Saúde/bem-estar
18/07/2017 às 07:22•2 min de leitura
Infelizmente, apesar de todas as campanhas e esforços focados em promover a doação de órgãos, a verdade é que há muito mais pessoas aguardando nas listas de transplantes do que órgãos e disponíveis. Portanto, não é à toa que existem tantos cientistas pelo mundo tentando encontrar formas de produzir tecidos biocompatíveis em laboratório para suprir a demanda e poder salvar milhares de vidas.
A última novidade nesse sentido foi apresentada por um time de pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíça, e se trata de coração artificial que foi criado por meio de uma impressora 3D e que funciona igualzinho a um coração humano. Dê uma olhada no órgão em funcionamento no vídeo a seguir:
De acordo com Dom Galeon, do site Futurism, o órgão foi criado a partir de um único bloco de silicone e conta com uma complexa estrutura interna que inclui os dois ventrículos — esquerdo e direito —, mecanismos para bombear o sangue e uma câmara adicional que funciona como os músculos cardíacos.
Segundo as informações do vídeo acima, o coração artificial pesa cerca de 390 gramas e conta mais ou menos com as mesmas dimensões de um órgão original, o que representa uma vantagem com relação a outros corações artificiais desenvolvidos anteriormente — que são mais volumosos e nem sempre se integram muito bem aos demais tecidos humanos.
(Instituto Federal de Tecnologia de Zurique)
Durante os testes realizados com o órgão de silicone, os cientistas demonstraram que ele praticamente é capaz de desempenhar todas as funções de um coração de verdade. O único “probleminha” que os pesquisadores terão que solucionar antes de o dispositivo possa ser testado clinicamente é que o material tem duração limitada e só suporta realizar por volta de 3 mil batimentos — ou o equivalente a, em média, 30 minutos de atividade cardíaca.
Por outro lado, depois que os cientistas encontrarem uma forma de solucionar esse percalço e superarem esse desafio, o coração de silicone pode, potencialmente, melhorar a qualidade de vida e até salvar milhões de pessoas em todo o mundo que padecem de cardiopatias.