A experiência sensorial das antigas civilizações era bem diferente da nossa.

As emoções que sentimos parecem razoavelmente claras para nós, assim como os lugares em que elas seriam "geradas". Para nós, o pensamento sóbrio e racional vem do cérebro, o nervosismo se manifesta no estômago, a raiva tem a ver com o fígado e o amor nasce no coração.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127924-comunidade-recria-pratos-mesopotamicos-de-5-mil-anos-atras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Comunidade recria pratos mesopotâmicos de 5 mil anos atrás</a></li></ul>Mas será que se acreditava nisso nas culturas antigas? Agora, tábulas recém encontradas mostram que os mesopotâmicos pensavam de modo diferente.<h2>Os sentimentos nas culturas antigas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/03/03110746677010.jpg" alt="x"><figcaption>Os mesopotâmicos localizavam suas emoções em regiões estranhas do seu corpo. &nbsp;(Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O mapeamento das emoções no corpo é um tema que há tempos interessa aos historiadores e antropólogos. Pesquisas pregressas documentaram que essas associações entre sentimentos e órgãos do corpo eram relativamente compartilhadas entre as culturas: diferentes povos liam suas sensações de forma semelhante.Acontece que essas percepções eram sempre captadas por meio de autorrelatos – ou seja, um método que consiste que os participantes cedam informações sobre si mesmos voluntariamente. O problema é que essa metodologia acaba compreendendo apenas entrevistas com pessoas que ainda estão por aqui. Por isso, não se tinha muita noção de como isso se dava em culturas muito antigas.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127901-escultura-de-2-7-mil-anos-e-descoberta-no-iraque.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Escultura de 2,7 mil anos é descoberta no Iraque</a></li></ul>Em um novo estudo multidisciplinar, pesquisadores analisaram um grande corpo de textos para ver se os povos antigos no que era a Mesopotâmia (que hoje compreende a região do Iraque moderno) vivenciavam emoções em seus corpos. Isso for feito por meio da análise de um milhão de palavras registradas em tábulas cuneiformes pertencentes à antiga língua acádia de 934–612 a.C."Mesmo na antiga Mesopotâmia, havia uma compreensão aproximada da anatomia, por exemplo, da importância do coração, do fígado e dos pulmões", explicou o professor Saana Svärd, da Universidade de Helsinque, que participou do estudo. Mas a surpresa é que os sentimentos não apareciam nos mesmos órgãos que hoje percebemos.<h2>Como os mesopotâmicos expressavam as emoções?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2025/01/03/03110628506009.jpg" alt="As tábulas de argila não eram registradas pela população em geral. (Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>As tábulas de argila não eram registradas pela população em geral. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os mesopotâmicos tinham experiências corporais parecidas com as nossas, mas a curiosidade estava justamente nas diferenças. Sentimentos de felicidade eram associados a palavras como “aberto”, “brilhante” ou estar “cheio”. Mas o estranho é que essa emoção não era localizada no coração, e sim no fígado.A raiva e o amor também inspiravam sensações diferentes. Quando estavam raivosos, os antigos mesopotâmicos sentiam-se "aquecidos", "enfurecidos" ou "bravos" nos pés. Da mesma forma, os neoassírios associavam o amor mais ao fígado, ao coração e até aos joelhos.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/achado-de-700-ac-desvenda-antigos-rituais-de-enterro-de-caes?utm_term=Autofeed&amp;utm_medium=Social&amp;utm_source=Facebook&amp;fbclid=IwZXh0bgNhZW0CMTAAAR1RPJ6IG7S7FQgB7BtAYjgOP5nuuBVh9spj76ETzvOTElwwj-OzhozYpv8_aem_wBk0XtMyTP-QTmOxYzxBkw#Echobox=1735250033" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Achado de 700 a.C. desvenda antigos rituais de enterro de cães</a></li></ul>"Resta saber se podemos dizer algo no futuro sobre que tipo de experiências emocionais são típicas para humanos em geral e se, por exemplo, o medo sempre foi sentido nas mesmas partes do corpo. Além disso, temos que ter em mente que textos são textos e emoções são vividas e experimentadas", acrescentou Svärd.Os pesquisadores ainda alertam que é preciso ter cuidado na hora de fazer comparações, já que as civilizações antigas eram muito diferentes das atuais. Como as taxas de alfabetização eram baixas, deve-se também ter noção que um número limitado de pessoas podia escrever em tábulas de argila. Ainda assim, as constatações são interessantes para que as pesquisas em torno desse tema sigam sendo desenvolvidas. "Pode ser uma maneira útil de explorar diferenças interculturais na maneira como vivenciamos as emoções", finalizou Svärd.

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Estudo revela que os mesopotâmicos sentiam raiva nos pés e amor nos joelhos

Estudo sugere que as pessoas traídas pelos parceiros sofrem problemas de saúde a longo prazo.

