Imagem de 5 técnicas de sobrevivência que você deveria conhecer no megacurioso

Ainda que você não queira participar de um reality show de sobrevivência, algumas técnicas podem ser importantes em emergências

Em filmes de cat&aacute;strofe ou reality shows, n&oacute;s observamos as pessoas fazendo de tudo para se protegerem, garantirem alimento e continuarem vivas. E a&iacute; voc&ecirc; pensa que nunca vai precisar de nenhuma dessas t&eacute;cnicas de sobreviv&ecirc;ncia...&nbsp;
Mas a realidade &eacute; que muitas delas podem ser bem &uacute;teis em emerg&ecirc;ncias &mdash; afinal, <a href="http://v" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nenhum de n&oacute;s est&aacute; imune a desastres</a>. Eles podem chegar quando a gente menos espera e, por isso, &eacute; melhor se preparar. A seguir, n&oacute;s compartilhamos algumas t&eacute;cnicas de sobreviv&ecirc;ncia que, pelo sim ou pelo n&atilde;o, &eacute; melhor voc&ecirc; conhecer.&nbsp;
<h2>1. Como obter &aacute;gua pura</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/21/21215332118002.jpg" alt="Fonte: Travescape/Freepik" />(Fonte: Travescape/Freepik)
A primeira t&eacute;cnica &eacute; simples, mas talvez seja a mais importante, j&aacute; que n&oacute;s <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118714-6-extremos-que-o-corpo-humano-consegue-aguentar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sobrevivemos por muito pouco tempo sem &aacute;gua</a>...&nbsp;
Simplesmente beber &aacute;gua de uma fonte natural, como um riacho, pode ser perigoso. Por mais que a &aacute;gua pare&ccedil;a cristalina, ela pode estar repleta de parasitas e impurezas. Ent&atilde;o, o melhor &eacute; encontrar uma fonte, como na nascente de um rio. Caso contr&aacute;rio, &eacute; mais garantido ferver a &aacute;gua, para purific&aacute;-la totalmente.
Se houver algum res&iacute;duo s&oacute;lido, voc&ecirc; pode usar um tecido limpo para filtrar. Como ferver &aacute;gua demanda tempo, n&atilde;o espere at&eacute; estar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112725-saliva-nao-mata-a-sede-e-o-motivo-e-simples-saiba-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">morrendo de sede</a> para fazer isso.
<h2>2. Como fazer fogo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/21/21215428993004.jpg" alt="Freepik" />(Fonte: Freepik)
Para ferver a &aacute;gua, voc&ecirc; precisa de fogo, certo? A verdade &eacute; que criar uma chama friccionando dois gravetos ou pedras &eacute; bem mais complicado do que parece &mdash; ent&atilde;o, &eacute; melhor ter sempre uma pederneira, isqueiro ou f&oacute;sforos &agrave; m&atilde;o.&nbsp;
Com essas ferramentas, voc&ecirc; inicia o fogo na palha seca, adicionando os peda&ccedil;os de madeira quando as chamas estiverem maiores. Se voc&ecirc; quiser chamar a aten&ccedil;&atilde;o com sinais de fuma&ccedil;a, certifique-se de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118968-por-que-fazemos-fogueiras-no-dia-de-sao-joao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fazer sua fogueira</a> numa &aacute;rea aberta e adicionar folhas ou grama.&nbsp;
Se for mesmo contar com os gravetos, verifique se que eles est&atilde;o bem secos, mas n&atilde;o a ponto de apodrecer. Coloque-os sobre a palha seca e friccione bastante.&nbsp;
<h2>3. Como encontrar comida</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/21/21215518290005.jpg" alt="Fonte: bearfotos/Freepik" />(Fonte: bearfotos/Freepik)
Al&eacute;m de &aacute;gua, os seres humanos precisam de comida. Numa situa&ccedil;&atilde;o de vida ou morte, n&atilde;o podemos contar com <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/102342-voce-sabe-quando-aconteceu-a-primeira-entrega-de-pizza-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aplicativos de delivery</a> &mdash; mas podemos recorrer &agrave; natureza.&nbsp;
Muitos podem pensar em ca&ccedil;ar ou pescar, mas a realidade &eacute; que isso pode ser bem dif&iacute;cil, se voc&ecirc; n&atilde;o tem experi&ecirc;ncia. Para n&atilde;o gastar energia &agrave; toa e n&atilde;o se frustrar, o melhor &eacute; recorrer &agrave;s plantas. Evite cogumelos e frutos que voc&ecirc; n&atilde;o conhece, pois podem acabar sendo t&oacute;xicos &mdash; mas se encontrar alguma &aacute;rvore frut&iacute;fera confi&aacute;vel, aproveite.&nbsp;
<h2>4. Como criar abrigo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/21/21215659232007.jpg" alt="Fonte: wirestock/Freepik" />(Fonte: wirestock/Freepik)
Passando para a pr&oacute;xima necessidade b&aacute;sica:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/102765-voce-sabe-por-que-precisamos-dormir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">todo ser humano precisa dormir</a>. Mas, para isso, &eacute; essencial se proteger da a&ccedil;&atilde;o de chuvas, do vento e de outras amea&ccedil;as.&nbsp;
Se voc&ecirc; encontrar uma caverna (que j&aacute; n&atilde;o esteja ocupada por um animal), &oacute;timo. Se n&atilde;o, fa&ccedil;a um pequeno abrigo: use dois peda&ccedil;os de pau para criar uma estrutura triangular e apoie outro maior para criar a base do seu abrigo. Ent&atilde;o, use outros v&aacute;rios peda&ccedil;os de madeira para cobrir toda essa estrutura. Se voc&ecirc; tiver lona, para facilitar o processo de cobertura, &eacute; bem melhor.&nbsp;
<h2>5. Como tomar decis&otilde;es</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/21/21215737161008.jpg" alt="Fonte: juan mendez/Pexels" />(Fonte: juan mendez/Pexels)
Para terminar, t&atilde;o importante quanto encontrar &aacute;gua, fogo, comida e abrigo, &eacute; saber como tomar decis&otilde;es em situa&ccedil;&otilde;es extremas.&nbsp;
Isso porque &eacute; importante manter a calma para n&atilde;o se precipitar e colocar sua vida em risco. Busque encarar cada decis&atilde;o de forma pr&aacute;tica e racional &mdash; e n&atilde;o como um grande desafio para sua sobreviv&ecirc;ncia. Pense sempre nos riscos e nos custos de cada escolha.
Como vimos na hist&oacute;ria da Juliane Koepcke, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124290-juliane-koepcke-o-incrivel-caso-da-unica-sobrevivente-do-voo-508.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que contamos h&aacute; algum tempo aqui no Mega Curioso</a>, &eacute; poss&iacute;vel sobreviver a desastres horr&iacute;veis com coragem, capacidade de tomar decis&otilde;es e mais algumas t&eacute;cnicas de sobreviv&ecirc;ncia.

