
Ciência
27/03/2021 às 03:00•2 min de leitura
A Semana Santa já está chegando, tendo seu início no dia 28 de março — o Domingo de Ramos — e terminando no dia 4 de abril — o Domingo de Páscoa. A grande tradição deste período, por uma série de motivos religiosos, é preparar pratos à base de peixes e o mais utilizado nesta época é, sem dúvida, o bacalhau.
Conhecido no mundo inteiro, o bacalhau é considerado um alimento de grande versatilidade gastronômica, com sabor marcante, de fácil digestão e que contém inúmeras propriedades. O Gadus morhua — seu nome científico — é a espécie mais famosa aqui no nosso país, sendo também conhecida como Bacalhau do Porto.
O prato mais comum entre os brasileiros com certeza é a bacalhoada, uma refeição muito saborosa com diversos ingredientes, como batata, cebola, pimentão, pimenta, ervas finas, azeitonas e muito azeite. Há outras receitas feitas com bacalhau, como bolinhos fritos, saladas e ensopados.
Mas há uma coisa muito importante a fazer sempre que vamos preparar o bacalhau: não esquecer do processo de dessalgue para não haver o consumo exagerado de sódio. Este processo é simples: basta colocar as postas de bacalhau em uma vasilha com água gelada e mantê-lo refrigerado de um dia para o outro, lembrando de trocar a água algumas vezes (pessoas que sofrem com hipertensão atentem-se a esta dica).
Bacalhoada
Há muitas formas de comercialização do bacalhau: defumado, fresco, salgado e seco, este último o mais utilizado e predominante nos mercados, pois se trata de um processo de conservação no qual o sal desidrata o peixe, diminuindo a quantidade de água e conferindo qualidade ao alimento.
Isso acontece porque a água aumenta a quantidade de atividade entre as enzimas e, logicamente, sem o líquido, essa "movimentação" é diminuída. O processo de conservação também proporciona que tenhamos acesso a este alimento em qualquer época do ano.
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Marcela Andrade, colunista semanal do Mega Curioso, bacharel em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas, bacharel em Nutrição, perita judicial na área da Nutrição e pós-graduanda em Saúde Pública com ênfase em Estratégia Saúde da Família.