Para boa parte das pessoas, ser traído pelo parceiro ou parceira dentro de um relacionamento é uma experiência um tanto traumática. Muita gente sente tanto sofrimento que chega a relatar a presença de uma dor física.Mas agora um novo estudo sugere que essa dor pode ir além do emocional. Ser vítima da infidelidade pode fazer com que você corra mais riscos de desenvolver problemas crônicos de saúde.<h2>A relação entre a traição e as doenças</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/13/13210207011014.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Descobrir uma traição pode provocar problemas de saúde a longo prazo. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Uma nova pesquisa afirma que as pessoas que vivenciaram a infidelidade correm mais risco de desenvolver problemas crônicos de saúde, que podem permanecer mesmo quando já estão em um relacionamento novo e positivo.Um estudo conduzido pelos pesquisadores Eunicia Hoy e Vincent Oh, da Universidade de Ciências Sociais de Cingapura, buscou investigar os efeitos a longo prazo da infidelidade na saúde. Eles analisaram dados de 2.579 adultos americanos retirados do estudo Midlife Development in the United States (MIDUS). A maior parte dos participantes era composta por pessoas cisgênero e heterossexuais.No questionário, os participantes eram perguntados se seus parceiros já haviam os traído. Em seguida, eles relatavam questões de saúde a longo prazo, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120947-enxaqueca-como-ela-pode-afetar-seu-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enxaqueca</a> crônica, distúrbios do sono e problemas pulmonares. Em outro ramo da pesquisa, coletou-se dados demográficos e informações sobre as redes de apoio familiar e de amigos destas pessoas.Ao analisar os resultados, os pesquisadores descobriram que as pessoas que sofreram infidelidade do parceiro estavam mais propensas a relatar <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127072-5-fatos-perturbadores-sobre-as-doencas-que-mais-matam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">problemas crônicos de saúde</a> do que aquelas que não passaram por isso.“A boa notícia é que os tamanhos de efeito entre infidelidade e saúde crônica estavam na faixa 'pequena'. Esses tamanhos de efeito ainda sugerem o potencial para danos duradouros com implicações práticas, mas, no mínimo, os efeitos não são extremamente grandes”, afirmou Vincent Oh em entrevista ao PsyPost.<h2>Ter amigos não ajuda a sofrer menos com a traição</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/13/13210249813016.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Nem sempre ter amigos diminui a dor da descoberta da traição. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Talvez o fato mais surpreendente constatado pela pesquisa é que ter uma rede forte de familiares e amigos não pareceu atenuar significativamente o sofrimento dos traídos. "Esperávamos descobrir que, talvez, outras fontes de apoio social reduziriam ao menos as associações crônicas de saúde de ser traído. Infelizmente, esse não foi o caso com base em nossas descobertas", complementou Oh.O estudo ainda sustenta a hipótese de que o sofrimento emocional que a infidelidade causa pode ter um efeito cascata na saúde física das pessoas. Outras evidências levantadas no estudo sugerem que pessoas casadas podem ter menos chance de desenvolver demência.Contudo, houve uma limitação no estudo: os participantes foram questionados apenas se já haviam sido traídos, sem fornecer nenhum outro detalhe sobre as circunstâncias. Ainda assim, a pesquisa traz uma base interessante para entender como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125316-pessoas-que-traem-nao-costumam-sentir-remorso-afirma-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">infidelidade</a> pode ser impactante de várias maneiras na vida de alguém.

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Traição amorosa pode levar a sérios problemas de saúde, diz a ciência

De acordo com o aplicativo de relacionamentos, muita gente está aproveitando as Olimpíadas para explorar o amor intercultural.

Olimpíadas, todo mundo sabe, não são sinônimo apenas de esportes, mas também de encontros amorosos e azaração para quem pode estar presente no país sede. Este ano, o aplicativo de relacionamentos Bumble registrou um aumento de 133% de pessoas que fazem menções a ‘<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/o-que-sao-as-marcas-pretas-nas-costas-dos-nadadores-nas-olimpiadas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jogos Olímpicos</a>’ nas suas biografias, mostrando que esse é um tema relevante para as conversas.E isso somente na França. O aplicativo também verificou que quase um quarto (23%) dos solteiros franceses com idades entre 18 e 34 anos devem estar ativos em aplicativos de relacionamento durante o período de duração dos jogos.<h2>Encontros na cidade do amor</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/07/07191610747397.jpg" alt="Muitos franceses aproveitaram os Jogos Olímpicos para procurar os seus dates. (Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Muitos franceses aproveitaram os Jogos Olímpicos para procurar os seus dates. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Paris é conhecida como "<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/veneza-mar-morto-e-7-lugares-que-vao-desaparecer-no-futuro-devido-as-mudancas-climaticas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a cidade do amor</a>", por conta de seus cenários românticos retratados em muitos filmes. E durante o mês de julho e agosto, esse espírito de romance se soma à paixão pelos jogos e pelas trocas culturais proporcionadas por eles.Outra pesquisa do Bumble revelou que 1 em cada 3 pessoas (33%) presentes no aplicativo está mais aberta a viajar e se relacionar com pessoas de fora de sua cidade atual. Ou seja, os pretendentes estão mais propensos a realizar encontros interculturais, seja online ou na chamada "vida real". De certa forma, pode-se dizer que as Olimpíadas abrem as pessoas para aquilo que é diferente.<h2>Como aproveitar melhor os dates que ocorrem para além-mar</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/07/07191726855400.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Os encontros interculturais estão em alta durante as Olimpíadas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Está no exterior e quer aproveitar um encontro com alguém estrangeiro? O Bumble fornece dicas do que é preciso cuidar para minimizar os choques culturais:<ul><li>Cuidado com os estereótipos. É comum que a gente acredite em alguns estereótipos relacionados às pessoas vindas de outros países. Mas esteja atento que essa percepção é generalista e faz com que seu date não seja encarado como um indivíduo. "É muito importante evitar os <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/85227-5-estereotipos-de-genero-que-ja-foram-vistos-de-maneiras-bem-diferentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estereótipos</a>. Certifique-se de tratar as pessoas como indivíduos e não como representantes de sua cultura. Também é importante entender que pessoas de outras culturas podem ter estilos de comunicação diferentes dos seus; algumas podem ser mais diretas, enquanto outras podem se comunicar de forma mais indireta", opina Chantelle Otten, que trabalha no Bumble como sexóloga.</li><li>Atenção ao consentimento. Muitas vezes, os contatos amorosos e mesmo sexuais ocorrem de maneiras peculiares nas culturas. Por isso, é importante esclarecer bem o significado das palavras e dos gestos para evitar passar por situações desagradáveis, ou causar constrangimento ao outro. "É importante reconhecer que através das culturas não só temos palavras diferentes, mas muitas vezes significados diferentes para palavras que parecem similares à primeira vista. Por isso, especialmente em intercâmbios interculturais, uma boa comunicação reside no significado claro e na intenção por trás das palavras, mais do que nas palavras em si. Então não hesite em pedir esclarecimentos se não entender algo muito bem", afirma Shan Boodram, especialista em sexo e relacionamentos do Bumble.</li><li>Comunique-se claramente sobre a sua sexualidade.&nbsp;Falar sobre sexo é fundamental, ainda mais quando há algumas possíveis barreiras trazidas pelo idioma. "Com o consentimento do parceiro, discutam como suas culturas moldam suas visões sobre o sexo para se compreenderem melhor. Aprenda sobre as normas culturais da outra pessoa para demonstrar empatia e respeito. Sempre busque um consentimento claro e afirmativo, e verifique regularmente o conforto mútuo", pontua Chantelle Otten.</li><li>Preze pela segurança.&nbsp;Se tiver a oportunidade de marcar um encontro em outro país, siga aquelas dicas básicas: marque o date primeiro em um local público, não revele o endereço de sua acomodação e informe um amigo, familiar ou o recepcionista do hotel sobre o seu paradeiro. E garanta também que a pessoa avisada esteja ciente do seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124986-por-que-os-cientistas-querem-criar-um-fuso-horario-lunar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fuso horário.</a></li></ul>&nbsp;