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5 técnicas de sobrevivência que você deveria conhecer

Imagem de EctoLife: a primeira instalação de úteros artificiais do mundo no megacurioso

O projeto ajudaria no índice crescente de infertilidade, sendo que os casais escolheriam todas as características do bebê. Você acredita que esse seja o futuro?

<head></head><body>Em 1985, quando a escritora canadense Margaret Atwood publicou O Conto da Aia (The Handmaid’s Tale, no original), ela explorou um fantasma que assombra a sociedade há muito tempo: a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103490-na-idade-media-a-cura-para-a-infertilidade-era-bastante-nojenta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">infertilidade</a>. Além das estruturas sociais, do machismo e patriarcado que permeiam a questão; no âmbito socioeconômico, a queda na taxa de natalidade está associada ao medo de uma queda populacional e a necessidade de fortalecer uma cadeia no futuro.Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos Estados Unidos, uma em cada cinco mulheres heterossexuais de 15 a 49 anos, sem filhos anteriores, não consegue engravidar após um ano de tentativas. Além disso, cerca de 26% delas têm dificuldade em engravidar ou levar uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123249-gravidez-silenciosa-como-e-possivel-estar-gravida-e-nao-saber.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gravidez</a> até o fim.Um em cada quatro casais nos países desenvolvidos é afetado pela infertilidade, e cerca de 48,5 milhões de casais sofrem de infertilidade em todo mundo, que está associada a inúmeros fatores, desde maus hábitos presentes no estilo de vida da população até o envelhecimento da mesma.Foi antevendo essa questão que Hashem Al-Ghaili criou o EctoLife, a primeira instalação de úteros artificiais do mundo.<h2>Um olhar para o futuro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17081123042013.jpg" alt="(Fonte: Hashem Al-Ghaili/Youtube/Reprodução)">(Fonte: Hashem Al-Ghaili/Youtube/Reprodução)O projeto viralizou após um vídeo divulgado, principalmente pelo Facebook, apresentando uma instalação capaz de incubar em laboratório até 30 mil bebês por ano. Al-Ghaili é um produtor, cineasta e comunicador de ciência, e desenvolveu o que chamou de EctoLife, a princípio, apenas como um projeto conceitual que ofereceria uma alternativa para os pais que sofrem com infertilidade – mas não para por aí.Também seria possível a produção de bebês personalizados com a ajuda desses úteros artificiais. Em um Pacote Premium desenvolvido por Ghaili, seria possível que as pessoas escolhessem o nível de inteligência, altura, cabelo, cor dos olhos, força física e até o tom de pele do futuro filho.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17081235567014.jpg" alt="(Fonte: Hashem Al-Ghaili/Youtube/Reprodução)">(Fonte: Hashem Al-Ghaili/Youtube/Reprodução)A instalação funcionaria com energia renovável para abrigar os 75 laboratórios, cada qual equipado com até 400 cápsulas de crescimento, ou úteros artificiais, projetados para fornecer o mesmo ambiente presente no útero de uma mulher.Os pais poderiam acompanhar o crescimento e desenvolvimento do bebê por uma tela nas máquinas que exibiriam dados em tempo real. Este que poderiam ser também monitorados por meio de um aplicativo no telefone.<h2>Uma questão de tempo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17082346090015.jpg" alt="(Fonte: Hashem Al-Ghaili/Facebook/Reprodução)">(Fonte: Hashem Al-Ghaili/Facebook/Reprodução)O conceito da EctoLife desenvolvido por Al-Ghaili foi com base em mais de 50 anos de pesquisas científicas inovadoras por profissionais do mundo todo e, ainda que seja, por enquanto, uma ideia puramente fictícia, está apoiado em algo que já acontece na ciência.Em 2017, neonatologistas do Hospital Infantil da Filadélfia estudaram a viabilidade de desenvolver vida fora do útero durante uma pesquisa com cordeiros extremamente prematuros. Foi criado um ambiente semelhante ao útero durante o procedimento em um dispositivo capsular que teve resultados melhores do que os cientistas imaginavam.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17082455659016.jpg" alt="(Fonte: Hashem Al-Ghaili/Youtube/Reprodução)">(Fonte: Hashem Al-Ghaili/Youtube/Reprodução)A proposta de úteros artificiais fornece uma solução para pacientes com câncer que tiveram seus úteros removidos, por exemplo. Além disso, podem reduzir as complicações de uma gravidez e ajudar os países em declínio populacional, como o Japão, Bulgária e Coreia do Sul.Al-Ghaili acredita que a tecnologia que propôs já está pronta e que poderemos ver esse tipo de instalação em menos de 10 anos. Ele tem o apoio dos especialistas da área, mas tudo isso depende se até lá as restrições éticas sobre a prática forem removidas. Esse relaxamento, inclusive, é o que determinará a adesão das pessoas à nova tecnologia.</body>

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EctoLife: o 1º conceito de instalação de úteros artificiais do mundo

Imagem de 6 alimentos que podem substituir os ovos na cozinha no megacurioso

Conheça os itens que não podem faltar na sua despensa caso queira substituir o uso de ovos

