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08/06/2018 às 09:30•5 min de leitura
Você já teve a oportunidade de conferir aqui no Mega Curioso quatro desaparecimentos sinistros que nunca foram solucionados. Esses casos permanecem um mistério para a polícia e para a sociedade, ficando até hoje como objetos de discussão, especulação e até estudo por parte de alguns curiosos ou investigadores.
Logo abaixo, você vai conhecer casos de desaparecimento e também de assassinato que não foram solucionados até hoje. São crimes que podem não ter ficado muito conhecidos por aqui pelo Brasil, mas que guardam fatos intrigantes e se tornaram parte da história de certas cidades ou países pelo mundo. Confira abaixo.
Em um dia quente de verão, em 26 de janeiro de 1966, na cidade de Adelaide, na Austrália, três crianças desapareceram misteriosamente, sendo um dos casos não solucionados mais intrigantes para as autoridades australianas.
Naquele dia, Jane Beaumont, de nove anos, e seus irmãos Arnna, de sete, e Grant, de quatro anos, foram fazer um passeio rápido perto da praia de Glenelg, algo que já costumavam fazer com frequência. Eles pegaram o ônibus para uma viagem que levava cinco minutos até a praia. Porém, daquela vez, eles nunca mais voltaram.
Mesmo que pareça estranho, naquela época, a menina de nove anos estava acostumada a cuidar dos irmãos e tinha bastante responsabilidade sobre eles, principalmente quando os seus pais não estavam em casa ou para brincar fora dela. Naquele dia, eles saíram por volta das 10 horas da manhã e o combinado era que voltassem duas horas depois.
Quando eles não retornaram, os seus pais ficaram obviamente muito preocupados e entraram em contato com a polícia, que começou a investigar o caso. Segundo os policiais, várias testemunhas disseram ter vistos os irmãos brincando na praia. No entanto, havia mais alguém com eles: um homem alto, loiro e magro com idade aproximada de trinta anos.
De acordo com os relatos das testemunhas, as crianças brincavam com o rapaz e pareciam relaxadas e alegres. Depois, eles foram vistos se afastando do local por volta de meio-dia e quinze minutos, segundo as estimativas da polícia.
As crianças com o pai
Um atendente de uma lanchonete da praia disse que Jane, a criança mais velha, tinha comprado pastéis e uma torta de carne com uma nota de uma libra, mas os pais disseram que deram apenas moedas suficientes para o ônibus e comida, mas não a nota, que provavelmente veio do homem que as acompanhava.
Um carteiro que conhecia a família disse que viu as crianças por volta das 15 horas, longe da praia e sozinhas, indo em direção à casa delas. Esta teria sido a última observação confirmada delas. No entanto, a polícia considera que o carteiro pode ter se enganado no horário e visto as crianças antes do meio-dia.
O fato é que as investigações transcorreram durante muito tempo e sem solução, o que contribuiu para que diversas teorias surgissem, como a que diz que as crianças foram usadas em cultos religiosos ou para experiências macabras. Um criminoso chamado Derek Percy é um dos principais suspeitos do crime, porém, até hoje, nada foi de fato comprovado.
Esse caso é muito famoso, principalmente dos Estados Unidos, por envolver o nome de uma família muito poderosa naquele país: os Rockfellers. Aqui, o desaparecido foi Michael Clark Rockefeller, que acredita-se que tenha morrido no dia 19 de novembro de 1961.
Michael era filho do governador de Nova York, Nelson Aldrich Rockefeller, e desapareceu durante uma expedição na região de Asmat, no lado holandês de Papua Nova Guiné. Em 2014, Carl Hoffman publicou um livro que deu detalhes do inquérito sobre a sua morte, em que os moradores e os anciãos tribais admitiram que Rockefeller foi morto depois de nadar até a costa em 1961.
No entanto, nenhum resquício de Michael foi encontrado. Na época, ele tinha acabado de se graduar em História e Economia na Universidade de Harvard, uma das mais respeitadas do mundo, e tinha 23 anos de idade. Mas, antes do desaparecimento, ele ainda serviu por seis meses como um soldado do Exército dos Estados Unidos.
Em seguida, viajou em uma expedição pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de Harvard para estudar a tribo Dani da Nova Guiné. A expedição iria produzir um documentário etnográfico e Rockefeller era ainda encarregado da gravação de som.
Por algumas horas, Rockefeller e seu colega, o antropologista holandês René Wassing, deixaram brevemente o navio da expedição para estudar a tribo Asmat e recolher peças de arte do povo indígena. A canoa deles teria virado e Michael teria se afogado. Seu colega foi encontrado no outro dia com vida, porém Rockfeller desapareceu.
A causa oficial da morte de Michael foi afogamento, mas diversas teorias se espalharam, como a que diz que ele foi sequestrado e mantido prisioneiro ou se juntou aos nativos e estava escondido na selva. Outra diz que ele foi comido por tubarões ou que ele conseguiu chegar à praia, mas foi morto e comido pelos nativos Asmat (teoria apoiada pelo escritor Carl Hoffman). Porém, nada foi realmente descoberto.