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Pessoas que citam as Olimpíadas no perfil de apps de namoro aumentam 133%

Aplicativos, como Glow e Wantalk, oferecem a oportunidade de você criar um parceiro(a) online que atenda suas necessidades e exigências.

Se a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127992-ia-generativa-esta-colaborando-na-disseminacao-de-fake-news.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inteligência artificial&nbsp;</a>pode gerar pinturas, músicas, histórias, códigos de programação, sites, novas teorias científicas e entre tantas outras coisas, por que não poderia fazer isso para criar um parceiro(a) ideal? Enquanto pessoas depositam sua fé em filtros inteligentes de aplicativos de namoro para conseguir encontrar a melhor combinação, jovens chinesas usam IA para conseguir um namorado perfeito.Até um tempo atrás, muitos poderiam considerar essa ideia perturbadora e desesperada, mas nos Estados Unidos da década de 1960 os jovens saíam nas noites de sexta ou sábado e se encontravam em esquinas específicas pelas cidades para conhecer alguém atraente e que combinasse o suficiente para iniciar uma conversa que poderia levar a um possível interesse romântico. Hoje, isso é visto como um risco absurdo.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/02/02144059092240.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A China sofre com questões demográficas que propiciam a solidão. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Foi-se o tempo que a cultura americana operava com base na noção falha de que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/poliamor-novo-estudo-faz-descobertas-surpreendentes-sobre-o-tema" rel="noopener noreferrer" target="_blank">namoro e o sexo&nbsp;</a>em qualquer fase da vida, mas, sobretudo, na adolescência, exigiam pouco incentivo.A verdade é que a tecnologia, sobretudo a inteligência artificial, não só contribuiu como aumentou a gama de novas oportunidades para encontrar parceiros românticos, sexuais ou fazer amizades. No entanto, ainda é muito difícil encontrar um par porque mudaram nossas atitudes gerais em relação ao namoro e aos relacionamentos. Segundo o psicólogo Eli Finkel, chegamos a um ponto de "autoevolução" em que procuramos tudo sobre nosso parceiro e que ele seja praticamente perfeito.<h2>O amor perfeito</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/02/02144237262243.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A inteligência artificial ainda não é muito regulamentada na China, que sofre com vazamentos de dados de usuários de alguns serviços. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Segundo uma funcionária de escritório de 25 anos, que mora em Xian, norte da China, em entrevista ao Japan Times, seu namorado gerado por inteligência artificial tem tudo o que poderia pedir em um parceiro romântico real: ele é gentil, empático e pode conversar por horas. Além disso, principalmente, ele sabe como falar com as mulheres melhor do que um homem feito de carne e osso.“Ele me conforta quando tenho dores menstruais. Eu confidencio a ele meus problemas no trabalho”, disse ela ao jornal.O namorado da entrevistada é um chatbot em um aplicativo chamado Glow, criado pela startup de Xangai MiniMax. Trata-se de uma indústria que cresce cada dia mais na China ao oferecer relações amigáveis – ou até românticas – <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/cybrothels-como-e-o-1-bordel-de-inteligencia-artificial-do-mundo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">entre humanos e robôs</a>. Apesar de algumas empresas chinesas de tecnologia terem se envolvido em escândalos no passado pelo uso ilegal de dados de usuários, publicações locais relataram milhares de downloads diários do aplicativo Glow nos últimos meses.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/02/02144322234245.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Chineses passam quase 4 horas do seu dia usando o celular. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os usuários dizem que vale a pena os riscos porque são movidos pelo desejo de companheirismo para balancear o ritmo de vida acelerado da China, que também sofre do mesmo isolamento urbano que provoca a<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/kodokushi-e-godoksa-as-mortes-solitarias-no-japao-e-na-coreia-do-sul" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;solidão da população no Japão e na Coreia do Sul</a>.“É difícil encontrar o namorado ideal na vida real” foram as palavras da entrevistada Wang Xiuting, uma estudante de 22 anos, que mora em Pequim. "As pessoas têm personalidades diferentes, o que muitas vezes gera atrito".O aplicativo Glow se adapta à personalidade do usuário, lembrando o que ele diz e ajustando sua fala de acordo. Dessa forma, ele se torna "perfeito".<h2>O confidente perfeito</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/02/02145709266256.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Em 2024, o mercado de inteligência artificial pode chegar a US$ 800 bilhões (R$ 4,5 trilhões). (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Mas as jovens chinesas que contam com a inteligência artificial para uma companhia nem sempre recorrem a ela em busca de um relacionamento amoroso. O aplicativo Wantalk, desenvolvido pela gigante de tecnologia Baidu, fornece uma gama de personagens disponíveis, de estrelas pop a cavaleiros da China Antiga, com a possibilidade de personalizá-los de acordo com idade, valores, identidade e hobbies.Alguns usuários recorrem ao Wantalk para afastar o fantasma da solidão e a falta de sorte de não ter amigo ou familiar por perto para ouvi-los quando passam por momentos difíceis. Eles fazem perguntas aos bonecos de IA e eles sugerem maneiras de resolver esse problema, um apoio emocional necessário para aliviar o estresse da vida diária.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/02/02145554107254.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>No mundo, os jovens gastam uma média de quase 40 horas por semana em seus celulares. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Quando questionada se preferia um homem gerado por IA ou uma pessoa real, Wang respondeu: "Se eu puder criar um personagem virtual que atende exatamente às minhas necessidades, não vou escolher uma pessoa real nunca".Ela parece não se importar que os aplicativos, apesar de muito realistas, ainda apresentem atrasos e problemas que descaracterizam a veracidade da coisa.&nbsp;No futuro, Wang espera que exista um namorado robô para ser capaz de sentir o calor do seu corpo. Por enquanto, a jovem está satisfeita em viver como no filme Her, estrelado por Joaquim Phoenix e Scarlett Johansson, sobre um homem de coração partido que se apaixona por uma voz de IA.