<head></head><body>Foi preparar aquela receita deliciosa e percebeu que acabaram os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123219-por-que-nao-comemos-ovos-de-outras-aves-alem-da-galinha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ovos</a>? Ou quem sabe você está procurando alternativas veganas para confeccionar aquele bolo que tanto gosta? Pois saiba que é muito provável que você tenha um bom substituto ao ovo na sua despensa!Embora o resultado nem sempre seja exatamente compatível, diversos&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123648-comer-alimentos-processados-pode-aumentar-a-fome-saiba-o-motivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alimentos</a>&nbsp;podem ser usados no lugar de ovos em diferentes receitas de saladas, assados e doces de maneira satisfatória, saudável e bastante gostosa.<h2>1. Aquafaba</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17114048942127.jpg" alt="(Fonte: Mangostaniko/Wikimedia Commons)">(Fonte: Mangostaniko/Wikimedia Commons)Este líquido pode ser preparado em casa ou encontrado em enlatados, como, por exemplo, em feijões em lata, sendo obtido após o cozimento de leguminosas como feijão e grão-de-bico.Você pode misturar 3 colheres de sopa de aquafaba a 1 colher de sopa de amido de milho para obter resultado equivalente ao uso de uma clara de ovo batida. Além de assados, a aquafaba também pode ser usada na produção de doces e sobremesas.<h2>2. Araruta</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17114434635128.jfif" alt="(Fonte: Noblevmy/Wikimedia Commons)">(Fonte: Noblevmy/Wikimedia Commons)Na falta de ovos — ou caso queira substituir o item por uma opção vegana —, a araruta não apenas cumpre o papel como também tem propriedades benéficas à nossa saúde. Rica em fibras, a araruta ajuda a manter a saúde do intestino, prevenir diabetes, diminuir o colesterol, facilita na perda de peso e fortalece o sistema imunológico.Você pode usar uma colher de sopa de araruta e duas colheres de sopa de água e aguardar até que a mistura ganhe uma consistência pastosa, que pode então ser usada em receitas de bolos e cookies. No entanto, pode ser necessário adicionar fermento extra, já que a araruta não tem as mesmas propriedades de levedação que ovos.<h2>3. Banana</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17115024428130.jpg" alt="(Fonte: Eiliv Aceron/Unsplash)">(Fonte: Eiliv Aceron/Unsplash)<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120377-as-bananas-mais-populares-do-mundo-correm-o-risco-de-extincao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bananas</a> também são ótimos substitutos para ovos em receitas de bolos e outros assados. Para conseguir resultado semelhante ao do uso de um ovo, basta adicionar 1/4 de xícara de banana amassada à sua receita.É importante observar que as bananas devem idealmente estar bem amarelas, já que neste estágio a fruta contém uma boa quantidade de amido. Conforme vai escurecendo, ela perde amido e ganha açúcares, fazendo com que o resultado de uma banana mais escura não seja similar ao de um ovo.<h2>4. Gelatina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17173417819281.jpg" alt="(Fonte: Wu Fu Quan/Unsplash)">(Fonte: Wu Fu Quan/Unsplash)Sabe aquela gelatina em pó&nbsp;usada para preparar sobremesas? Pois é, ela pode ser usada como um bom substituto a ovos em diversas receitas como bolos, brownies e até mesmo panquecas.Apesar da textura e gosto do prato não ser o mesmo, você pode substituir um ovo por uma colher de sopa de gelatina em pó sem sabor e 3 colheres de sopa de água fria. Deixe a mistura descansar até ganhar um aspecto mais viscoso e ela estará pronta para ser usada.<h2>5. Lecitina de soja</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17115651508135.jpg" alt="(Fonte: Mx. Granger/Wikimedia Commons)">(Fonte: Mx. Granger/Wikimedia Commons)Em receitas que usam ovos como emulsificantes, você pode substituí-los por&nbsp;lecitina de soja para obter resultado similar, permitindo a emulsão de dois elementos que normalmente não se misturariam. Além disso, a lecitina de soja ainda aumenta o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122284-6-alimentos-que-quase-nunca-expiram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prazo de validade</a> das receitas, o que é uma vantagem muito bem-vinda.Combinando bastante com assados, saladas e maioneses, tudo o que você precisa fazer para adicioná-la à sua receita é misturar uma colher de sopa de lecitina de soja a duas colheres de sopa de água morna.<h2>6. Tofu macio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/17/17120057794137.jpg" alt="(Fonte: Davito Andy/Unsplash)">(Fonte: Davito Andy/Unsplash)Se você busca uma alternativa vegana ou na hora de preparar receitas para pessoas alérgicas, o tofu macio pode ser uma ótima opção. Você pode utilizá-lo para preparar bolos, caçarolas e, acredite, até mesmo "ovos" mexidos — que obviamente não ficam idênticos ao prato real, mas ainda assim o resultado é delicioso.E a troca não poderia mais simples: você só precisa bater 1/4 de xícara de tofu macio para cada ovo usado na receita. Molezinha!</body>

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6 alimentos que podem substituir os ovos na cozinha

Imagem de Circuncisão: por que os judeus ainda fazem e os cristãos não? no megacurioso

Estima-se que cerca de um terço dos bebês do sexo masculino do mundo tenha passado pela circuncisão, a maioria por motivos culturais e religiosos

