5 drogas recreativas comumente usadas na antiguidade

26/02/2023 às 07:003 min de leitura

Drogas de uso recreativo, isto é, utilizadas eventualmente em situações que envolvam lazer e entretenimento, não são elementos parte das sociedades contemporâneas. Na realidade, está bem longe disso. Diferentes substâncias que conhecemos hoje já foram parte de festas e celebrações, usadas de modo recreativo para se valer de seus potenciais efeitos psicoativos

O avanço da ciência mostrou que, além de dar barato, elas eram capazes de causar grandes estragos na saúde dos indivíduos, fato que fez com que muitas delas fossem proibidas. Um olhar mais atento à história da humanidade, porém, comprova que os seres humanos vivem há tempos atrás de substâncias que amplifiquem a sensação de felicidade.

Confira uma lista com drogas que já eram conhecidas (e utilizadas) por nossos antepassados.

1. Açafrão

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Essa lista poderia conter elementos clássicos como a maconha, usada desde tempos muito remotos, mas decidimos ser preciso colocar uma substância que não fosse tão óbvia: o açafrão. Seu uso na gastronomia é bastante conhecido, até por conta de seu preço elevado. Porém, por volta de 3000 a.C., o estigma da flor do açafrão já era usado com fins medicinas.

Textos antigos descrevem seu uso como sendo útil na ação analgésica, bem como na melhora do humor de pessoas com depressão. Estudos mostram que a ingestão de mais de cinco gramas dos estigmas das flores causam efeitos semelhantes aos dos opioides. O empecilho para ficar doidão é que, além de causar dependência, é um dos temperos mais caros do mundo.

2. Mel louco

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

No ano passado, viralizou o resgate de um filhote de urso intoxicado pela ingestão de grande quantidade de um tipo de mel. O que o animal havia feito era ingerir o mel louco, um tipo produzido por uma planta conhecida pelo nome de rododendro, um arbusto que pode atingir até um metro de altura.

Cultivado em lugares com sol abundante, ele contém folhas e flores cujo néctar e pólen contém graianotoxina, uma toxina venenosa. Quando consumida, a substância causa um notável efeito alucinógeno, descrito pela primeira vez após ser usado pelos exércitos de Pompeu Magno. Em excesso, a toxina pode causar problemas graves no sistema digestivo, problemas cardíacos e paralisia.

3. Ayahuasca

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

A ayahuasca, ou daime, é conhecida de bastante gente, especialmente pelos rituais de seu consumo feito por tribos de povos originários da Bacia Amazônica. O que nem todo mundo tem conhecimento é que se trata de uma planta, cujo plantio, preparação e ritual de consumo é consistentemente o mesmo desde, pelo menos, 900 a.C., quando encontramos o primeiro registro de uso, no Peru.

Dentro do contexto ritualístico, seu consumo é feito com cuidado, sendo até mesmo considerado uma espécie de religião. Contudo, a ingestão do alucinógeno de maneira ilegal pode causar sérios riscos à saúde.

4. Psilocibina

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

A psilocibina é um alcaloide conhecido por ser o princípio ativo encontrado em um gênero de cogumelos. Popularmente chamados de "cogumelos mágicos", e atualmente associado com hippies e grupos de perfil alternativo, a história desse fungo alucinógeno é bastante antiga, com registros na Europa e em todas as Américas.

Inclusive, nessa última região, os povos originários faziam muitos rituais em que seus sacerdotes, ou líderes espirituais, ingeriam o cogumelo, e não apenas com fins espirituais, mas também recreativo. Na Europa, uma pintura rupestre foi encontrada na Espanha, datada de 4000 a.C., que mostra o uso.

5. Coca

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Esqueça a cocaína, porque é a planta que lhe dá origem que teve uso extensivo como droga recreativa por séculos. Mastigando-as ou por meio da ingestão do chá quente, as folhas da planta de coca contêm o alcaloide, que dá à cocaína o efeito de euforia.

O Império Inca, por exemplo, cultivou a planta por mais de 3000 anos, e seu consumo se espalhou por toda a região dos Andes, onde, até hoje, é consumida. Esses métodos possuem menor risco de levar a uma overdose, mas devem ser feitos sob supervisão.

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