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Jovens chinesas recorrem à IA para conseguir um "namorado perfeito"

Pesquisa indica que, em média, uma pessoa faz sexo cerca de 52 vezes por ano.

As mulheres que fazem sexo menos de uma vez por semana podem ter mais probabilidade de morrer cedo do que aquelas que se envolvem em relações sexuais com maior frequência, é o que sugere um novo estudo feito nos Estados Unidos. Além disso, os pesquisadores também notaram que o sexo mais frequente reduz as chances de morte precoce em homens e mulheres com depressão.No artigo, os autores comentaram que a atividade sexual é importante para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103758-fique-esperto-12-curiosidades-relacionadas-com-doencas-cardiacas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">saúde cardiovascular</a> geral dos humanos, possivelmente devido à redução da variabilidade da frequência cardíaca e ao aumento do fluxo sanguíneo. “Usando as descobertas do nosso estudo, podemos inferir que a atividade sexual pode melhorar a perda de função que pode ocorrer com a idade e a progressão da doença”, disseram os investigadores.<h2>A importância da vida sexual</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/31/31190312903498.jpg" alt="Estudo sugere que maior frequência de atividade sexual traz benefícios para a saúde. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Estudo sugere que maior frequência de atividade sexual traz benefícios para a saúde. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Para chegar a qualquer conclusão, os pesquisadores analisaram dados de 14.542 indivíduos dos EUA registrados como parte de uma pesquisa nacional de saúde feita entre 2005 e 2010. No total, 2.267 participantes forneceram detalhes sobre suas vidas sexuais, com 94,4% deles afirmando terem relações pelo menos uma vez por mês. Além disso, 38,4% responderam fazer <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/6-mitos-sobre-o-sexo-que-voce-jura-que-sao-verdade" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sexo</a> mais de uma vez por semana.Estudos anteriores já indicavam que os norte-americanos médios faziam sexo 54 vezes por ano — o que se aproxima de uma vez por semana. Então, os pesquisadores decidiram classificar as pessoas entre aquelas com alta e baixa frequência sexual, dependendo se tinham relações acima ou abaixo dessa média.No geral, mulheres com baixa frequência sexual tinham 1,7 vezes mais probabilidade de morrer por qualquer causa até o final de 2015 do que aquelas com vidas sexuais mais agitadas. Apesar de não encontrar a mesma resposta em homens, os pesquisadores ficaram surpresos ao observar que a relação sexual parecia ter um efeito direto no impacto da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122908-depressao-conheca-os-6-tipos-mais-comuns-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depressão</a> para a saúde de ambos os sexos.<h2>Efeitos benéficos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/31/31190355063499.jpg" alt="Segundo pesquisadores, relações sexuais poderiam ajudar em casos de depressão em ambos os sexos. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Segundo pesquisadores, relações sexuais poderiam ajudar em casos de depressão em ambos os sexos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Mesmo após ajustar fatores de risco, como obesidade, idade avançada e status socioeconômico, os autores chegaram a conclusão de que pessoas que sofriam de pressão tinham cerca de três vezes mais probabilidade de morrer durante um período de baixa frequência sexual.Contudo, é importante destacar: o estudo não conseguiu definir uma relação de causalidade entre os fatos, embora trabalhos anteriores tenham mostrado que as pessoas tendem a experimentar melhor humor e um maior senso de propósito de vida no dia seguinte à relação sexual — o que contribuiria para casos de depressão.<ul><li><a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/402253-cupom-netshoes-pegue-os-melhores-descontos-aqui.htm?ab=true&amp;">Aproveite o cupom Netshoes e garanta as melhores roupas com desconto!</a>&nbsp;</li></ul>De modo geral, os autores não chegaram a anunciar que fazer sexo uma vez por semana pode salvar a sua vida. Porém, os dados mostram que certamente tal atividade não irá atrapalhar o bem-estar.&nbsp;

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Falta de sexo pode ser mortal, sugere estudo

Dezenas de capelas em Las Vegas oferecem cerimônias de matrimônio celebradas por sósias do Rei do Rock.

