediato de primeiro grau com seres extraterrestres das crianças de Ariel trouxe à tona questões fundamentais sobre a existência de vida além da Terra e a nossa relação com o universo. Assim, abriu-se um campo de estudo que misturava ciência, ufologia e filosofia, desafiando nossas concepções sobre nossa posição no cosmos.
(Fonte: GettyImages/Reprodução)
Alguns argumentos podem sugerir que o Fenômeno Ariel foi um surto histérico. Outras 200 crianças também estavam em recreio, mas apenas um grupo relatou ter visto e sido contatado pelos extraterrestres. A influência mútua, a sugestibilidade e a busca por atenção teriam contribuído para a criação das histórias.
Como a escola era particular e a classe social da família dos alunos muito provavelmente permitiu acesso a filmes famosos, como E.T. - O Extraterrestre, ou até séries que passavam na TV, a exemplo de Star Trek: A Nova Geração.
Isso, aliado à excitação e o estresse podem ter levado as crianças a influenciarem umas às outras e a criarem uma narrativa coletiva, compartilhando relatos similares. Além disso, exposição prévia às histórias sobre OVNIs e extraterrestres pode ter alimentado a imaginação das crianças, levando a interpretações equivocadas ou confusões.