Estilo de vida
14/01/2021 às 13:00•2 min de leitura
Um estudo de caso publicado em 11 de janeiro no Journal of the Academy of Consultation-Liaison Psychiatry apresentou uma história um tanto peculiar, quando um homem de 30 anos decidiu injetar chá de cogumelos em sua veia, e acabou sendo hospitalizado com o fungo crescendo em sua corrente sanguínea.
Aparentemente, o paciente encontrou informações online sobre os potenciais benefícios terapêuticos de alucinógenos como o LSD e os cogumelos, e decidiu inserir a infusão em seu organismo na esperança de aliviar os sintomas de seu transtorno bipolar e dependência em opioides, e os membros da família explicaram que ele havia parado com os medicamentos adequados, alternando entre comportamentos maníacos e depressivos.
Após entrar em um estado letárgico, ter náusea e diarreia e vomitar sangue, os familiares decidiram levá-lo ao hospital, e os profissionais de saúde descobriram que órgãos como fígado e rins já tinham começado a falhar.
Depois de 22 dias de internação, oito dos quais foram na UTI com um ventilador para conter a insuficiência respiratória aguda, e com diagnóstico de infecção fúngica de Psilocybe cubensis, o indivíduo pode voltar para casa, mas terá que manter um tratamento de longo prazo com antibióticos e antifúngicos.
Ainda não se sabe se a injeção do líquido pode causar efeitos psicoativos duradouros semelhantes aos relacionados com o consumo oral, como o Transtorno de Percepção Induzido por Alucinógeno (HPPD), que causa flashbacks vívidos da “brisa” mesmo muito tempo depois da ingestão.
Segundo os médicos que cuidaram do caso, isso “ressalta a necessidade de educação pública contínua sobre os perigos inerentes ao uso desta e de outras drogas de outras formas que não as prescritas”.
Pesquisas sugerem que a psilocibina, substância presente nos “cogumelos mágicos”, pode ter um efeito positivo nos tratamentos de depressão, ansiedade e abuso de substâncias, mas apenas de consumida de forma correta.
Em grande parte dos estudos, ela é administrada na forma de comprimidos, e mesmo quando o meio intravenoso é escolhido, as injeções são controladas de forma rígida e sem a presença de fungos.