Que Elvis Presley é o Rei do Rock é algo que todo mundo já sabe. Mas, além disso, Elvis segue vivo como o Rei do Casamento em Las Vegas.&nbsp;Na famosa cidade do estado americano de Nevada, ele está presente em muitas capelas nas quais as pessoas vão em busca de um casamento rápido, divertido, e que muitas vezes nem tem validade legal. A história dessa tradição remonta ao próprio casamento de Elvis.<h2>Como Elvis se tornou o rei dos casamentos temáticos em Las Vegas?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/25/25184341145026.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Elvis Presley casou com sua amada Priscilla em Las Vegas, em 1967. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O primeiro casamento temático com <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122414-e-verdade-que-elvis-presley-se-apropriou-da-musica-de-artistas-negros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Elvis Presley</a> ocorreu pela primeira vez em Las Vegas em 1977 – logo após o cantor ter morrido, no dia 16 de agosto. Ou seja, mesmo que ele mesmo nunca tenha celebrado bodas de alguém em Vegas, ele se tornou a marca de toda uma indústria que segue viva e pulsante.Mas, na verdade, essa tradição começou dez anos antes. Em uma noite de 1967, Elvis bateu na porta da Gretna Green Wedding Chapel, em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120100-povo-toupeira-as-pessoas-que-moram-nos-esgotos-de-las-vegas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Las Vegas</a>. Ele estava em busca de um local para se casar com a sua namorada, a bela Priscilla. O gerente, ele mesmo um grande fã de Elvis, quase não acreditava.O cantor ficou um pouco decepcionado pelo tamanho do local e mudou de ideia. O gerente então propôs mudar o nome da capela para Graceland Wedding Chapel, o que conquistou de vez o coração do rei. Quando Elvis morreu, o dono do local seguiu com o nome e lucrando com a lenda.Foi a recém-criada Graceland Wedding Chapel, aliás, que recebeu Carl “Cheesie” Nelson, um imitador de Elvis. Ele foi o primeiro sósia a desempenhar a função de juiz de paz na famosa Sin City. Logo, outras capelas seguiram o exemplo. Hoje, dezenas delas oferecem casamentos temáticos onde um Elvis pode celebrar a cerimônia.<h2>As capelas temáticas em Sin City</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/25/25183950572021.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Há dezenas de capelas em Las Vegas que oferecem casamentos celebrados por sósias de Elvis Presley. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Cada capela tem seu diferencial. Em algumas delas, o Elvis presente se veste com um macacão branco com gola alta, representando a fase mais decadente do músico. Em outras, Elvis está mais jovem, elegante e com grandes <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122277-espartilho-de-opressao-a-simbolo-de-empoderamento-feminino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">costeletas</a>. Há também os imitadores que são músicos e fazem um show particular.O que não pode é não ter carisma. Um dos imitadores mais famosos é Chad Collins, que venceu o Ultimate Elvis Tribute Artist Contest em 2013. Ele diz que o que diferencia um bom sósia do ruim é personalidade magnética. "Há muitos ruins e muito poucos bons. Não deixe que um imitador ruim de Elvis influencie sua opinião sobre todos os imitadores de Elvis", declarou ao Atlas Obscura.A tradição "casamenteira" de Las Vegas começou ainda na década de 1930. Tantas pessoas já se casaram na cidade que ela foi declarada a Capital Mundial do Casamento. Hoje, cerca de 80 mil casais trocam alianças lá a cada ano – o que inclui celebridades como Frank Sinatra, <a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/214818-britney-spears-chorou-2-semanas-saber-documentario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Britney Spears,</a> Jennifer Lopez e o próprio Elvis.&nbsp;Dentro desse bolo, os casamentos feitos pelos imitadores de Elvis correspondem a uma boa parte do todo. E não é tão caro assim optar por esse serviço: na Graceland Wedding Chapel, por exemplo, a cerimônia de Elvis mais comum tem direito ao rei cantando três músicas de seu repertório por US$ 329. Esse valor inclui serviço de limusine de ida e volta, fotografia profissional e uma cópia da certidão de casamento de Elvis e Priscilla.Há, claro, os pacotes mais sofisticados. No Blue Hawaii, Elvis vai cantar três músicas tropicais e colocar colares de seda no casal. Já no Famous Dueling Elvis Package, o casamento é realizado por um jovem Elvis enfeitado com traje de lamê dourado e outro mais velho em um macacão dos anos 1970.Mas vale saber que a maioria das cerimônias realizadas em capelas como Graceland não são casamentos legais. De acordo com Rod Musum, que é gerente geral da Graceland Wedding Chapel, a maior parte dos casais vai para lá para renovar seus votos. Mesmo assim, certamente é uma experiência bem divertida.

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Como Elvis Presley se tornou o rei dos casamentos em Las Vegas?

A linguagem pajubá é um dos elementos mais importantes da cultura LGBTQIAPN+.

Você já ouviu falar do pajubá? Pois saiba que essa língua já foi até tema de questão do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121059-o-tema-do-enem-e-previsivel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Enem</a> em 2018. Trata-se uma linguagem específica compartilhada entre os membros da comunidade LGBTQIAPN+, e que assim podem fazer uso de expressões que as pessoas "de fora" nem sempre compreendem.O mais interessante é que o pajubá tem uma origem bastante rica, misturando palavras do português com termos com origem africana no nagô e no iorubá, além de apropriações linguísticas vindas de vários lugares.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/o-que-representa-cada-cor-da-bandeira-lgbtqiapn" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que representa cada cor da bandeira LGBTQIAPN+?</a></li></ul><h2>Entendendo a fundo o pajubá</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20201524276003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Os termos do pajubá derivam, em boa parte, de dialetos africanos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O pajubá (às vezes chamado também de bajubá) tem sido frequentemente estudado pela academia. O professor da UFOB Carlos Henrique Lucas Lima, que é autor do livro Linguagens pajubeyras: re(ex)sistência cultural e subversão da heteronormatividade, explicou assim à revista Superinteressante: trata-se de um “repertório vocabular e performativo de certa parcela da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais)”.Os termos usados nessa linguagem surgem nos dialetos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121864-afinal-de-contas-o-que-e-exu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nagô e iorubá</a>, falados em países da África Ocidental, e que chegaram ao Brasil por meio de africanos escravizados. Uma característica interessante do pajubá é que ele é relativamente compartilhado entre pessoas de todo o país, com poucas variações regionais.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120186-a-revolta-de-stonewall-e-o-inicio-do-movimento-lgbtqia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A Revolta de Stonewall e o início do movimento LGBTQIA+</a></li></ul>Dentre as características do pajubá, estão, além do uso de palavras africanas (como "aqué" para dinheiro ou "erê" para criança), a criação de gírias com nomes femininos e que até fazem referências a mulheres importantes da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123552-conheca-o-site-que-mapeia-memorias-de-pessoas-da-comunidade-lgbtqia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comunidade queer</a>. "Dar a Elza", por exemplo, significa roubar, e "Irene" indica uma pessoa mais velha.Outro fato bem curioso é que há até um dicionário de pajubá, e que foi nomeado de forma debochada: ele se chama "A Dicionária da Língua Afiada", foi escrito por Angelo Vip e Fred Libi e conta com 1.300 verbetes usados dentro do universo gay.<h2>Por que criar um idioma próprio?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20201426120001.jpg" alt="O pajubá se manifesta como forma de resistência e existência da comunidade LGBTQIA+. (Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>O pajubá se manifesta como forma de resistência e existência da comunidade LGBTQIA+. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Uma questão talvez possível aqui, e que certamente é uma dúvida entre algumas pessoas, é a razão pela qual a comunidade queer compartilha um dialeto específico. O pesquisador Carlos Henrique Lucas Lima afirma que o pajubá possui uma função importante: a de criar uma identidade comunitária entre os membros desse grupo.Os termos e expressões compartilhados nessa língua também servem para posicionar a luta da comunidade, atacando questões morais e visões conservadoras. "Há no pajubá uma infinidade de palavras e expressões para se referir ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/6-mitos-sobre-o-sexo-que-voce-jura-que-sao-verdade" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sexo</a> e, de modo mais específico, ao sexo não heterossexual, como 'fazer a chuca' e 'acuendar a neca', que significam, respectivamente, realizar uma limpeza anal e acomodar/ esconder o pênis", lembra o pesquisador.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122093-5-fatos-historicos-sobre-o-mes-do-orgulho-lgbtqia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 fatos históricos sobre o mês do orgulho LGBTQIA+</a></li></ul>Flip Couto e Neon Cunha, dois nomes importantes dentro da comunidade LGBTQIA+, afirmam que o pajubá se apresentou ao longo do tempo não apenas como uma forma de resistência (a partir do uso de termos que só os membros entendiam), mas também de existência. “Essa comunidade criou ferramentas para, através da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124876-e-possivel-pensar-sem-utilizar-uma-linguagem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">linguagem</a>, criar um senso de pertencimento. É um campo para dizer que é nosso. A gente pode conversar sobre o que quiser no metrô, no ônibus, na rua e vamos nos entender. É criar um mundo dentro do mundo”, explicou Couto em revista à revista Trip.Esta visão é reforçada pela professora Silvana Nascimento, do departamento de Antropologia da USP, que destaca a importância de um dialeto para a criação de uma noção de cultura compartilhada. "De um lado, pode ser usado como proteção por meio de inspirações das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120874-vale-do-amanhecer-a-religiao-que-mistura-espiritismo-e-aliens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">religiões de matriz africana,</a> que são uma das poucas que incluem pessoas trans e travestis sem julgamentos morais ou preconceitos. De outro, é uma forma de afirmação identitária entre coletivos que são continuamente marginalizados e violentados", afirmou em entrevista concedida para a Trip.

