Ciência
19/02/2019 às 11:01•1 min de leitura
De repente, em uma manhã qualquer, você entra no elevador e sente o cheiro forte do perfume de outra pessoa que entrou logo depois de você. O elevador eventualmente chega ao destino, os ocupantes saem, você vai para o trabalho e, horas depois, percebe que aquele perfume, quer você tenha gostado dele ou não, simplesmente ficou grudado em seu nariz.
Infelizmente, como o mundo não é sempre gentil com a nossa natureza, os cheiros que mais ficam impregnados em nossas roupas, cabelos e narinas são aqueles que não gostamos, como os de fumaça, e quem já foi a uma festa com muitos fumantes sabe bem do que estamos falando.
A relação entre seres humanos e os cheiros de todo dia é tão intensa que nosso cérebro consegue recriar cheiros por meio da memória – então se um dia você chegou a sentir o cheiro daquele bolo de milho que a sua avó fazia quando você era criança, fique tranquilo que não se trata de loucura: é só seu cérebro mostrando que trabalha bem com o seu sistema olfativo.
Alan Hirsch, da Smell & Taste Research Foundation, explicou, em declaração publicada no Reader’s Digest, que “os odores induzem circuitos reverberantes que podem persistir mesmo após você se afastar do cheiro”. Seguindo essa mesma lógica, ele nos aconselha a apostar em cheiros fortes agradáveis quando a ideia é tirar do nariz algum cheiro ruim – hortelã é uma ótima pedida.
Em alguns casos, cheiros que grudam no nariz podem indicar alguns distúrbios como a parosmia, que muda a forma como uma pessoa percebe um cheiro, acreditando que um odor particular está grudado em suas narinas.
Outro distúrbio é a phantosmia, que faz com que a pessoa sinta cheiros que não estão presentes no ambiente, mas sim que são totalmente criados pelo cérebro. O lado oposto também existe, e quem simplesmente não consegue detectar odor algum tem uma condição chamada anosmia.