Conheça 4 ditadores do bem que existiram ao longo da História

09/06/2016 às 12:563 min de leitura

Como você sabe, um ditador é aquele cara que assume a liderança do Estado — frequentemente por meio de golpes — sozinho e concentra todos os poderes públicos nas mãos. No entanto, embora a maioria de nós associe esse tipo de comando com regimes opressivos e corruptos e ao sofrimento do povo, também existem exemplos de líderes que usaram seu poder e influência para o bem da nação. Confira quatro deles a seguir:

1 – Pisístrato

Pisístrato foi um ditador da Grécia Antiga que governou entre os anos de 546 e 527 a.C. e, apesar de ser lembrado como tirano, era muito estimado e respeitado pela população da época. Na verdade, ele subiu ao poder em três ocasiões e, na primeira, foi eleito para governar Atenas por voto popular.

Ele realmente queria governar Atenas!

Entretanto, não demorou até que seus inimigos se mancomunassem e dessem um jeito de exilar o ditador. Na segunda ocasião, Pisístrato chegou a Atenas marchando acompanhado de uma belíssima mulher que ele disse ser a própria deusa Atena, ganhando, mais uma vez, o apoio do povo. Contudo, o tirano foi novamente exilado, mas, dessa vez, durante os cerca de dez anos em que esteve afastado, Pisístrato resolveu organizar um exército.

Na terceira vez em que marchou a Atenas, o ditador voltou a ganhar o apoio dos habitantes e, enquanto se manteve no poder, se dedicou a trabalhar para o povo. Durante o seu reinado, Pisístrato ajudou os mais pobres concedendo terras e empréstimos, e seu governo foi marcado por um período de paz e prosperidade. Então, um belo dia o ditador bateu as botas, e seus filhos, Hípias e Hiparco, assumiram seu lugar — e não demorou até a confusão começar...

A dupla até conseguiu manter o apoio popular por algum tempo. No entanto, Hiparco acabou sendo assassinado e o irmão adotou uma linha mais dura de governo. No fim, Hípias foi exilado como seu pai pelos espartanos — que haviam sido levados a Atenas com o propósito de libertar a população dos tiranos.

2 – Marco Aurélio

César Marco Aurélio Antonino Augusto, mais conhecido simplesmente como Marco Aurélio — ou, ainda, como o tirano bonzinho do filme “Gladiador” —, subiu ao poder no ano de 161 e entrou para a História como o último dos cinco imperadores do bem que governaram Roma. Ele assumiu o poder ao lado de seu meio-irmão, Lúcio Aurélio Vero, até a morte do cara, no ano de 169.

Lembra dele no filme?

A partir daí, Marco Aurélio governou sozinho ate o ano de 177 e, durante esse período, tentou liderar Roma da forma mais justa que podia, sempre colocando as necessidades do povo antes das suas. Entretanto, o imperador enfrentou enormes dificuldades, já que seu reinado foi marcado por guerras incessantes e inúmeros problemas com o surgimento de uma nova religião: o cristianismo.

Marco Aurélio perseguiu os primeiros cristãos, mas fez isso por considerar que dessa forma manteria a paz em Roma. De acordo com vários historiadores, alguns dos primeiros seguidores dessa religião agiam como fanáticos, portanto é bem provável que, na época, o imperador estivesse certo.

3 – Frederico II da Prússia

Também conhecido como Frederico, o Grande, ele governou a Prússia de 1740 até sua morte, em 1786. O Rei foi responsável por transformar sua nação em uma das mais poderosas potências da Europa na época e teve um importante papel em fortalecer e propagar a ideia do despotismo esclarecido.

Frederico realmente foi "o Grande" para a Prússia

Frederico aboliu as legislações locais e criou um código de leis único, baniu a tortura e centralizou o poder de todo o reino. Além disso, o monarca liberou o controle da imprensa, era tolerante com respeito às religiões seguidas por seus súditos e trabalhou para consolidar a Prússia economicamente — reduzindo os impostos internos, criando tarifas protetivas e construindo canais para incentivar o comércio.

O rei ainda transformou Berlim em uma capital cultural, fundou escolas elementares e desenvolveu a instrução pública. Para ele, sua maior prioridade era o bem-estar do povo e, efetivamente, Frederico colocou as necessidades do Estado antes de seus interesses pessoais ou dinásticos.

4 – Mustafa Kemal Atatürk

Mustafa Atatürk foi o fundador da República da Turquia e primeiro presidente turco. Ele iniciou sua carreira como militar e ganhou bastante destaque atuando como comandante de uma das divisões do Exército Otomano. No entanto, com a derrota do Império para os Aliados na Primeira Guerra Mundial e vendo que seu território seria partilhado, Atatürk organizou e liderou o Movimento Nacional Turco e deu início à Guerra de Independência da Turquia.

Atatürk foi vital para a modernização da Turquia

Então, o recém-criado parlamento turco teve que lutar por sua independência até 1923, quando Atatürk assinou o Tratado de Lausanne e criou a República da Turquia — e foi eleito presidente. Contudo, por conta do enorme poder que ele concentrava nas mãos, e devido ao fato de permanecer no poder até sua morte, tecnicamente, podemos dizer que Atatürk se tornou um ditador. Do bem, diga-se de passagem!

A primeira coisa que o turco fez ao assumir a presidência foi criar uma constituição que separava o governo da religião. Além disso, Atatürk emancipou as mulheres, criou uma rede férrea para interligar as diferentes regiões do país, fundou companhias estatais e industrializou a nação. Muitas de suas medidas não agradaram muito no início, especialmente a secularização do Estado, mas, no fim, ele foi o responsável por modernizar a Turquia.

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