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O que é o pajubá, a linguagem criada pela comunidade LGBTQIAPN+

Criada como um símbolo para a diversidade, bandeira tem evoluído com o tempo e se tornado cada vez mais inclusiva. 

Junho chegou, e com ele uma explosão de cores nas ruas, vitrines e redes sociais. Este mês, conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122093-5-fatos-historicos-sobre-o-mes-do-orgulho-lgbtqia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mês do Orgulho LGBTQIAP+</a>, celebra a diversidade e a inclusão, tendo como símbolo principal a icônica Bandeira do Orgulho Gay. Mas você já se perguntou o que cada cor dessa bandeira representa?&nbsp;A Bandeira do Arco-íris foi criada em 1978 por Gilbert Baker para ser um símbolo inspirador e facilmente reconhecível, promovendo visibilidade e orgulho LGBTQIAP+ em um momento crucial de luta por direitos.&nbsp;Baker, que era um artista e ativista, queria proporcionar à comunidade um emblema positivo e unificador, que celebrasse a diversidade e inclusão, transmitindo esperança e libertação para todos.<h2 style="text-align:justify;">Mar de cores</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/14/14131909820052.jpg" alt="Gilbert Baker, criador da bandeira original. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Gilbert Baker, criador da bandeira original. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121713-a-bandeira-da-china-e-sua-evolucao-com-o-passar-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bandeira</a> original, Baker usou oito listras de cores diferentes, sendo elas: rosa, vermelho, laranja, amarelo, verde, turquesa, índigo e violeta. Com o tempo, as listras rosa e turquesa foram removidas devido a dificuldades na produção, resultando na bandeira de seis cores que conhecemos hoje, cada uma contendo um significado.<ul><li style="text-align:justify;">O vermelho simboliza a vida, evocando a vitalidade do sangue que corre em nossas veias. É uma cor de paixão e energia, essencial para qualquer movimento de resistência e celebração da vida.&nbsp;</li><li style="text-align:justify;">O laranja é a cor da cura, trazendo um toque de diversão e celebração, fundamentais para o bem-estar emocional.&nbsp;</li><li style="text-align:justify;">O amarelo representa a luz do Sol, uma fonte de energia, clareza e inspiração para novas ideias.&nbsp;</li><li style="text-align:justify;">O verde, uma cor onipresente na natureza, simboliza o crescimento, a renovação e a conexão com o meio ambiente.&nbsp;</li><li style="text-align:justify;">O azul (originalmente índigo) é a cor da serenidade, promovendo calma e paz de espírito.&nbsp;</li><li style="text-align:justify;">Finalmente, o violeta representa o espírito, uma cor que <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125328-crossfit-espiritual-saiba-o-que-e-o-mahamudra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conecta o físico ao espiritual</a>, simbolizando a união e a harmonia.</li></ul>Como já se sabe, a bandeira de seis listras tornou-se um símbolo global da comunidade queer, mas a história não termina aí.<h2 style="text-align:justify;">Evolução do símbolo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/14/14132143505053.jpg" alt="Hoje existem várias bandeiras representativas. (Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>Hoje existem várias bandeiras representativas de grupos invisibilizados pela sociedade. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 2018, o artista e designer americano Daniel Quasar introduziu a Bandeira do Orgulho do Progresso, uma atualização que visa maior inclusão. Este novo design adicionou uma seta com listras pretas e marrons para representar pessoas de cor&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/6-curiosidades-sobre-animais-com-relacionamentos-queer-na-natureza" rel="noopener noreferrer" target="_blank">queer</a>&nbsp;e aqueles que vivem com HIV/AIDS ou que morreram devido à doença.As listras azul-claro, rosa e branca foram incluídas para honrar a comunidade transgênero e não binária,&nbsp;homenageando a bandeira transgênero da escritora e veterana da marinha americana Monica Helms, criada em 1999.Vale destacar que esse design não substitui a bandeira de seis listras, mas a complementa. A ideia vai além de celebrar a diversidade; é uma chamada poderosa para a luta contínua por inclusão e igualdade.A evolução da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122006-como-a-bandeira-de-arco-iris-virou-simbolo-da-comunidade-lgbtqia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bandeira Arco-íris</a> reflete a própria evolução da comunidade LGBTQIAP+. O arco-íris é um símbolo de esperança, diversidade e união, mas as cores adicionais da bandeira do progresso lembram-nos que a luta por igualdade e aceitação é contínua. Cada cor da bandeira, seja a original ou a atualizada, carrega um significado profundo e uma história de resistência, celebração e amor.

