Ajeita essa postura! Olhar para o celular pode realmente causar dor crônica no pescoço

04/10/2024 às 06:002 min de leituraAtualizado em 04/10/2024 às 06:00

O nosso celular é hoje um item indispensável no nosso dia a dia. É com ele que falamos com amigos, participamos de aulas virtuais, enviamos e-mails, trabalhamos e fazemos várias outras tarefas do cotidiano.

Mas agora uma pesquisa está sugerindo que o esforço prolongado para usar e mexer no celular pode estar modificando a estrutura mecânica do pescoço e aumentando o risco de desenvolvermos dor crônica.

A relação entre o celular e a dor no pescoço

(Fonte: GettyImages / Reprodução)
O uso prolongado de celular pode causar a dor crônica no pescoço. (Fonte: GettyImages / Reprodução)

De acordo com o estudo, o uso prolongado de dispositivos portáteis e computadores pode ter contribuído para um aumento acentuado da dor no pescoço. Isso é algo que já se imaginava de acordo com o aumento de dor no pescoço, na coluna e nos músculos.

Agora, com o uso de raio X de alta precisão para rastrear movimentos da coluna durante tarefas de esforço do pescoço, pesquisadores descobriram que os esforços sustentados do pescoço podem causar fadiga muscular, o que altera a curvatura da coluna cervical. Por consequência, gera-se a dor no pescoço.

“Estamos falando de movimentos sutis do pescoço em posições mantidas estaticamente, que são difíceis de capturar. Eles também são altamente complexos porque há muitas peças individuais no pescoço ou, como chamamos, segmentos de movimento”, afirma Xudong Zhang, professor do departamento de engenharia industrial e de sistemas da Texas A&M University, que participou do estudo.

O que fazer?

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A ideia é que o estudo sirva de base para a criação de produtos mais ergonômicos. (Fonte: GettyImages / Reprodução)

A dor no pescoço é um dos distúrbios musculoesqueléticos mais comuns, atingindo cerca de 2.500 pessoas em cada 100.000. Mas a previsão é que, até 2050, esse número aumente até 32,5%. E uma razão central é a má postura em períodos longos, como o tempo que se passa mexendo no celular.

Para Zhang, a compreensão desse fenômeno pode ajudar a tomar decisões mais sustentadas sobre como podemos trabalhar o design de produtos, de modo a gerar novos dispositivos que reduzam esse risco.

O pescoço é diretamente afetado pelo uso frequente de dispositivos móveis porque, embora seja altamente flexível, é também muito instável. “O músculo impulsiona os movimentos produzindo força. Nós levantamos a hipótese de que quando as habilidades de produção de força de diferentes músculos diminuem, as posições dos ossos mudam e isso pode ser capturado", diz Zhang.

Os pesquisadores fizeram também um experimento com voluntários para testar os impactos dos esforço feito pelo pescoço quando levado à exaustão. Eles usaram eletromiografia para medir a atividade elétrica muscular e os efeitos da fadiga causada pelos movimentos.

“Nós imaginamos a coluna cervical como uma ponte cantilever. Se houver estresse excessivo ou repetido na ponte, ela pode ceder ou entortar; da mesma forma, se os músculos ficarem fatigados, a coluna cervical pode desviar", complementou Zhang. 

Nos próximos passos da pesquisa, os cientistas devem desenvolver modelos biomecânicos dinâmicos, de modo a fornecer uma compreensão mais realista dos eventos musculares que precedem a fadiga do pescoço.

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