Saiba quais são as principais causas de morte pelo mundo

19/09/2017 às 14:012 min de leitura

Se você tivesse que chutar qual é a principal causa de morte pelo mundo, qual seria o seu palpite? O câncer? Complicações provocadas pela desnutrição? Os acidentes de trânsito? Pois, de acordo com Rachael Rettner, do site Live Science, um relatório divulgado pela The Lancet, uma prestigiosa revista científica de medicina, revelou essa informação e uma porção de dados mais sobre como anda a expectativa de vida e a saúde pelo mundo.

Levantamento interessante

Segundo Rachael, as estimativas revelaram que foram registradas 54,7 milhões de mortes no mundo só no ano de 2016 e, dessas, 72,3% aconteceram por causas “não comunicáveis”, isto é, por problemas de saúde que não são transmitidos de uma pessoa para outra, como é o caso de condições cardiovasculares.

Aliás, a principal causa de morte no mundo em 2016 foi a doença arterial coronariana, com quase 9,5 milhões de fatalidades registradas no ano passado — representando um aumento de 19% nos casos desde 2006. O diabetes também matou bastante gente, 1,4 milhão de pessoas, e foi uma causa de morte que sofreu um incremento de 31% nos últimos 10 anos.

Uma árvore em um cemitério(Unsplash/Ashim D’Silva)

O relatório apontou ainda que cerca de 19% das mortes registradas em 2016 foram causadas por doenças comunicáveis, por problemas transmitidos pela mãe durante a gestação, por condições transmitidas logo após o nascimento e resultantes de deficiências nutricionais. Ademais, 8% das fatalidades totais foram causadas por acidentes e ferimentos.

Ainda sobre as mortes causadas por doenças comunicáveis, transmitidas pela mãe na gestação, logo após o nascimento e resultantes de deficiências nutricionais, a estimativa apontou uma queda de quase 24% entre 2006 e 2016.

Outro dado importante revelado pelo levantamento é que as mortes entre crianças com menos de cinco anos de idade sofreram um declínio significativo, ficando abaixo de 5 milhões de fatalidades pela primeira vez na era moderna. Além disso, o número de vítimas de HIV/aids entre crianças e adultos caiu (46% nos últimos 10 anos), assim como as mortes provocadas pela malária (26% desde 2006).

Vida longa

Com relação à expectativa de vida média global, hoje ela é de 72,5 anos de idade — ou de 75,3 anos para mulheres e de 69,8 anos para os homens —, o que representa um aumento significativo quando comparado à expectativa de vida média registrada em 1990, que era de 65,1 anos de idade, ou com a de 1970, que era de 58,4 anos apenas.

Lápides em um cemitério(Unsplash/Simeon Muller)

Sobre o país com a maior expectativa de vida do mundo, não temos grandes surpresas: o Japão ficou com o primeiro lugar, com uma idade média de 83,9 anos. Já a nação com a menor média no planeta é a República Centro-Africana, onde a expectativa de vida média é de 50,2 anos de idade.

A análise dos dados apontou também que o número de mortes relacionadas com conflitos e com o terrorismo sofreu um aumento de 143% nos últimos 10 anos, somando 150,5 mil em 2016. Segundo o relatório, esse incremento se deve às tensões registradas principalmente no Oriente Médio e norte da África. Ademais, o levantamento revelou que 1,1 bilhão de pessoas no mundo vive com algum tipo de distúrbio mental ou de problema com o uso de drogas.

Os responsáveis por elaborar o relatório concluíram que as pessoas estão vivendo mais e que nos últimos 10 anos, avanços na área da saúde permitiram que o número de fatalidades provocadas por determinadas doenças e condições fosse controlado. Por outro lado, apesar desse progresso, o mundo ainda sofre com uma variedade de problemas, como a obesidade, a violência, o abuso de drogas e condições mentais.

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