Cerca de um ter&ccedil;o dos beb&ecirc;s do sexo masculino no mundo s&atilde;o circuncidados, de acordo com estimativas divulgadas pela Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de.&nbsp;
O procedimento envolve a retirada do prep&uacute;cio, aquele peda&ccedil;o de pele do p&ecirc;nis que cobre a glande. O procedimento est&aacute; ligado &agrave; redu&ccedil;&atilde;o das formas cancer&iacute;genas do HPV, de infec&ccedil;&otilde;es urin&aacute;rias e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121900-amputacao-de-penis-cresce-mais-de-1600-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">outros problemas no p&ecirc;nis</a> &mdash; mas tais benef&iacute;cios &agrave; sa&uacute;de n&atilde;o justificam a realiza&ccedil;&atilde;o do procedimento, ainda mais em beb&ecirc;s pequenos.
At&eacute; porque a enorme maioria das circuncis&otilde;es &eacute; realizada por motivos culturais e religiosos. O juda&iacute;smo e o islamismo incluem a retirada do prep&uacute;cio como regra em suas religi&otilde;es. Por isso, embora o procedimento seja pouco presente na Am&eacute;rica Latina e Europa (de tradi&ccedil;&atilde;o crist&atilde;), &eacute; muito comum no mundo isl&acirc;mico, em Israel e em partes da &Aacute;frica e &Aacute;sia.&nbsp;
Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124200-5-bizarrices-que-os-norte-americanos-acreditam-segundo-pesquisas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estados Unidos</a> s&atilde;o um caso a parte: a circuncis&atilde;o se popularizou por l&aacute; no s&eacute;culo XIX, pela recomenda&ccedil;&atilde;o de m&eacute;dicos, e nunca deixou de ser popular &mdash; ainda que a pr&aacute;tica n&atilde;o tenha um embasamento cient&iacute;fico.&nbsp;
Contudo, considerando que o juda&iacute;smo, islamismo e cristianismo s&atilde;o as tr&ecirc;s principais religi&otilde;es monote&iacute;stas do mundo &mdash; derivadas da mesma tradi&ccedil;&atilde;o abra&acirc;mica &mdash; por que duas mantiveram a regra da circuncis&atilde;o e uma n&atilde;o?&nbsp;
<h2>Um s&iacute;mbolo do pacto com Deus</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/14/14212717852002.jpg" alt="A Circuncis&atilde;o de Jesus Cristo, do artista italiano Ludovico Mazzolino (Fonte: Wikimedia Commons)" />A Circuncis&atilde;o de Jesus Cristo, do artista italiano Ludovico Mazzolino (Fonte: Wikimedia Commons)
Para os&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/fotografia/69962-15-rituais-fascinantes-que-os-judeus-ortodoxos-praticam-em-israel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">judeus</a>, o pr&oacute;prio Deus teria dito a Abra&atilde;o que a circuncis&atilde;o de todos os homens de seu povo seria um s&iacute;mbolo de seu pacto com Ele. Ent&atilde;o, todos os beb&ecirc;s judeus deveriam ter seu prep&uacute;cio cortado. A tradi&ccedil;&atilde;o &eacute; retir&aacute;-lo no oitavo dia depois do nascimento, em um ritual conhecido "brit mil&aacute;".&nbsp;
Mas cortar a pele do p&ecirc;nis n&atilde;o &eacute; um ritual que come&ccedil;ou com os judeus: acredita-se que esse seja o procedimento cir&uacute;rgico mais antigo do mundo, ocorrendo h&aacute; 15 mil anos. A partir disso, muitas culturas o incorporaram como quest&atilde;o de higiene ou rito de passagem &agrave; maturidade. E como tudo era ligado &agrave; religi&atilde;o na &eacute;poca, a circuncis&atilde;o tamb&eacute;m tinha esse significado.
Um povo que pensava diferente era o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121465-6-filosofias-da-grecia-antiga-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grego</a>: para eles, um prep&uacute;cio grande, que cobrisse bem a glande, era considerado um s&iacute;mbolo de beleza. E os judeus eram alvo de chacota por tirarem a pele de seus beb&ecirc;s. Isso se tornou uma quest&atilde;o quando uma nova religi&atilde;o abra&acirc;mica tentou se expandir para o mundo greco-romano.
<h2>O pacto agora &eacute; diferente</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/22/22164535461261.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Ao contr&aacute;rio do juda&iacute;smo, o cristianismo incentivava os fi&eacute;is a "espalhar a boa-nova", buscando converter o m&aacute;ximo de pessoas para a nova religi&atilde;o.&nbsp;
Muitos crist&atilde;os nasceram como judeus. O pr&oacute;prio Jesus e a maioria dos ap&oacute;stolos passaram pelo ritual, no oitavo dia ap&oacute;s o nascimento. Mas uma multid&atilde;o de homens que se converteu nas prega&ccedil;&otilde;es de Paulo de Tarso (S&atilde;o Paulo) era "gentio" &mdash; denomina&ccedil;&atilde;o da B&iacute;blia para os n&atilde;o-judeus. Ser&aacute; que eles precisariam fazer a circuncis&atilde;o?
Alguns, como S&atilde;o Pedro, acreditavam que sim. Mas S&atilde;o Paulo argumentava que n&atilde;o. Vale ponderar que, al&eacute;m de ser um tabu no mundo greco-romano, a circuncis&atilde;o seria algo muito doloroso para um homem adulto daquela &eacute;poca.&nbsp;
Em sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123608-a-biblia-sagrada-e-a-mesma-desde-que-foi-escrita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Carta aos Cor&iacute;ntios</a>, o ap&oacute;stolo escreve: "N&atilde;o vale de nada ser circuncidado ou n&atilde;o; importa &eacute; cumprir os mandamentos de Deus". O Conc&iacute;lio de Jerusal&eacute;m decidiu a celeuma: ao que Paulo contou sobre os in&uacute;meros "gentios" que converteu, outros ap&oacute;stolos entenderam que retirar essa exig&ecirc;ncia era uma forma de facilitar o ingresso de novos fi&eacute;is na religi&atilde;o.&nbsp;
Assim, crist&atilde;os nascidos judeus poderiam continuar com a pr&aacute;tica, enquanto aqueles que vieram do "povo gentio" n&atilde;o precisariam adot&aacute;-la. No s&eacute;culo IV, quando as duas religi&otilde;es se separaram definitivamente, a circuncis&atilde;o at&eacute; chegou a ser proibida para os crist&atilde;os &mdash; mas, depois de algum tempo, alguns grupos crist&atilde;os (especialmente na &Aacute;frica) voltaram a faz&ecirc;-la.

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Circuncisão: por que os judeus ainda fazem e os cristãos não?

Imagem de Afrodisíacos antigos eram nada eficientes e muitas vezes fatais no megacurioso

De secreções venenosas a larvas que causam queimaduras na pele, civilizações antigas estavam dispostas a tudo para apimentar as relações

<head></head><body>A busca por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124022-turu-a-iguaria-afrodisiaca-do-para.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estimulantes sexuais</a> é algo bastante antigo. Praticamente todas as civilizações possuem algum tipo de registro que sugere que esse era um tema de interesse.Porém, em vários casos, os meios utilizados como afrodisíacos não possuíam nenhum efeito. Em outros, era ainda pior, pois além de não funcionar, poderiam ser perigosos ou até mesmo fatais.<h2>Do Egito à China</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/16/16150034830253.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Um exemplo bastante conhecido vem do Egito Antigo. Por lá, havia uma crença que a alface tinha poderes estimulantes e, por isso, eles usavam suas folhas como enfeites, acreditando que a simples presença da hortaliça poderia ajudar nas relações sexuais.Por outro lado, gregos e romanos tinham uma opinião completamente diferente. Eles acreditavam que a alface diminuía o desejo sexual, e só a consumiam quando misturavam com algum alimento que aumentasse a libido.Os egípcios também tinham o costume de consumir mandrágora como um afrodisíaco. Apesar disso, não há nenhum indício de que a planta tenha algum efeito estimulante. O que realmente se sabe é que ela pode causar efeitos alucinógenos, suas folhas podem causar intoxicação e, em alguns casos, são fatais.Enquanto isso, os gregos acreditavam que o aipo era um bom remédio para curar impotência, devido o seu formato. Já para os romanos, problemas de ereção poderiam ser tratados com alguns preparos não muito apetitosos.Um deles envolvia afogar um peixe em vinho e então ingerir a bebida. Porém, havia outro método bastante popular: a mosca espanhola. Esse é o nome de um preparo feito com a secreção de uma espécie de besouro e foi usado por imperadores e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119901-fluidos-corporais-dos-gladiadores-ja-foram-usados-como-cosmetico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gladiadores</a>. Por mais incrível que possa parecer, a mosca espanhola é comercializada até hoje, embora não passe de um tipo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119198-o-que-e-memoria-da-agua-e-qual-a-relacao-com-homeopatia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">homeopatia</a>.Os chineses também tinham o costume de utilizar afrodisíacos nada apetitosos — e até mesmo asquerosos — no dia a dia. Chan su é o nome de uma "poção do amor" chinesa feita com as secreções tóxicas de sapos. Atualmente sabe-se que a substância bufadienolídeos, extraída desses animais, é cardiotóxica e pode levar ao óbito — em meados da década de 1990, quatro pessoas morreram em Nova York após consumir bufadienolídeos.Um dos efeitos colaterais do uso de bufadienolídeos é uma ereção prolongada e bastante dolorosa. Embora ele realmente possa parecer uma ajuda para pessoas com impotência, alguns relatos indicam que a dor pode ser terrível. E como a ereção pode durar alguns dias, essa não é uma solução muito eficiente.<h2>Incas e Astecas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/16/16145944314252.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Na América pré-colombiana também havia diversos métodos afrodisíacos bastante inusitados. Os astecas usavam um besouro que liberava uma secreção tóxica como um afrodisíaco. Existem relatos de espanhóis sobre um número significativo de astecas que morreram ao consumir o inseto, na busca de potência sexual.Já entre os incas, a técnica para estimular os homens consistia em esfregar uma larva de borboleta chamada musullu em seus testículos. Em contato com a pele, essa larva causa uma forte sensação de queimação, deixando a pela bastante irritada. Suas propriedades cáusticas são tão fortes, que ela também era usada para queimar verrugas.</body>

