Artes/cultura
24/11/2023 às 06:30•3 min de leitura
O que você consegue comprar com um dólar? Isso pode variar muito dependendo de onde (e quando) você está. Mas ao longo do tempo, diversas coisas foram vendidas por um dólar, seja como um valor simbólico ou para garantir algum tipo de vantagem.
Seja como for, abaixo você pode ver cinco coisas improváveis que já foram vendidas por apenas um dólar.
(Fonte: GettyImages)
A Coca-Cola Company é uma das maiores empresas do mundo. Por dia, são vendidas quase 2 bilhões de garrafas de Coca-Cola, principal produto da empresa. E os números poderiam ser ainda maiores, caso o seu fundador não tivesse decidido vender os direitos de engarrafamento por apenas um dólar.
Em 1888, quando Asa Candler comprou os direitos da fórmula da Coca-Cola, a bebida era vendida como xarope concentrado — assim como a maioria dos refrigerantes — que seria misturado com água com gás na frente do cliente. Quando dois advogados o abordaram com a ideia de engarrafar a bebida, Candler achou que aquilo não iria funcionar. Ele acabou comprando a ideia, mas convencido de que era uma estupidez vender o refrigerante já engarrafado, vendeu os direitos por um dólar.
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Desde a sua descoberta, a insulina permitiu que dezenas de milhões de pessoas com diabetes pudessem ter uma chance de sobreviver à doença. Ela é, até hoje, uma das maiores descobertas científicas da medicina. Sabendo disso, seu criador, o médico e pesquisador Frederick Banting, não quis lucrar com sua patente. Ele achava antiético um médico lucrar com remédios e teria dito que “a insulina pertence ao mundo, não a mim”.
Para tentar garantir que o medicamento pudesse chegar a um maior número de pessoas, Banting e seus colegas — Charles Best e John Mcleod — venderam a patente para a Universidade de Toronto, onde eles eram professores, por apenas um dólar para cada. Ele esperava que dessa maneira, o medicamento pudesse ser comercializado por um valor menor. Infelizmente, depois de um século da descoberta, o medicamento pode passar dos US$ 600 nos EUA — enquanto que no Brasil, ele é adquirido gratuitamente pelo SUS.
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Em 1982, James Cameron era um jovem cineasta que havia dirigido apenas um longa-metragem — Piranhas 2: assassinas voadoras. Ele não era conhecido e não tinha como comprovar para nenhum estúdio que era capaz de trabalhar em um grande sucesso. Por isso, quando ele apresentou o roteiro de O exterminador do futuro para a produtora Gale Anne Hurd, ela queria que outra pessoa dirigisse o filme.
Cameron decidiu apostar em si mesmo, acreditando no potencial do filme e fez um acordo com Hurd: ele venderia os direitos do roteiro por um dólar, com a condição de que ele também pudesse dirigir. Embora ele se arrependa da decisão até hoje, o filme foi um sucesso, garantiu para ele uma sequência e o transformou em um dos diretores mais conhecidos — e mais bem pagos — de Hollywood.
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Atualmente, de acordo com o IMDb, Stephen King é creditado por mais de 300 adaptações — somando filmes, séries de TV, curtas-metragens e antologias. Por ser um escritor tão famoso, os estúdios gostam de colocar “baseado em uma obra de Stephen King” para divulgar suas produções, mesmo que nem todo o resultado final seja memorável.
Mas, essa quantidade de adaptações tem uma explicação, além do fator promocional. King vende os direitos de adaptação dos seus contos por apenas um dólar para jovens cineastas. Frank Darabont foi um dos diretores que aceitou a oferta de Stephen King e comprou os direitos do conto A Mulher no Quarto, do livro Sombras da Noite. Darabont acabou se tornando famoso e mais tarde também dirigiu Um Sonho de Liberdade, À Espera de um Milagre e O Nevoeiro, todos baseados em histórias de King.
(Fonte: GettyImages)
O Oscar é o prêmio mais importante para Hollywood e aqueles que conseguem uma estatueta a consideram um prestígio para toda a vida. Seu valor, considerando apenas o seu material — a estatueta é feita em bronze e banhada em ouro — é de aproximadamente US$ 400. Porém, esse valor pode subir muito, dependendo de quem o ganhou — o Oscar de Orson Welles por Cidadão Kane foi vendido em leilão por mais de US$ 860 mil.
Para tentar diminuir esse comércio, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas criou uma regra de que qualquer pessoa que queira vender seu prêmio deve dar à Academia o direito de comprá-lo primeiro por 1 dólar. Isso se estende até mesmo após a morte, de modo que se um membro da família herdar o prêmio, eles ficam vinculados às mesmas condições.