5 segredos governamentais de lugares do mundo revelados a partir de arquivos confidenciais

28/12/2023 às 08:003 min de leitura

Todos os países possuem segredos de Estado que, eventualmente, se tornam públicos. Na maioria dos casos, eles não possuem muita relevância para a maioria das pessoas e servem apenas para a proteção de governantes ou para manter a estabilidade política e econômica. 

Porém, em outros casos, documentos que comprovam a participação de um país em massacres ou que revelam detalhes sobre a vigilância de civis se tornam públicos, revelando o lado "feio" dos governos. Abaixo, você pode conferir cinco segredos de governo liberados de arquivos confidenciais.

1. Projeto Stargate

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

O Projeto Stargate pode parecer ter saído de uma lista de teorias da conspiração, mas ele vem direto de uma série de documentos tornados públicos pela CIA em 2017. Ele foi uma tentativa do governo dos Estados Unidos de criar agentes com percepção extrassensorial durante a Guerra Fria. Em outras palavras, eles acreditavam que seria possível desenvolver habilidades como clarividência, telepatia e psicocinese para usar contra os soviéticos.

O projeto teve início em 1972 e foi liderado pelos parapsicólogos Hal Puthoff e Russell Targ como um programa secreto da CIA. Em 1979, o exército dos EUA assumiu o comando, recrutando homens e mulheres que afirmavam ter poderes extrassensoriais. Em 1995, alguns documentos vazados do programa fizeram com que a opinião pública condenasse seus elevados custos e resultados pouco significativos. No mesmo ano, o então presidente Bill Clinton encerrou o projeto de maneira definitiva.

2. Dalai Lama e guerrilheiros tibetanos

Dalai Lama. (Fonte: GettyImages)Dalai Lama. (Fonte: GettyImages)

O governo dos Estados Unidos é particularmente conhecido por oferecer treinamento para grupos rebeldes e paramilitares ao redor do mundo. O caso mais conhecido aconteceu na década de 1970, quando a CIA participou do treinamento de sauditas — entre eles, Osama bin Laden — que participavam da Guerra do Afeganistão. Mas antes disso, houve um caso que só se tornou público em 1998 e aconteceu no Tibete.

Entre os anos de 1957 e 1969, a CIA conduziu uma operação secreta para armar e financiar a resistência tibetana contra o domínio chinês. Enquanto guerrilheiros tibetanos receberam treinamento militar, o líder religioso do país, Dalai Lama, recebeu um subsídio de 180 mil dólares. Em 1970, quando o governo Nixon apoiou o reconhecimento diplomático da China, o apoio (financeiro e militar) teve fim.

3. John Lennon x EUA

John Lennon. (Fonte: GettyImages)John Lennon. (Fonte: GettyImages)

Antes mesmo de sair dos Beatles, John Lennon se tornou um ativista político bastante expressivo. Não apenas pelas suas letras, mas por seu envolvimento com líderes da Nova Esquerda, grupos antiguerra e sua simpatia pelos comunistas trotskistas na Grã-Bretanha. Isso fez com que o FBI o colocasse sob intensa vigilância quando ele se mudou com Yoko Ono para Nova York, em 1971.

Os documentos que revelaram o “interesse” do FBI por Lennon foram liberados em 2006 e não possuíam provas do envolvimento do músico em atividades subversivas. Eles apenas falavam sobre a associação do ex-Beatle com os ativistas Tariq Ali e Robin Blackburn. Além disso, eles também continham um relatório de vigilância sobre as atividades de Lennon durante um comício antiguerra em Michigan em 1971 e em outras manifestações políticas, mas que já eram públicas.

4. Massacre na Indonésia

Suharto em seu escritório como chefe da Reserva Estratégica. (Fonte: Wikimedia Commons)Suharto em seu escritório como chefe da Reserva Estratégica. (Fonte: Wikimedia Commons)

A tentativa de combater comunistas levou diversos países a terem repressões bastante violentas. E um dos casos mais sombrios aconteceu na Indonésia entre 1965 e 1966. O então presidente Sukarno deu início a um processo autoritário de controle e de perseguição dos membros do Partido Comunista da Indonésia, que ganhavam cada vez mais força e chegaram a tentar tomar o controle do país. Para eliminar qualquer tipo de ameaça, Suharto, o major-general do exército, liderou uma violenta caça anticomunista no país.

Os números são incertos, mas estima-se que entre 500 mil e 1 milhão de pessoas foram mortas e cerca de mais um milhão foram presas em campos de concentração. Os detalhes do massacre só se tornaram conhecidos quando arquivos que pertenciam à embaixada dos EUA em Jacarta se tornaram públicos em 2017. Além de detalhar a campanha de extermínio do exército indonésio, os documentos também confirmavam que os EUA forneceram listas de funcionários comunistas, equipamento de rádio e dinheiro para Suharto.

5. As cinzas de Hideki Tojo

Tojo em 1948 durante seu julgamento. (Fonte: GettyImages)Tojo em 1948 durante seu julgamento. (Fonte: GettyImages)

A 2ª Guerra Mundial tornou amplamente conhecidos os crimes cometidos pelos nazistas. Porém, os alemães não foram os únicos responsáveis por crimes de guerra durante o conflito. O Japão também foi responsável por ordenar, autorizar e permitir o tratamento desumano de civis e prisioneiros. E um dos principais responsáveis por autorizar esses atos foi Hideki Tojo, primeiro-ministro japonês durante a Segunda Guerra Mundial.

Tojo foi julgado no Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente — o equivalente asiático aos Julgamentos de Nuremberg — e sua execução aconteceu em dezembro de 1948. Porém, o destino de seus restos mortais permaneceram em absoluto segredo até 2021. O objetivo era impedir que nacionalistas japoneses tratassem seu túmulo como um local de adoração. Quando os documentos sobre o caso se tornaram públicos, foi revelado que as cinzas cremadas de Tojo, junto com as de outras seis pessoas executadas com ele, foram espalhadas de um avião do Exército dos EUA sobre o Oceano Pacífico.

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