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O que representa cada cor da bandeira LGBTQIAPN+?

Devido a um propósito comercial, o Dia dos Namorados no Brasil também é o dia do santo dos solitários e eremitas.

No Brasil, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122161-dia-dos-namorados-quel-e-o-papel-do-cerebro-no-amor-e-na-paixao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dia dos Namorados</a> é comemorado em 12 de junho, uma data marcada por trocas de presentes, jantares românticos e muita celebração entre casais apaixonados. Curiosamente, enquanto o mundo celebra o amor no Dia de São Valentim, em 14 de fevereiro, a versão brasileira dessa data carrega uma contradição histórica fascinante: é também o dia de Santo Onofre, o padroeiro dos solitários.O Dia dos Namorados brasileiro, criado em 1949 pelo publicitário João Doria a pedido da Associação Comercial de São Paulo, foi uma estratégia para aquecer as vendas no mês de junho, tradicionalmente mais fraco para o comércio. A data foi colocada na véspera do dia de Santo Antônio, o popular santo casamenteiro, numa tentativa de associar o namoro ao prelúdio do casamento.&nbsp;No entanto, essa escolha acabou inadvertidamente se sobrepondo ao dia de Santo Onofre, um santo que viveu uma vida diametralmente oposta ao espírito do Dia dos Namorados.<h2 style="text-align:justify;">O santo dos solitários</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/13/13102920748046.jpg" alt="Santo Onofre, um eremita em busca de iluminação. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)"><figcaption>Santo Onofre, um eremita em busca de iluminação. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Santo Onofre, cuja memória é celebrada em 12 de junho, foi um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119727-eremita-servio-sai-de-isolamento-de-15-anos-para-tomar-vacina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eremita</a> que viveu no deserto da Tebaida, no Egito, por cerca de 60 anos, sem contato com qualquer outra pessoa. Sua vida de isolamento extremo, dedicada à castidade e à meditação, foi registrada por São Pafúncio, um abade que o encontrou no deserto.Onofre é descrito como um homem de longa barba e cabelos, vestido apenas com folhas, vivendo numa gruta e se alimentando de tâmaras e do pouco que a natureza lhe oferecia.A história de Santo Onofre se torna ainda mais intrigante quando se considera a devoção popular que se formou em torno de sua figura. Embora não existam provas concretas de sua existência além dos relatos de Pafúncio e sua inscrição no Martirológio Romano, Onofre se tornou um símbolo de fé e resistência espiritual.&nbsp;Ele é venerado tanto na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122362-catedral-paroquia-basilica-como-e-a-estrutura-da-igreja-catolica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Igreja Católica</a> quanto nas Igrejas Orientais, e sua figura foi trazida ao Brasil pelos colonizadores, integrando-se à religiosidade popular através do sincretismo.<h2 style="text-align:justify;">Em busca de propósito</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/13/13102806517045.jpg" alt="Santo Onofre em sua penitência. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)"><figcaption>Santo Onofre em sua penitência. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)&nbsp;</figcaption></figure></figure>A dualidade do Dia dos Namorados no Brasil, que celebra o amor romântico e, ao mesmo tempo, homenageia o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122567-5-santos-que-voce-talvez-nao-conheca-e-de-quem-sao-padroeiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">padroeiro</a> dos solitários, oferece uma perspectiva interessante sobre a diversidade da devoção e da experiência humana.&nbsp;Enquanto os casais comemoram sua união, aqueles que estão solteiros, por escolha ou circunstância, também têm um motivo para celebrar em Santo Onofre. Ele representa a busca solitária por um propósito maior, a resistência às tentações mundanas e a conexão espiritual profunda.Essa peculiaridade histórica reflete uma lógica interessante apontada pelo historiador Luiz Antônio Simas em entrevista à BBC. Segundo ele, o Dia dos Namorados no Brasil nunca poderia ser associado a São Valentim devido à falta de popularidade do santo no país e à incompatibilidade sazonal com o hemisfério norte.&nbsp;Além disso, o mês de junho precisava de um incentivo comercial, e a ligação com <a href="https://www.megacurioso.com.br/supersticoes/36859-mas-afinal-por-que-santo-antonio-e-considerado-casamenteiro-.htm?fb_comment_id=117832541720494_104728" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Santo Antônio</a> foi uma jogada estratégica, embora desavisada quanto à coincidência com Santo Onofre.Portanto, se você está solteiro no Dia dos Namorados, lembre-se de que essa data também é sua. Santo Onofre, com sua vida dedicada à solidão e à meditação, nos lembra que há valor e propósito na jornada individual.

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Santo Onofre: no Dia dos Namorados, o santo celebrado é o padroeiro dos solitários

Apesar do romantismo que recheia as séries que retratam esse período, os relacionamentos eram encarados como um negócio de família.

