Por que Benjamin Franklin tinha esqueletos no porão de casa?

16/06/2023 às 12:102 min de leitura

Benjamin Franklin era certamente um homem à frente de seu tempo, disposto a estudar diversas coisas que, no século XVIII, ainda não eram muito difundidas. Isso também o levou a tomar algumas decisões que eram consideradas maluquices, como a coleção de ossos que mantinha em seu porão.

Segundo informações que estão na rede, durante o período em que viveu em Londres, Franklin manteve uma coleção de mais de 1.200 ossos obtidos dos corpos de 15 pessoas, sendo seis delas crianças. Todos eles estavam em uma sala secreta que ficava abaixo do jardim.

Franklin era um colecionador de ossos?

Ainda que a primeira coisa a passar pela cabeça seja a ideia de algo horripilante, a verdade por trás dessa peculiar coleção de Franklin é bem mais aceitável: o estudo da anatomia humana.

Conforme mencionado pelo site The Guardian há alguns anos, o estudioso ajudava a manter uma escola de anatomia idealizada por William Hewson, que era seu amigo. Como naquele período esse tipo de estudo era visto como algo duvidoso, a melhor saída era manter tudo em segredo e longe da vista das autoridades (e neste caso, um porão era o lugar perfeito).

Ossos encontrados na casa Franklin eram usados em estudos de anatomia. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Ossos encontrados na casa Franklin eram usados em estudos de anatomia. (Fonte: GettyImages/Reprodução)

"Anatomia era algo que ainda dava seus primeiros passos, mas razões sociais e éticas faziam muitos ficarem desconfiados disso. Outro ponto é que um suprimento de corpos humanos era difícil de obter de maneira legal, então Hewson e outros pioneiros precisavam apelar para o roubo de sepulturas - fosse pagando profissionais para procurar por cadáveres ou cavar por conta própria para encontrá-los", explica um artigo publicado pelo site Mental Floss.

"Os pesquisadores acreditam que [a casa de Franklin] era um lugar irresistível para que Hewson fizesse seu próprio laboratório de anatomia. O proprietário era um amigo de confiança [...], e os corpos poderiam ser removidos das tumbas e levados para o cais numa ponta da rua, ou serem arrebatados à força para o outro lado. Quando terminava seus estudos, Hewson simplesmente enterrava os restos no porão, que era mais seguro que tentar sair dali com eles e correr o risco de ser processado por dissecação e roubo de tumbas", finaliza o texto.

Ou seja: Franklin estava apenas ajudando um amigo a realizar estudos referentes à anatomia do ser humano, algo bastante comum atualmente, mas que, no passado, não era visto com bons olhos pelas autoridades - porém, a prática se tornou um grande pilar da medicina.

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