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Afrodisíacos antigos eram nada eficientes e muitas vezes fatais

Imagem de De item de luxo a algo comum: a história da geladeira no mundo no megacurioso

A geladeira é um dos únicos eletrodomésticos presentes até nos lares mais pobres

<head></head><body>As pesquisas comprovam que a geladeira é o utensílio doméstico mais essencial para a vida das pessoas. Segundo o US Census Bureau, mais de 99,8% dos lares norte-americanos possuem pelo menos uma geladeira, sendo que quase 25% deles têm duas ou mais. Em um país com a taxa de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123633-6-formas-como-a-pobreza-definiu-o-rumo-das-civilizacoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pobreza</a> em 13,5%, isso significa que todos os pobres, conforme definido pelo governo, têm acesso a uma tecnologia feita para os mega ricos há quase 200 anos.O Brasil também não fica muito atrás disso. Cerca de 100 milhões de brasileiros não tem acesso ao esgoto em casa, mas o estudo da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), com dados de 2018, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que 98,3% da população brasileira residia em domicílios com uma geladeira.A história da geladeira&nbsp;atravessa séculos.<h2>Como era no começo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/15/15170651714377.jfif" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Para sobreviver à vida pré-refrigeração, foram desenvolvidas técnicas para conservar os alimentos, principalmente durante o inverno, quando a caça ficava difícil pela impossibilidade de sair de casa, bem como a pesca.&nbsp;Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115145-pre-historia-morte-impulsionou-revolucao-artistica-no-neolitico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pré-história</a>, o homem começou usando o fogo, o ar e a água como métodos de conservação; escolhendo lugares frios e escuros nas cavernas para armazenar o alimento caçado. Com o fogo, o homem conseguiu perceber que os alimentos cozidos duravam mais tempo.As civilizações antigas orientais desenvolveram técnicas para além da falta de alimentos em períodos de escassez, mas também para o transporte e comercialização. Em lugares de muita neve, se tornou comum enterrar os alimentos em grossas camadas de gelo para estender o tempo útil do produto.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Hulton Archive/Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/man-with-a-drinking-glass-in-his-hand-stares-into-an-foto-jornalistica/3244522"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/16/16193345316356.jpg" alt="Uma Icebox com revestimento em madeira, de 1935. (Fonte: Hulton Archive/Getty Images)">Uma Icebox com revestimento em madeira, de 1935. (Fonte: Hulton Archive/Getty Images)Quando os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123067-como-era-a-vida-da-mulher-no-brasil-colonial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colonos chegaram ao Brasil</a>, já era comum a defumação, feita com a fumaça da fogueira para desidratar os alimentos. O processo de secagem também era usado, expondo o alimento ao sol até que estivesse totalmente seco. O sal ajudou na preservação do estado da carne vermelha e branca – um método descoberto enterrando o alimento na areia da praia. A marinação em óleos, gordura, vinagre e mel fez parte de todo esse processo.Na era pré-industrial, apenas os aristocratas ou mais ricos conseguiram refrigerar os alimentos, visto que tinham acesso à água potável e criados para cortar, esculpir e construir as denominadas "casas de gelo" que serviam como um modelo rudimentar das geladeiras.<h2>A revolução</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Keystone/Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/workman-inspecting-refrigerators-at-the-klement-foto-jornalistica/3282288"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/16/16193516786358.jpg" alt="(Fonte: Keystone/Getty Images)">(Fonte: Keystone/Getty Images)O engenheiro francês Charles Tellier inventou o primeiro molde do que seria uma geladeira apenas em meados de 1876, quando instalou um sistema de refrigeração em um navio.&nbsp;Demorou até 1913 para que o primeiro refrigerador doméstico fosse comercializado, começando a lenta substituição do Icebox (a geladeira não mecânica), que aconteceu ao longo da década de 1930 – visto que nem todo mundo podia custear o novo aparelho. Até o final da década, o eletrodoméstico já era presente em 44% dos lares norte-americanos.De 1940 em diante, a geladeira se tornou uma peça característica e intrínseca do lar, consolidando sua história de como foi de um bem de luxo para algo comum. Para o escritor Marian L. Tupy, autor de The Story of Population Growth, Innovation, and Human Flourishing on an Infinitely Bountiful Planet&nbsp;(2022),&nbsp;a geladeira é o maior símbolo da efetividade da inovação, do capitalismo e da produção em massa.</body>

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De item de luxo a algo comum: a história da geladeira no mundo

Imagem de Soho: a tinta anti-xixi usada nas paredes do distrito de Londres no megacurioso

A alternativa é um esforço para reduzir o odor e punir aqueles que praticam micção pública

