Ciência
11/08/2014 às 04:57•2 min de leitura
Nos filmes da Disney, o que todo mundo está acostumado a ver é um “final feliz”. A linda princesa encontra o príncipe encantado, eles se casam, têm filhos e vivem felizes para sempre. Mas a realidade não é bem essa... Assim como na vida real, a história pode acabar muito trágica.
Pensando nisso, o artista José Rodolfo Loaiza Ontiveros e a fotógrafa Dina Goldstein resolveram adaptar os simpáticos personagens da Disney para uma realidade mais “pé no chão” que fará com que você reflita um pouco sobre o verdadeiro sentido dos contos de fada.
José Rodolfo Ontiveros inovou ao colocar os personagens da Disney em situações embaraçosas. Em sua exposição “Profanity Pop”, o artista retrata, por exemplo, o verdadeiro segredo por trás da personalidade de Pateta e Donald. Se você pensava que todas aquelas risadas e chiliques desproporcionais eram à toa, é melhor rever os seus conceitos.
Na imagem abaixo, as princesas relembram como tiveram seus corações partidos pelos famigerados príncipes. Nada melhor do que encher a cara e reunir as amigas para afogar as mágoas. Até mesmo a pintora mexicana Frida Kahlo dá o ar da graça na pintura.
As princesas da Disney também possuem fama de serem boazinhas, comportadas e submissas. Mas, quem vê o que a Cinderela fez com o retrato de sua madrasta, pensa duas vezes antes de mexer com uma princesa.
Após diversas brigas com seu príncipe, a Branca de Neve engordou alguns quilinhos. Entretanto, nada impede que a moça tire fotos no espelho e prove que não existe ninguém mais bela do que ela.
Nas obras de Ontiveros, nem mesmo o que é tido como sagrado é perdoado. O que aconteceria se, após três dias, fosse o Mickey que ressuscitasse? A virgem Maria ficou satisfeita com seu teste de gravidez? De quem é o rosto no Santo Sudário? Uma mulher vista como pecadora seria aceita com bons olhos na igreja?
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Outra coisa que não se vê muito no universo da Disney são personagens homossexuais. Praticamente em todas as histórias, a princesa indefesa encontra o príncipe encantado e eles vivem felizes para sempre – mesmo que seja apenas de fachada. Mas será que é sempre assim? No mundo retratado por Onivoros há espaço para todo tipo de amor. Com direito até mesmo a casamento gay celebrado pelo Papa Francisco.
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Dina Goldstein tende a encarar o mundo das princesas como algo ainda mais destrutivo e pessimista. Em sua série “Fallen Princesses”, a fotógrafa coloca as princesas da Disney em situações reais do cotidiano e que não são não tão “felizes” assim.
A pobre Branca de Neve, por exemplo, virou uma dona de casa que precisa cuidar dos quatro filhos enquanto o príncipe de seus sonhos assiste à televisão – qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência.
Por sua vez, a – não tão jovem – Bela revela um pouco de seus truques para se manter linda e atraente. Quem diria que a princesa recorreria a diversos tratamentos cirúrgicos para continuar sempre bonita?
Já a indefesa Ariel foi ludibriada para deixar seu lar apenas para se trancafiada em um aquário e entreter as crianças. Enquanto isso, Cinderela afoga suas mágoas em um copo de cerveja e Jasmine foi enviada para guerra para lutar no Iraque.
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Por sua vez, Pocahontas foi abandonada em casa e preenche sua solidão com a companhia de dezenas de gatos. A pobre Rapunzel perdeu suas madeixas devido ao tratamento quimioterápico, a Bela Adormecida continuou sonhando com seu príncipe encantado e a Chapeuzinho Vermelho comeu toda a cesta que deveria ser entregue para a vovozinha. Pelo visto, ser um personagem de contos de fadas também não está fácil.
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