O quanto de romantismo impregnava nas relações amorosas em meados do século XIX? Bem menos do que imaginamos, mas isso não impediu que as representações desse período fossem coloridas com muita paixão, a exemplo da <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/283045-3-temporada-bridgerton-chega-netflix-veja-nota-lista-episodios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">série Bridgerton, que chega à sua terceira temporada</a>.Os 6 fatos que selecionamos abaixo tiram um pouco dessa idealização, mas por outro lado, mostram como realmente floresciam os relacionamentos da Inglaterra do passado.<h2>1. Casamento como um negócio de família</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/16/16222658890000.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O casamento era encarado como uma forma de estreitar relações entre famílias. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Um negócio de família: era mais ou menos dessa forma que os casamentos eram encarados séculos atrás. E a preparação começava antes de conhecer a pessoa ideal. Moças, desde jovens, eram educadas para serem consideradas especiais.Isso valia para quem crescia dentro da elite e buscava manter sua posição, mas era levado mais a sério ainda para famílias que buscavam ascender. Obter um casamento vantajoso era encarado como sinônimo de segurança, e por sua vez, de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105740-as-9-dicas-para-a-felicidade-eterna-de-acordo-com-um-psiquiatra-russo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">felicidade</a>. Ainda hoje a validade dessa mentalidade é discutida, o que reforça o seu caráter universal.<h2>2. Relações da era Bridgerton eram construídas pela família</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/07/07171924668279.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>As primeiras impressões eram levadas a sério na construção dos relacionamentos antigos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Assim que cresciam, as moças deviam ser apresentadas à sociedade, o que podia ser feito por meio de bailes e jantares. Esse ritual, na verdade, indicava que a jovem estava pronta para encontrar seu pretendente. Para isso, mil e detalhes eram considerados, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/luxo/76142-o-vestido-de-baile-mais-caro-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vestido</a> e o penteado que seria usado no dia do evento. E a família servia como uma ponte para estabelecer essas relações amorosas.As jovens mais românticas, naturalmente, esperavam encontrar alguém que fizesse seu coração bater mais forte. Nos bailes, por exemplo, era esperado que as moças tivessem a oportunidade de dançar com vários rapazes diferentes. O ideal seria que trocassem de par, mas sem rejeitar os convites eventualmente recebidos.<h2>3. O relacionamento amoroso se dava em etapas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/16/16223150245001.jpg" alt="A dança servia como caminho para estreitar relações. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A dança estimulava a interação entre os jovens. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>E se hoje as sutilezas ainda são consideradas, naquele período, isso era mais forte ainda. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124145-o-que-realmente-nos-faz-dancar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dança era mais do que diversão</a>, era uma forma de conhecer o próximo, tanto pelo toque, quanto pelo modo de se portar. Mesmo as saudações e os olhares tinham um valor bastante especial. Fato é que, diferente das representações desse período, os acontecimentos se desdobravam de forma pouco espontânea.Como amostra disso, a partir dessas primeiras etapas de socialização, o homem tinha a sua vez de agir e de tornar as suas intenções mais claras. Somente então poderia surgir um novo convite para dançar, sendo sucedido por visitas rápidas na casa da amada devidamente supervisionadas mais adiante. Mas nem sempre era esse o caminho que acabava se desenhando.<h2>4. O relacionamento era acompanhado de perto pela sociedade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/16/16223839789002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Durante a era Bridgerton, cartas eram trocadas entre casais antes do relacionamento se tornar mais sólido. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>As famílias eram muito mais absorvidas pelo relacionamento do que vemos hoje, conferindo um caráter público à relação. Caso o pretendente tivesse uma boa criação e boas condições de vida, ele facilmente teria permissão concedida para namorar. Do contrário, a família acabaria costurando um relacionamento com alguém que considerasse mais apropriado.Quanto ao casal, na impossibilidade de passarem tempos sozinhos juntos, as cartas eram trocadas, o que também nos leva à <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121797-o-que-e-ser-romantico-de-acordo-com-a-literatura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">visão romântica</a> dos relacionamentos desse período. Mas, na prática, elas ajudavam os casais a se conhecerem melhor. Para aqueles que estavam distantes, as correspondências eram a única forma de contato até que o relacionamento se tornasse mais sólido.Importante destacar que as intenções declaradas eram levadas bastante a sério. Se um homem abandonasse sua pretendente, por exemplo, a sociedade encararia tal fato com horror. O mesmo valia quanto a avançar em um casamento sem o devido consentimento. E esse tipo de escândalo dificilmente seria esquecido, o que de certa forma evitava que se tornasse recorrente.<h2>5. O casamento deveria ser realizado o quanto antes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/07/07173752114292.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>As mulheres dependiam do consentimento da família para iniciar um relacionamento. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Não havia um tempo específico para o namoro perdurar, no entanto, durante a era Bridgerton, as moças não deviam se casar muito depois dos 24 anos. E a família da jovem poderia intervir no relacionamento se o pedido não fosse realizado dentro do tempo esperado.Esse pedido, diga-se de passagem, deveria ser feito primeiro ao pai da jovem. E uma vez aceito, a negociação teria início. Tudo isso para que um acordo que estipulasse detalhes sobre herança e definição das propriedades da família fosse firmado. Alguns relacionamentos chegavam a avançar mais uma etapa antes do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121797-o-que-e-ser-romantico-de-acordo-com-a-literatura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">casamento</a>. Por isso, muitas moças chegavam ao altar já grávidas.<h2>6. Nem todos concordavam com essa forma de estabelecer relações</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/16/16224219746003.jpg" alt="As personagens de Jane Austen mostram como nem todos gostavam de seguir a regra do jogo dos relacionamentos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>s personagens de Jane Austen, mostram como nem todos gostavam de seguir a regra do jogo dos relacionamentos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Naturalmente, havia quem criticasse essa fixação em um relacionamento financeiramente vantajoso, ou no próprio romantismo exacerbado, como mostram as heroínas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122002-jane-austen-6-fatos-surpreendentes-sobre-a-autora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jane Austen</a>, passando da mais famosa, Elizabeth Bennet, de&nbsp;Orgulho e Preconceito, até Elinor Dashwood, de Razão e Sensibilidade —&nbsp;retratadas em um período anterior ao da era Bridgerton.Mas mesmo essas personagens mais racionais tinham a sua cota de sensibilidade. E se por um lado elas eram observadoras atentas da sociedade e criticavam aquilo que ela tinha de mais absurdo, por outro, elas também valorizavam um <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/99814-5-sinais-de-que-um-relacionamento-vai-ser-duradouro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">relacionamento duradouro</a> e bem construído.Por fim, cabe destacar que muitos casamentos daquele período foram consumados sem amor. Em alguns casos, o sentimento floresceu com o passar do tempo. Mas quem optou por não se arriscar nesse negócio, por sua vez, teve de sobreviver em uma sociedade que reduzia o valor daquele que escolhia seguir só. E para isso, era necessário ter recursos.

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