2 fatos sobre o medo que podem deixar qualquer um 'apavorado'

06/01/2021 às 15:002 min de leitura

O medo é uma das emoções humanas mais primitivas, e segundo a psicologia evolutiva, pode ter servido até como adaptações úteis durante a evolução. Pavores extremos podem causar efeitos variados em nosso organismo, como cegueira, surdez e paralisia temporárias, e alguns momentos já foram até fatais. Em alguns casos, estes temores podem ter ligações sobrenaturais, mas às vezes, suas raízes podem ser mais “mundanas”.

Confira abaixo dois fatos desconhecidos sobre esta sensação que podem te deixar levemente apavorado:

1. É possível literalmente ‘morrer de medo’

(Fonte: Pixabay/Reprodução)
(Fonte: Pixabay/Reprodução)

O nervo vago é responsável basicamente de toda a inervação parassimpática dos órgãos abaixo do pescoço, e caso sua ‘ramificação’ cardíaca sofra uma super estimulação, pode levar ao óbito do indivíduo.

O medo pode ser um dos gatilhos para esta situação, assim como uma combinação de choques físicos e mentais profundos. O escritor e patologista forense Bernard Knight explica que um toque súbito no ombro, imersão em água fria e até mesmo a extração de um dente podem causar este estímulo elevado e serem fatais para algumas pessoas.

(Fonte: Pixabay/Reprodução)
(Fonte: Pixabay/Reprodução)

Casos desta condição incluem uma menina em Birmingham, na Inglaterra, que foi encontrada morta após se perder em um matagal e um paquistanês que teve seu carro atacado por racistas, e mesmo não tendo sofrido danos físicos, o pavor extremo acabou o levando ao seu fim.

Além disso, em 1811, o The Times reportou a história de um garotinho de nove anos que estava desaparecido há dias após não ter voltado para casa da escola. Seu corpo foi encontrado intacto, ainda com a mochila no ombro, em uma das criptas da capela de São Jorge, em Paddington, também na Inglaterra. O local estava cheio de caixões e presumiu-se que o menino havia ido ali por uma curiosidade infantil, mas ao se ver inadvertidamente preso junto com os cadáveres, acabou morrendo de medo.

2. Freddy Krueger e a Paralisia do Sono

Os campos da Ciência e Medicina já evoluíram muito, com várias enfermidades antes consideradas fatores sobrenaturais recebendo explicações mais lógicas e simples. Mesmo assim, a Paralisia do Sono ainda pode ser aterrorizante, pois acordar após um pesadelo sem conseguir falar ou se mover com certeza não é nada fácil.

Dois estudos sobre esta condição no século 19 afirmaram que a experiência poderia ser traumatizante a um ponto fatal, com o trabalho de John Waller usando como exemplo um jovem carpinteiro que sofreu com graves pesadelos a vida inteira, até ser encontrado morto em sua cama uma manhã.

(Fonte: Pixabay/Reprodução)
(Fonte: Pixabay/Reprodução)

Além disso, nas décadas de 70 e 80, um estranho padrão de óbitos passou a ocorrer nos Estados Unidos entre os imigrantes Hmong, um grupo ético asiático que se originava principalmente do Camboja.

Pessoas saudáveis por volta dos 30 anos morriam em suas camas, sendo muitas vezes descobertos com uma expressão de completo terror. Shelley Adler, que escreveu um livro sobre a Paralisia do Sono, chegou a conclusão que os indivíduos temiam a raiva de seus ancestrais, pois não podiam realizar os rituais para apaziguá-los em seu novo país.

E foi este curioso caso que acabou inspirando o diretor Wes Craven a criar a famosa série de filmes A Hora do Pesadelo, trazendo ao mundo o temível Freddie Krueger, que com certeza já ‘assombrou’ as noites de muitas pessoas…

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