<head></head><body>Na maioria dos países, a micção pública é considerada um crime menor, porém, isso não impede que as pessoas façam das ruas, becos e vielas seu próprio banheiro quando precisam se aliviar de uma vontade inoportuna.Segundo uma pesquisa feita em 2014 na China pelo Sina.com, cerca de 64% dos chineses entrevistados disseram que não se importam com a micção pública feita por crianças, por exemplo. Outros 24%, no entanto, não se importavam com a prática no geral. Apenas 11% dos entrevistados, totalizando 128 mil, disseram que se opunham à prática.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09120331088109.jpg" alt="(Fonte: Ezume Images/Shutterstock)">(Fonte: Ezume Images/Shutterstock)Já Paris, uma das cidades turísticas mais visitadas do mundo pela arquitetura histórica, alta gastronomia e moda –, sofre com sua fama de fedorenta desde à época de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124285-a-obsessao-historica-das-pessoas-pelo-penis-de-napoleao-bonaparte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Napoleão Bonaparte</a>. Em boa parte, esse cheiro vem da micção pública desenfreada. Apesar de urinar em público ser terminantemente ilegal, isso não parece estancar os riachos que fluem para as ruas e jardins dos postes de iluminação e das paredes.Em uma tentativa de reduzir os efeitos da prática, no início de 2017, as autoridades fizeram uma parceria com a agência de design francesa Faltazi para instalar mictórios públicos em áreas conhecidas pela micção abundante.Sofrendo com o mesmo problema, o bairro Soho, localizado na região central de Londres, inventou uma&nbsp;tinta anti-xixi para tentar estancar o problema da micção pública.<h2>O problema do xixi</h2><span class="img-fc" data-fonte="AlenaKravchenko/Dreamstime" data-fonte-url="https://pt.dreamstime.com/lojas-de-ambos-os-lados-da-rua-floral-no-reino-unido-jardim-abrigo-london-uk-march-em-jardins-uma-famosa-zona-tur%C3%ADstica-londres-image177835166"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09120428012111.jpg" alt="(Fonte: AlenaKravchenko/Dreamstime/Reprodução)">(Fonte: AlenaKravchenko/Dreamstime/Reprodução)Pouco mais de 3 mil pessoas habitam o distrito de Soho, no coração da capital britânica, cujas ruas lotam durante à noite com turistas e transeuntes que vão aproveitar a famosa vida noturna do local, que possui mais de 400 instalações licenciais para vender <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124045-por-que-nao-devemos-misturar-alcool-e-remedios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">álcool</a>.Depois que amanhece, quem sofre com a situação deixada de uma noite de curtição são os moradores. Ainda que eventuais copos de plástico e embalagens possam ser recolhidos facilmente, um inimigo ainda persiste, incrustado nas construções de tijolos aparentes: a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122770-os-romanos-antigos-realmente-clareavam-os-dentes-com-urina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">urina</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/09/09120535616112.jpg" alt="(Fonte: SWNS/Reprodução)">(Fonte: SWNS/Reprodução)O problema foi potencializado pela falta de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123875-descubra-o-que-acontece-quando-voce-da-a-descarga-com-a-tampa-aberta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">banheiros</a> públicos permanentes na região. Os dois banheiros subterrâneos restantes fecharam durante a pandemia e ainda não reabriram, sendo que há rumores de que um deles deve ser vendido e transformado em um bar.Isso, aliado ao fluxo constante e falta de educação das pessoas sobre às problemáticas de urinar na rua, criou uma situação insustentável para quem mora na região e precisa conviver com o odor amoníaco.<h2>Salvando Soho</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Leon Neal/Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/sign-reminding-people-not-to-urinate-in-public-foto-jornalistica/1457956788"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/15/15173020483389.jpg" alt="(Fonte: Leon Neal/Getty Images)">(Fonte: Leon Neal/Getty Images)As autoridades encontraram solução em uma chamada tinta anti-xixi, concentrada em uma lata em spray, que cria uma camada transparente repelente à água. Com essa proteção de superfície, a urina é espirrada de volta, acertando o infrator como uma forma de punição.Em entrevista à agência de notícias AFP, a vereadora Aicha Less demonstrou a eficácia inovadora da capacidade de respingo da tinta usando uma garrafa de água.A ideia é aplicar a tinta anti-xixi em pelo menos doze pontos badalados de Soho, que também sustentarão cartazes informando que aquele local foi pulverizado com a tinta sob a seguinte mensagem: “Esta parede não é um mictório”.A iniciativa foi tomada depois que a Câmara Municipal de Westminster recebeu milhares de reclamações dos residentes do distrito, bem como de trabalhadores e operadores comerciais. Westminster gasta quase 1 milhão de libras anualmente em limpeza de ruas, incluindo lavagem especializada dos becos onde são há pontos focais de micção pública. A nova estratégia foi um esforço mais barato encontrado para o problema, mas tão eficaz quanto, depois que pesquisadores perceberam que autoridades locais na Alemanha tiveram sucesso.O conselho também está considerando distribuir mais multas por micção pública, uma ofensa criminal que pode custar aos infratores entre 50 a 80 euros. Estandes temporários de mictório foram estabelecidos no mesmo local.</body>

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Soho: a tinta anti-xixi usada nas paredes do distrito de Londres

Imagem de Exposição à luz branca artificial durante a noite pode causar câncer no megacurioso

Exposição a luz noturna, emitida por telas de telefone ou tablets e por LEDs brancos, tem sido associada a um maior risco de câncer

