Ciência
20/11/2020 às 05:00•2 min de leitura
No início de novembro, os médicos de um pronto-socorro de um hospital em Beni Suef, no Egito, foram surpreendidos por um paciente apresentando falta de ar e dificuldade de fala. Após uma série de exames, a equipe médica então descobriu que o homem tinha nada menos que um peixe preso em sua garganta.
Os exames de raio-x constataram que o animal havia, de alguma forma, ficado preso na entrada da traqueia do rapaz, deixando apenas uma pequena brecha para que uma minúscula dose de ar pudesse entrar e evita-se que o paciente sufocasse antes de chegar na sala de emergência.
Para conseguir retirar o peixe da região da traqueia, os médicos optaram por realizar uma cirurgia endoscópica, que realiza incisões na pele para visualização direta do local. De acordo com o jornal egípcio El-Ain, o animal ainda encontrava-se vivo dentro do corpo do homem.
O rapaz teria falecido caso tivesse chegado ao hospital com apenas mais alguns minutos de atraso, disse o doutor Ali Al-Hajri para uma emissora de televisão local. Por sorte, tudo ocorreu tranquilamente durante a operação e, apesar de pequenas hemorragias, o rapaz está em um quadro estável e deve se recuperar completamente.
Em uma história tão bizarra e inusitada, a pergunta que não quer calar é: como é que um peixe vai parar entalado na garganta de uma pessoa ainda vivo? A resposta é menos complicada do que parece. Com 40 anos de idade, o paciente trabalha como pescador na vila de Snur, nas margens do rio Nilo.
Posteriormente, o homem contou para a equipe médica que tudo ocorreu durante uma sessão de pescaria. Após capturar um peixe pequeno, ele percebeu que a linha na vara já puxava alertando para a presença de mais uma criatura. Desesperado com a possibilidade de deixar uma presa escapar, o egípcio colocou a primeira captura em sua boca na tentativa de livrar suas mãos.
Foi então que a tragédia ocorreu. Ainda vivo, escorregadio e agitado, o peixe começou a se debater e encontrou um caminho livre até sua traqueia, onde ficaria entalado e praticamente bloquearia as vias respiratórias. Da próxima vez, o pescador pensará duas vezes antes de colocar uma criatura viva dentro de sua boca.