4 fatos controversos que moldaram a história dos Jogos Olímpicos

04/03/2024 às 08:582 min de leituraAtualizado em 04/03/2024 às 08:58

A cada quatro anos, o mundo vira sua atenção para acompanhar atletas de todas as nacionalidades e modalidades esportivas competirem por medalhas. Os Jogos Olímpicos possuem uma longa trajetória com histórias de superação, conquistas e feitos sem precedentes, razão pela qual movimenta a comunidade esportiva e os fãs. Só que nem tudo é felicidade nas Olimpíadas.

Em sua história, também já acompanhamos tragédias causadas por tensões políticas, boicotes e escândalos esportivos envolvendo doping. Trouxemos aqui algumas dessas histórias controversas dos Jogos Olímpicos, que levaram a mudanças que ajudaram a moldar o maior evento esportivo do mundo.

1. Boicotes da Guerra Fria

(Fonte: Wikimedia Commons) (Fonte: Wikimedia Commons)

Em plena Guerra Fria, a tensão em todo o mundo era visível. Todo e qualquer movimento geopolítico poderia detonar o próximo conflito de proporções globais. E acredite: os Jogos Olímpicos não fugiram a essa tensão. Na edição de 1980, em Moscou, a delegação norte-americana decidiu não participar do evento em retaliação à invasão da União Soviética ao Afeganistão, ocorrida um ano antes. O fato rendeu a icônica cena do mascote dos jogos de 1980 chorando.

Quatro anos depois, foi a vez da União Soviética decidir não participar dos Jogos Olímpicos de Los Angeles. O comitê do país anunciou a decisão poucos meses antes do evento. Tempos depois, diferentes envolvidos com os boicotes comentaram que a decisão, na prática, apenas prejudicou os atletas de ambas nações. Além do esvaziamento de atletas do topo em algumas modalidades, os controversos bloqueios não surtiram nenhum efeito.

2. O doping de Ben Johnson

(Fonte: Wikimedia Commons) (Fonte: Wikimedia Commons)

Em 1988, o velocista canadense Ben Johnson surpreendeu o mundo ao vencer a prova dos 100 metros rasos nas Olimpíadas de Seul. O corredor foi além, estabelecendo um novo recorde mundial ao cravar 9,79 segundos. Contudo, apesar de vencer na pista, Johnson não ficou com a medalha. Isso porque ele testou positivo para o uso de esteroide estanozolol, uma substância proibida.

Por conta disso, o velocista foi desqualificado e perdeu a medalha. Demorou ainda dois anos, mas o escândalo de sua dopagem acabou levando à criação da WADA, a Agência Mundial de Antidoping. Nos anos que se seguiram, outros cinco dos oito finalistas da prova em que Ben Johnson foi pego usando substâncias proibidas testaram positivos para esteroides.

3. O doping coletivo de atletas russos

(Fonte: Wikimedia Commons) (Fonte: Wikimedia Commons)

Antes da suspensão de atletas russos em virtude do conflito com a Ucrânia, o Comitê Olímpico do país europeu se viu envolvido em um grande escândalo. Em 2012, uma investigação jornalística descobriu um programa de dopagem patrocinado pelo governo russo em diversas modalidades. A reportagem da emissora alemã levou a que a Agência Mundial de Antidoping fizesse uma larga investigação, que levou à conclusão de que havia uma "cultura de trapaça enraizada no esporte russo".

Atletas, treinadores, médicos e comitês de modalidades esportivas russas foram suspensos, enquanto outros foram banidos completamente do esporte. Até hoje, algumas modalidades esportivas não contam com atletas russos nos Jogos Olímpicos, enquanto em outros casos eles disputam o evento sem representar o país, utilizando uma bandeira neutra.

4. A controvérsia sobre a idade de ginastas chinesas

(Fonte: Wikimedia Commons) (Fonte: Wikimedia Commons)

Cada modalidade esportiva possui suas regras. No caso da ginástica, uma das mais básicas do esporte é a que exige que atletas tenham, ao menos, 16 anos para participarem dos Jogos Olímpicos. Em 2008, nas Olimpíadas de Pequim, essa regra levou a uma grande controvérsia com a delegação feminina chinesa.

Suas adversárias questionaram a idade das ginastas, acusando-as de terem 14 anos. E tudo começou no momento em que registros e relatórios das atletas chinesas surgiram com discrepâncias nas informações anteriormente cedidas. O Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Federação Internacional de Ginástica abriram uma rigorosa investigação com objetivo de descobrir se havia algo errado com as atletas do país-sede.

O resultado acabou por inocentar a delegação da China, mas levantou discussões que seguem até hoje sobre a possibilidade de liberar a participação de atletas mais jovens, bem como de métodos mais rigorosos e precisos para averiguação do cumprimento de regras como a faixa etária.

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