<head></head><body>Quando pensamos na relação luz e câncer, a primeira ideia que surge na mente da maioria das pessoas é a luz do sol. No entanto, pesquisas têm associado a exposição a luz artificial noturna a diversos problemas de saúde, sendo o câncer o mais grave deles.As fontes de luz artificial&nbsp;incluem computadores, celulares, smart TVs e outros aparelhos eletrônicos, assim como lâmpadas fluorescentes. Com cidades cada vez mais iluminadas e as pessoas usando intensamente dispositivos como os citados, a exposição a esse tipo de luz tem se tornado algo preocupante na comunidade científica.<h2>Os principais riscos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06103933057053.jpg" alt="(Fonte: Sarowar Hussain/Pexels)">(Fonte: Sarowar Hussain/Pexels)A exposição à luz artificial durante a noite tem se tornado uma questão cada vez mais relevante, especialmente devido aos impactos negativos à saúde que ela causa. Pontuando algumas situações:<ul><li>Insônia: pode interromper a produção natural de melatonina, afetando a capacidade de adormecer e manter o sono;</li><li><a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123929-por-que-nao-conseguimos-dormir-na-mesma-posicao-a-noite-toda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alterações no ritmo circadiano</a>: a luz branca artificial à noite pode desregular o ritmo circadiano, levando a problemas de sono e desequilíbrios hormonais;</li><li>Risco de câncer: a exposição excessiva pode ser responsável por causar danos ao DNA, levando à formação de células cancerígenas;</li><li>Problemas oculares: a luz azul emitida por dispositivos eletrônicos, como celulares e computadores, pode causar levar a problemas de visão com o passar do tempo, como olhos cansados e vermelhidão;</li><li><a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124189-8-formas-praticas-e-peculiares-para-cuidar-da-saude-mental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Problemas de saúde mental</a>: a interrupção do sono e dos ritmos circadianos devido à exposição à luz artificial noturna também está associada a problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.</li></ul><h2>O que dizem as pesquisas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06104347459058.jpg" alt="(Fonte: Andrea Piacquadio/Pexels)">(Fonte: Andrea Piacquadio/Pexels)Nos últimos anos, várias pesquisas sobre esse tema tem sido realizadas, sendo que boa parte delas por pesquisadores de algumas das melhores universidades do mundo.Um dos estudos mais relevantes sobre esse tema foi conduzido por um grupo de cientistas do Barcelona Institute for Global Health (ISGlobal). Segundo as análises, a exposição noturna à luz artificial, especialmente ao espectro de luz azul, pode contribuir para aumentar os riscos de câncer colorretal.Vale lembrar que diversos outros efeitos adversos à saúde, incluindo obesidade, problemas para dormir e o aumento do risco de outros tipos de câncer, já haviam sido associados a exposição a luz noturna artificial. Aliás, um grupo que chamou a atenção por estar mais exposto é o de trabalhadores noturnos.Ainda segundo pesquisadores do ISGlobal, a luz de espectro azul, emitida por diversos LEDs brancos, bem como por telas de celulares e tablets, também apresentou uma forte ligação com riscos maiores de câncer de próstata e câncer de mama.O estudo citado usou imagens de satélite para analisar a iluminação externa artificial em Madri e Barcelona. Participaram da pesquisa 2 mil adultos, dos quais 660 apresentaram câncer colorretal, considerado o&nbsp;terceiro tipo de câncer mais comum no mundo.A pesquisa também mostrou que os participantes com níveis maiores de exposição à luz azul tiveram um risco 60% maior de desenvolver um câncer colorretal quando comparados com a população menos exposta.<h2>O que fazer?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/06/06104514765059.jpg" alt="(Fonte: Ron Lach/Pexels)">(Fonte: Ron Lach/Pexels)Os cientistas ainda estão tentando entender a conexão entre a luz artificial noturna e danos ao organismo humano, a exemplo do câncer e interrupção da produção hormonal.Contudo, algumas recomendações, em termos de cuidados preventivos, já surgiram. Por exemplo, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123444-6-beneficios-de-dormir-no-escuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dormir em um ambiente que seja o mais escuro possível</a>. Ou ainda, caso precise ir ao banheiro durante a noite, tentar usar uma fonte de luz fraca, de preferência vermelha, para evitar a interrupção da produção de melatonina, aspecto fortemente afetado pela luz azul. Além disso, luzes amarelas tendem a ser mais confortáveis aos olhos.Outros cuidados incluem medidas para minimizar a exposição, tais como, usar filtros de luz azul nos dispositivos eletrônicos e a conscientização das pessoas sobre quais os danos da exposição à luz artificial a noite.</body>

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Exposição à luz branca artificial durante a noite pode causar câncer

Imagem de Doomscrolling: a viciante prática de checar notícias negativas no megacurioso

Você costuma procurar por notícias ou conteúdos negativos? Se sim, esse é o motivo

<head></head><body>Um levantamento feito pelo Exploding Topics em janeiro de 2023 mostrou que, globalmente, as pessoas gastam em média 6 horas e 58 minutos na frente de telas – um aumento de quase 50 minutos por dia em relação à 2013. O norte-americano médio, por exemplo, gasta diariamente cerca de 7 horas olhando para uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116374-telas-de-smartphones-poderao-ser-feitas-de-madeira-transparente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tela</a>, sendo que em média 3 horas e 15 minutos são em uma tela de telefone.Um estudo publicado no JAMA Pediatrics concluiu que houve um aumento de 84 minutos diários a mais no tempo que as pessoas passam olhando para telas de televisões, computadores e celulares; demonstrando um salto da linha de base pré-pandemia de 162 minutos por dia para 246 minutos durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118567-a-era-das-pandemias-sera-essa-a-nossa-realidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia</a>.Boa parte desse aumento vertiginoso está associado ao fenômeno doomscrolling: a prática de rolar o feed das redes sociais em busca de conteúdo negativo.<h2>A obsessão em saber</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/16/16192231539349.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Antes do advento da civilização, o medo era uma resposta antiga e conservada que serviu bem aos seres humanos, porém acabou se distorcendo nas sociedades modernas. Sobretudo no período pós-guerra no século XX, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122688-sobrevivencialismo-a-pratica-que-voce-ja-teve-e-talvez-nao-saiba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ideia de que tudo poderia acabar</a> com a simples explosão de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124071-cientistas-tentaram-evitar-que-a-bomba-atomica-fosse-jogada-no-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bomba</a> manteve as pessoas em um temor constante.E isso não reduziu com o fim da Guerra Fria, por exemplo. Outras características foram incrementadas a esse medo patogênico, como atentados terroristas, guerra cibernética, criminalidade, pobreza, escassez extrema e catástrofes climáticas.A pandemia do coronavírus adicionou um novo capítulo a esse medo ao ressaltar vários tipos de crise anteriores, exacerbado por notícias falsas – as famosas fake news –, teóricos da conspiração e a briga constante entre saúde pública e economia. Em 2020, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121083-relogio-do-juizo-final-esta-a-100-segundos-do-apocalipse.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fim do mundo</a> nunca esteve tão perto.E em meio a tudo isso, as redes sociais possuem um papel importante. O excesso de mídia serviu para aumentar nossa tendência a navegar por notícias ruins, mesmo que nos deixem desanimados, tristes ou deprimidos. Esse doomscrolling (a junção das palavras doom,&nbsp;que significa "fim do mundo", e scrolling,&nbsp;de "rolagem") pode afetar adversamente a saúde mental das pessoas.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Getty Images)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/ilustracao/doomscrolling-concept-people-reading-bad-news-ilustracao-royalty-free/1438876605"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/16/16192310601350.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Publicado na revista Technology, Mind and Behavior, da American Psychological Association, um estudo de 2022 da Universidade da Flórida descobriu que esse hábito obsessivo está ligado à ansiedade, bem como ao uso problemático da internet e das mídias sociais.Em meados de 2020, no apogeu da pandemia, um estudo de Darthmouth sinalizou que a quantidade de uso de telefone e a exposição a notícias relacionadas à covid-19 por estudantes universitários estava associada a maiores relatos de ansiedade e depressão.Para Sherry Benton, psicóloga PhD, fundadora e diretora científica da empresa de terapia on-line TAO Connect, não há dúvida de que o doomscrolling pode ser viciante. As pessoas já têm um vício em celular e, quanto maior o drama da notícia, mais tendem a se perderem nela. Mesmo fazendo tão mal, isso acontece porque a sociedade possui uma urgência em olhar, aprender e entender as questões que estão acontecendo no mundo.<h2>Evitando um hábito ruim</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/16/16192350348351.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Um estudo de 2014 feito pela Academia Nacional de Ciências sobre o estresse causado pela exposição aos atentados da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122493-bobbi-gibb-a-primeira-mulher-a-participar-da-maratona-de-boston.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Maratona de Boston</a> e o impacto da cobertura da mídia sobre o evento, deixou claro que a mídia piorou o estresse coletivo, mostrando que, sim, ela tem um papel fundamental no doomscrolling.Afinal, por mais de um século que escritores usam manchetes sensacionalistas para vender mais jornais, ou que empresas de publicidade exageram para atrair as pessoas até o seu conteúdo. Em tempos que o tráfego online determina tudo, as visualizações se tornaram a atração principal para render lucro e colocar um site como expoente de uma notícia.Essa busca incessante por tração de espectadores provocou uma necessidade quase incontrolável nas pessoas de ficar atento às ameaças. É por isso que buscam informações arriscadas, assustadoras e negativas, porque elas as alertam para os riscos em nosso ambiente, nos ajudando a nos preparar.Judith Anderson, que colaborou no estudo de 2014, diz que não é preciso sempre morar no epicentro de tudo, apenas autorregular nosso consumo para que a prática seja saudável.</body>

