
Estilo de vida
01/04/2016 às 06:23•2 min de leitura
Calma que a gente explica: a questão é que as pessoas dos países mais bem desenvolvidos tenderão a recorrer a outros métodos de reprodução no futuro. O sexo tem tudo para deixar de ser, portanto, a forma tradicional de reprodução humana, e a previsão é que isso ocorra já nas próximas décadas.
O professor Henry Greely, responsável pela pesquisa que chegou a essa conclusão, acredita que daqui a 20 anos a maioria das crianças será concebida em laboratório. E não para por aí: para Greely, a ideia do sexo poderá vir a ser estigmatizada.
Logicamente, uma mudança desse nível traria impactos em termos evolutivos. “Em 20 ou 40 anos, quando um casal quiser ter um filho, ele vai providenciar esperma e ela vai garantir um pedaço de pele”, disse Greely, que explicou que pequenas amostras da pele feminina serão utilizadas para criar células-tronco que, por sua vez, podem produzir óvulos. É... Como você pode ver, a coisa será bem laboratorial mesmo.
Você disse "sem sexo"?
Os óvulos produzidos através dessas células-tronco serão então fertilizados com o espermatozoide do futuro papai, resultando em uma série de embriões. Na sequência, os papais poderão escolher os embriões mais saudáveis, chegando até o preferido, que será implantado no útero da mulher.
Entre as características que estarão disponíveis aos futuros papais teremos, obviamente, as questões físicas como a cor dos olhos e o tipo de cabelo. Acha bizarro? Então espera que tem mais: os futuros papais também poderão escolher características relacionadas ao temperamento de sua prole de laboratório, ainda que as escolhas aqui, de acordo com Greely, sejam mais limitadas.
Fonte: Giphy
Para Greely, esse tipo de reprodução hiperassistida será bastante comum em países mais desenvolvidos, nos quais a população conta com altos recursos de saúde. O professor acredita, inclusive, que, em termos sociais, pessoas nascidas de forma natural possam ser vistas com desdém pelos demais – algo como “fez filho naturalmente? Depois não vá reclamar se ele tiver alguma doença!”. Ah, os seres humanos...
A boa notícia desses novos métodos de reprodução é que casais homossexuais poderão ter filhos com suas próprias características genéticas. Para Greely, da mesma forma que uma mulher poderá produzir óvulos a partir de pequenas amostras de tecido da própria pele, ela poderá produzir espermatozoides (!) também e engravidar dela mesma. Estranheza pouca é bobagem.
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