Esse assassinato aconteceu na cidade de Skidmore, no estado norte-americano do Missouri, e provavelmente foi um caso de justiça com as próprias mãos cometida pela população que via em Ken Rex o verdadeiro pesadelo do local.
Ele era conhecido como o “valentão da cidade” e ao longo de sua vida foi acusado de dezenas de crimes, incluindo assaltos, estupro, incêndio criminoso e abuso sexual infantil. Seu currículo era formado só de atrocidades contra a população da cidade, mas ele sempre escapava ileso da justiça.
Em 1980, um dos filhos de McElroy discutiu com uma funcionária de uma mercearia local de propriedade de um homem de 70 anos de idade, chamado Ernest Bowenkamp. A discussão teria acontecido porque a criança tentou roubar alguns doces. Isso já foi o suficiente para que Ken Rex começasse a perseguir a família de Ernest, chegando a ameaçá-lo em sua loja com uma espingarda na mão.
O resultado foi um confronto seguido de um tiro que atingiu o dono da mercearia no pescoço, mas ele sobreviveu. Rex foi preso e acusado de tentativa de homicídio, sendo condenado no julgamento de assalto, mas libertado sob fiança enquanto aguardava sua apelação.
Imediatamente após ser liberado, ele se dirigiu para um bar local com um rifle, onde fez ameaças a Ernest para quem quisesse ouvir. Isso fez com que vários clientes tomassem a decisão de ver o que poderia ser feito para impedir legalmente que Ken prejudicasse quem quer que fosse.
Então um xerife sugeriu que eles fizessem um tipo de patrulha para observar os passos do criminoso. Na manhã do dia 10 julho de 1981, depois que a sua audiência de apelação foi novamente adiada, moradores da cidade se reuniram na Legião Municipal, no centro da cidade, para discutir como se proteger.
Durante a reunião, McElroy foi novamente até o mesmo bar daquele outro dia com a esposa e a notícia se espalhou pela cidade. Os cidadãos se reuniram em protesto para ir ao bar. Vendo a cena, Ken terminou seus drinks e foi embora levando mais algumas cervejas, seguindo para o seu veículo.
A caminhonete de Ken depois do assassinato
Enquanto o criminoso se preparava para sair com a sua caminhonete, ele foi baleado várias vezes e espancado. Ao todo, havia 46 potenciais testemunhas do tiroteio, incluindo a esposa de Rex, que estava ao lado dele. Ninguém chamou uma ambulância.
Apenas a esposa disse que viu um homem armado, mas qualquer outra testemunha não quis ou não foi capaz de citar um agressor, alegando não ter visto quem disparou os tiros fatais. O promotor também não quis apresentar queixa e a investigação federal não levou a qualquer resultado. Provavelmente, ninguém realmente se importou com o fato de o criminoso que incomodava a cidade ter morrido.
William Desmond Taylor foi um conhecido diretor de cinema-mudo de Hollywood, tendo dirigido 59 filmes entre 1914 e 1922. A sua morte, aos 49 anos de idade, abalou o mercado cinematográfico na época, principalmente por ter permanecido um mistério. Diversas pessoas eram suspeitas, mas nada foi comprovado.
No dia 1 de fevereiro de 1922, em Los Angeles, William Desmond e sua namorada, a estrela de cinema Mabel Normand, tomaram alguns drinks e conversaram descontraidamente durante aquela noite, de acordo com o depoimento dela e possivelmente de alguns empregados.
Por volta de 19h45, ele a acompanhou até o carro dela, deixando a porta de sua casa destrancada. Com exceção do assassino, Mabel Normand foi a última pessoa a ver William Desmond Taylor vivo. Logo depois, em torno de 20h, os vizinhos ouviram um tiro. Uma vizinha disse que viu um homem com um longo casaco e cachecol, além de um boné xadrez.
Ele olhou para ela e casualmente voltou para dentro como se tivesse se esquecido de algo. Mais tarde, ela disse que essa pessoa tinha um “caminhar feminino”. Outro vizinho afirmou que só viu um vulto escuro depois de ouvir o tiro. Mas nenhum deles havia imaginado que tivesse sido um assassinato, pois acharam o barulho parecido com o estrondo de um escapamento de carro.
Desmond enquanto dirigia um de seus filmes em 1921
Até as sete e meia da manhã do dia seguinte, tudo permaneceu tranquilo. Então, o caseiro de Desmond, Henry Peavey, chegou à residência e encontrou o patrão morto na sala de estar. O empregado gritou e correu para o pátio da casa chamando por socorro e o escândalo de Hollywood se espalhou.
Originalmente, pensava-se que Taylor poderia ter morrido de causas naturais, mas, assim que ele foi virado no chão, percebeu-se que ele estava deitado em uma poça de sangue com um único tiro nas costas.
Taylor estava com a sua carteira no bolso, com bastante dinheiro, além de estar usando um anel com diamantes. Nada dele ou da casa foi levado, portanto o crime não foi configurado como assalto seguido de morte. Muitas investigações foram feitas com vários suspeitos, incluindo, é claro, a namorada e o próprio caseiro, mas o caso nunca foi solucionado.