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Doomscrolling: a viciante prática de checar notícias negativas

Imagem de A aristocrata francesa que usou fio de ouro para manter seu sorriso no megacurioso

Anne d'Alègre viveu no século XVII e preferiu deixar a situação de seus dentes piores para manter o status social

<head></head><body>Por muitos séculos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120880-como-cuidavam-dos-dentes-durante-a-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o cuidado com os dentes</a> era tanto uma preocupação quanto um privilégio. Antes do desenvolvimento das próteses modernas e dos aparelhos ortodônticos, ter um sorriso perfeito era, principalmente, uma questão de genética e sorte.Apesar disso, para quem tinha condições de utilizar os serviços de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/107709-voce-sabe-qual-o-melhor-dentista-para-resolver-os-seus-problemas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dentista</a>, poderia compensar alguns problemas. Foi o que Anne d'Alègre precisou fazer para não perder seu status social. A aristocrata francesa utilizou diversos recursos, como prender os dentes com fio de ouro, para manter seu sorriso — mas acabou deixando sua situação dentária pior.<h2>Uma vida estressante</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Journal of Archaeological Science&nbsp;" data-fonte-url="https://www.smithsonianmag.com/smart-news/what-secrets-lie-beneath-this-17th-century-french-aristocrats-smile-180981526/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/07/07120038617117.png" alt="Retrato de Anne d’Alégre. (Fonte: Journal of Archaeological Science/Reprodução)">Retrato de Anne d’Alégre. (Fonte: Journal of Archaeological Science/Reprodução)Anne d'Alègre nasceu por volta de 1565 em uma família protestante que vivia em um reino dominado pelos católicos. Toda a sua infância, e parte da sua vida adulta, aconteceu durante as Guerras Religiosas Francesas — oito guerras civis que ocorreram entre 1562 e 1598. Muito nova, ela se casou com Paul de Coligny, um conde francês que faleceu quando Anne tinha apenas 21 anos.Viúva e com um filho pequeno para cuidar, ela ainda teve todas as suas propriedades confiscadas pelo rei católico Henrique III. No meio desse caos, ela decidiu se casar com Guillaume IV d'Hautemer, governador da Normandia e 30 anos mais velho que ela. O casamento durou 14 anos, e durante esse período ela viu o filho se converter ao catolicismo, embarcar em uma cruzada religiosa e morrer aos 20 anos em sua primeira experiência em batalha.Anne já sofria de uma doença que inflama a gengiva e o osso ao redor dos dentes — fazendo com que, às vezes, eles se afrouxassem ou caíssem. Esse problema, somado à série de perdas na sua vida, possivelmente fez com que ela enfrentasse momentos de muito estresse, resultando em um ranger de dentes. Um estudo recente indica que, em algum momento da sua vida, ela teve um dente substituído por um artificial feito de marfim de elefante. E assim começou sua obsessão com o seu sorriso.<h2>Sorrindo por status</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Journal of Archaeological Science&nbsp;" data-fonte-url="https://www.smithsonianmag.com/smart-news/what-secrets-lie-beneath-this-17th-century-french-aristocrats-smile-180981526/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/07/07120139447120.png" alt="Crânio de Anne d’Alégre. (Fonte: Journal of Archaeological Science/Reprodução)">Crânio de Anne d’Alégre. (Fonte: Journal of Archaeological Science/Reprodução)Para tentar preservar o seu sorriso, a nobre enrolou fios de ouro ao redor dos seus dentes, inclusive da prótese de marfim. Embora isso tenha mantido seu sorriso, deixou a situação dentária ainda pior. Nos anos seguintes, ela precisou apertar constantemente o fio, desestabilizando os dentes ao seu redor.A escolha por manter o sorriso, prejudicando a situação dos dentes, pode ser explicada por pressão estética, muito comum na época em que Anne viveu. Durante o século XVII, uma mulher viúva de dois casamentos tinha muito a perder. A beleza era associada a bom caráter e saúde, e perder os dentes — ou ter um sorriso torto — faria com que ela perdesse seu status.Nessa situação, a aristocrata pode ter usado sua prótese dentária apenas para manter uma certa posição social. E como ela possuía muitos detratores e sua reputação não era muito boa, Anne vivia sob uma série de riscos para alguém que pretendia se manter na nobreza.Ela era uma socialite elegante e preocupada com seu status. Era comum ser vista andando de carruagem e gostava de pregar aos domingos. Em uma sociedade patriarcal, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123886-as-pessoas-realmente-tinham-dentes-podres-na-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">governada em parte pela aparência</a>, Anne poderia perder tudo isso apenas por não ter um sorriso agradável.Segundo o cirurgião-barbeiro francês Ambroise Paré — que serviu na corte real durante a vida de Anne —, se um paciente “está desdentado e desfigurado, sua fala também se torna depravada”. O estudo que apontou as motivações da aristocrata com a aparência do seu sorriso concluiu dizendo que “foi essencial para Anne d’Alègre reconstruir sua aparência com a colocação de uma prótese, apesar das consequências devastadoras”.&nbsp;Anne morreu por doença em 1619, por volta dos 54 anos.</body>

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