Ciência
25/10/2020 às 10:00•1 min de leitura
A Marinha dos Estados Unidos reconheceu recentemente que alguma atitude deveria ser tomada em relação às ocorrências de objetos de comportamento estranho capturados em vídeo por pilotos de jato ao longo dos anos. Os avistamentos foram igualmente relatados por controladores de voo e técnicos.
Dessa forma, em agosto passado, a Marinha americana constituiu uma Força-Tarefa de Fenômenos Aéreos Não-Identificados (UAP na sigla em inglês) cujo objetivo é investigar a natureza e a origem dessas estranhas imagens, e determinar se os objetos ali gravados poderiam representar uma ameaça à segurança nacional.
Os UAPs observados nos últimos tempos têm acelerações estimadas entre 100 g’s até milhares de g’s. O “g” é uma unidade de aceleração ligada à ressonância e à vibração dos tecidos dos organismos. Uma aceleração súbita acima de 75 g’s pode causar ferimentos graves e até mesmo a morte em seres humanos.
Apesar desses números impressionantes, não se registrou até agora nenhum tipo de perturbação do ar visível, nem estrondos sônicos. Tudo isso reunido se parece muito com os folclóricos registros de OVNIs que sempre aparecem nas mídias com alertas do tipos “Eles estão entre nós”.
Porém, no atual projeto, a tônica presente nesses fenômenos é de que eles sejam estudados em bases estritamente científicas, inclusive com o uso de satélites para rastreamento de possíveis eventos de UAP futuros.
Um dos cientistas que defendem uma pesquisa séria sobre os objetos de comportamento estranho, Ravi Koppparapu, do Goddard Space Flight Center da NASA, afirmou ao site Live Science: “Acho que as pessoas pensam imediatamente em ‘alienígenas’ quando ouvem OVNIs/UAPs, e quero que os cientistas não caiam nessa”.
Estudante da habitabilidade planetária em exoplanetas, Kopparapu adverte: “Seja estritamente agnóstico e não deixe que ideias preconcebidas turvem os julgamentos. Tenha a mente aberta. Considere isso como um problema de ciência. Se descobrir que eles têm explicações mundanas, que seja”.