Ciência
02/09/2018 às 04:00•5 min de leitura
Atualmente, as guerras em todo o mundo são travadas por elementos tecnológicos que permitem os disparos a longas distâncias e também a destruição em massa. Mas, no passado, toda e qualquer batalha disputada exigia muito sangue frio dos combatentes, uma vez que os inimigos eram mortos praticamente nas mãos do soldado e o sangue literalmente espirrava.
Durante esses períodos, uma grande quantidade de batalhas foram disputadas e muitas delas foram realmente sangrentas. Você já deve ter ouvido falar sobre algumas delas, não é mesmo? Então confira agora mesmo a nossa lista com dez dos mais brutais e sangrentos combates realizados na História.
Em 8 de setembro de 1380, 60 mil homens da Coalisão Russa marcharam em direção a cerca de 150 mil soldados mongóis e tártaros. Apesar desse grande número de pessoas, acredita-se que a batalha inicial foi realizada apenas com o combate a cavalos entre os campeões de cada exército. Depois disso a disputa tomou proporções maiores e o chão de Kulikovo foi lavado de sangue.
Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons
Estima-se que entre 120 mil e 170 mil mortes tenham acontecido durante a batalha. Ao final de três horas de golpes e baixas dos dois lados, os soldados da força mongol bateram em retirada, deixando os louros da vitória para os russos. Historiadores afirmam que essa foi a primeira vitória russa contra o domínio mongol, que terminou 100 anos depois.
Entre os anos de 262 e 261 antes de Cristo, ocorreu a disputa da Guerra de Kalinga, travada entre o Império Máuria e a república indiana de Kalinga. Tudo culminou na grande batalha de Kalinga, que ocorreu nas proximidades do Rio Daya em 261 a.C. Mais de 400 mil soldados do Império Máuria cercaram apenas 63 mil soldados indianos.
Fonte da imagem: Reprodução/TopTenz
Lendas datadas da época dizem que o Rio Daya foi manchado de vermelho durante a batalha, devido aos corpos e sangue que se acumulavam às margens. O Império Máuria sofreu diversas baixas durante a batalha, mas sagrou-se vencedor e anexou a região de Kalinga aos seus domínios após o final da guerra. Estima-se que 200 mil soldados morreram na última batalha.
Cerca de 100 quilômetros ao norte de Deli estava a região de Panipat — onde hoje está a República da Índia. Em 14 de janeiro de 1761, cerca de 100 mil homens afegãos marcharam em direção a Panipat para atacar a região e foram recebidos por 70 mil soldados acompanhados de 200 mil homens peregrinos.Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons
Apesar da superioridade numérica, os indianos não foram capazes de segurar o poderio militar dos afegãos, que atacavam com brutalidade. Há relatos de que 200 mil pessoas morreram durante a Terceira Batalha de Panipat, sendo que 120 mil delas seriam civis.
Quando os espanhóis chegaram à região do México, encontraram as terras dominadas pelo Império Asteca. Em 1521, pouco mais de mil soldados espanhóis — aliados a mais de 100 mil nativos de regiões dominadas anteriormente pelos espanhóis — realizaram um grande cerco sobre Tenochtitlan, principal cidade do Império Asteca, para dominar a região.
Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons
As batalhas durante o Cerco de Tenochtitlan eram brutais. Os astecas mataram grandes quantidades de espanhóis que chegavam em embarcações, mas não resistiram aos bloqueios de alimentos e água. Além disso, ainda sofriam com infecções de varíola trazida pelos europeus. Estima-se que 860 espanhóis e 20 mil indoamericanos aliados tenham morrido, ao mesmo tempo em que 200 mil astecas civis e guerreiros foram mortos.
No início do século sétimo, exércitos coreanos e chineses se enfrentaram em batalhas brutais que resultaram em quase 300 mil mortes. Na Batalha de Salsu, cerca de 305 mil chineses foram enviados para o território coreano — na época unificado — para que a capital Guguryeo fosse dominada. O exército coreano possuía apenas 10 mil homens de cavalaria, mas venceu facilmente a batalha.
Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons
Os 305 mil homens chineses marchavam para cruzar o rio que levava à capital coreana e, quando estavam na metade do caminho, as tropas da Coreia abriram as barragens da região e mataram mais de 300 mil chineses por afogamento. Os 2.700 que escaparam foram atacados pela cavalaria coreana, que manteve a hegemonia de seu território.
O Império Seljúcida invadiu o Reino da Geórgia em 1121, e no dia 12 de agosto daquele ano a cidade de Didgori conheceu uma das mais sangrentas batalhas da História. Cerca de 55 mil homens da Geórgia foram surpreendidos por mais de 500 mil soldados do Império Seljúcida. Apesar da inferioridade numérica, os soldados da Geórgia conseguiram matar os líderes inimigos com facilidade.Fonte da imagem: Reprodução/ArmChair General
Sem comando, os guerreiros do Império Seljúcida foram facilmente derrotados pelos 55 mil homens da Geórgia. Estima-se que 70% deles foram mortos e 25% teriam sido capturados. Dos 55 mil defensores, poucos foram derrotados durante a Batalha de Didgori.
Você já deve ter ouvido falar no imperador da Mongólia Gengis Khan. Cruel e destemido, ele insultou o Imperador Chinês em 1210 e viu seu embaixador sendo executado pelo imperador. Depois do incidente diplomático, Khan invadiu as terras chinesas com 90 mil homens da cavalaria, que enfrentaram 500 mil soldados chineses. O imperador mongol cercou os chineses, matou soldados em campos acampamentos de descanso e neutralizou todas as defesas do inimigo.Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons
Do total de 950 mil soldados que o imperador chinês conhecia em seus domínios, mais da metade foi assassinada durante a Batalha de Badger Mouth. Ao todo, mais de 500 mil chineses morreram em batalhas ou foram capturados e executados posteriormente.
Cerca de 300 anos antes de Cristo, diversos estados da atual China passavam por impasses em relação à unificação ou não dos territórios. E, entre 262 e 260 a.C., os estados de Zhao e Qin lutaram por divergências políticas relacionadas a isso. Em julho de 260 a.C., 400 mil soldados de Zhao atacaram os campos de Qin e causaram muitas mortes, mas não obtiveram sucesso na batalha.
Fonte da imagem: Reprodução/Cultural-China
Isso acontece porque eles foram cercados e sofreram com o isolamento, avisando sobre a rendição após 46 dias sem mantimentos. Depois de terem matado mais de 250 mil homens de Qin, mais de 450 mil soldados de Zhao foram executados.
Durante a Primeira Guerra Judaico-Romana, a cidade judaica de Jerusalém sofreu com um cerco realizado pelos exércitos romanos. Por causa da falta de comando estratégico e militar dos judeus, os 70 mil romanos conseguiram dominar Jerusalém com bastante facilidade, não tendo qualquer problema com os 40 mil combatentes defensores, que foram totalmente dizimados.
Fonte da imagem: Reprodução/RJGEIB
Apesar do número relativamente baixo de mortes, muitos historiadores afirmam que essa foi uma das batalhas mais brutais porque resultou na total destruição de Jerusalém e em 100% de baixas de um dos lados. Além disso, a Primeira Guerra Judaico-Romana causou a morte de cerca de 1 milhão de civis durante os sete anos em que aconteceu.
Outra batalha que contou com a brutalidade das forças da Mongólia. Em 1258 as tropas mongóis marcharam em direção a Bagdá (atual região do Iraque) e forçaram a rendição dos homens do Califado vigente na época. 150 mil soldados mongóis não tiveram problemas para dominar os 50 mil defensores de Bagdá, que logo se renderam.
Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons
Após isso, os homens da Mongólia iniciaram um massacre brutal que resultou na morte de 50 mil soldados e um número muito maior de civis que não tiveram chances de defesa. Esse número é bastante contestado, pois, apesar de historiadores afirmarem que houve cerca de 800 mil civis árabes mortos, fontes árabes dizem que mais de 2 milhões deles foram assassinados.
*Publicado originalmente em 08/03/2014.
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